quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

VENEZUELA, O GOLPE.






internet - agência EPA

A situação econômica e social na Venezuela tem se agravado, o que gerou a fuga de uma grande massa de venezuelanos, principalmente para a Colômbia, Equador e Brasil, nessa ordem.

Nicolás Maduro foi declarado presidente numa eleição com grande nível de abstenção, o que levou muitos países a contestarem o resultado.

Hoje, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Colômbia, Peru, Chile e Paraguai reconheceram o presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, como presidente interino no país.

Isso é o que você lê na grande mídia, mas o que realmente está acontecendo na Venezuela?

Se, por um lado, a verdade é que Maduro foi eleito presidente do país em um processo eleitoral transparente, mas com altíssimo índice de abstenção, por outro lado, ele enfrenta grande rejeição popular. Mas, mesmo assim, uma grande e importante massa continua apoiando o presidente eleito e as suas medidas, consideradas socialmente importantes.

As Forças Armadas também estão ao lado do presidente.

Considerando isso, qual o motivo dos Estados Unidos e outros países, incluindo o Brasil, forçarem um afastamento de Maduro?

A Venezuela, ao lado de Cuba, tem uma posição independente dos Estados Unidos e têm como aliados Irã, Turquia, Rússia e China, contrapondo-se aos interesses dos Estados Unidos não só no continente americano, mas em todo o globo.

Não são os refugiados que preocupam Chile, Brasil, Colômbia e Estados Unidos, mas o posicionamento independente da Venezuela.

Se ele é ditador, ou não, pouco importa. Veja a proximidade dos Estados Unidos com a ditadura na Arábia Saudita. Mesmo acusado de ter mandado esquartejar um jornalista (Jamal Khashoggi) em sua embaixada, num ato covarde e horrendo, o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, continua a governar o país. 
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O fato de pessoas eventualmente passarem necessidades econômicas ou alimentares também não importa aos Estados Unidos nem ao Brasil. Se fosse importante, teriam doado quantidade de alimentos, o que não fizeram. Ficam apenas no discurso de oposição.

Muitos países estão interessados em desestabilizar a Venezuela. E reconhecendo um opositor como presidente interino, fomentam o aumento de manifestações populares, seja pró governo, seja contra, agravando ainda mais a polarização existente nesse importante país sul americano, detentor das maiores reservas petrolíferas de todo o planeta.

O Brasil e a Colômbia tinham o dever de negociar e evitar que a crise causasse a fuga em massa de venezuelanos. Como países vizinhos, deveriam fortalecer o sistema democrático daquele país, vigiando e fiscalizando as eleições ocorridas, de forma a validá-las, fosse a favor ou contra Maduro. Mas, não. Preferiram simplesmente manifestar-se contrários a Maduro numa posição inflexível.

O reconhecimento da presidência temporária ao presidente do Parlamento é um golpe de Estado e uma clara intervenção em assuntos internos da Venezuela, que possui Constituição que trata da questão.

O que está havendo é uma tentativa de golpe patrocinada abertamente por um grupo de países sul americanos, Canadá e Estados Unidos contra os interesses do povo venezuelano.

Um golpe jamais deveria ser incentivado em local algum do planeta. E mais uma vez o Brasil, com o seu posicionamento precipitado, apoiando o golpe, envergonha o histórico comedido dos nossos chanceleres.

Se o golpe não der certo e contar com a oposição e ações políticas imediatas de Rússia e China, já sabemos qual será o possível próximo passo. Recentemente escrevi a respeito.

O mundo cheira a pólvora e cadáver. Que oremos pela paz e lutemos com vigor pela democracia e direitos humanos, sempre!

Não podemos nos deixar seduzir pelo discurso frágil, superficial e desleal, seja do reconhecimento de alguém que não tem legitimidade para governar, seja de golpe de Estado ou de intervenção.

O respeito aos outros povos se faz com ética! E ética temos que ter em todas as ações de nossas vidas.
Se queremos um país ético, não podemos apoiar uma medida demagógica e que trará graves consequências aos povos venezuelano e brasileiro, inclusive.

domingo, 20 de janeiro de 2019

SEGUNDO A ONU, 170 IMIGRANTES TERIAM MORRIDO EM DOIS NAUFRÁGIOS NO MEDITERRÂNEO.

matéria extraída da página da RT - NOTÍCIAS EM ESPANHOL

https://actualidad.rt.com/actualidad/302733-migrantes-morir-naufragios-mediterraneo

ONU: Unos 170 migrantes podrían haber muerto en dos naufragios en el Mediterráneo

Publicado: 20 ene 2019 22:05 GMT
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Hasta ahora solo han sido rescatadas cuatro personas.  
ONU: Unos 170 migrantes podrían haber muerto en dos naufragios en el Mediterráneo
Juan Medina / Reuters
Aproximadamente 170 personas murieron o desaparecieron en dos naufragios en el mar Mediterráneo esta semana, informa la oficina del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados (UNHCR, por sus siglas en inglés).

La Armada italiana también ha reportado un naufragio en el Mediterráneo central. Tres sobrevivientes fueron rescatados y trasladados a la isla de Lampedusa para recibir atención e informaron que 117 personas, actualmente muertas o desaparecidas, estaban a bordo con ellos cuando salieron de Libia.De acuerdo con el comunicado, unas 53 personas han muerto en el mar de Alborán, en el Mediterráneo occidental, mientras solo un sobreviviente ha sido rescatado por un barco de pesca, después de haber pasado más de 24 horas en el mar y está recibiendo tratamiento médico en Marruecos. Los barcos de rescate marroquíes y españoles han estado buscando el bote y los sobrevivientes durante varios días, pero sin éxito.
UNHCR, por su parte, señala que por ahora no puede verificar el número exacto de muertos en ambos naufragios.

sábado, 12 de janeiro de 2019

LIVRO OS ANJOS

Não é novela, tampouco "fake news", nem tem fotos dos personagens famosos, mas vem aí...


sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

DIREITA E ESQUERDA. UIGURES


foto: Wikipedia - Por Colegota - Obra do próprio, CC BY-SA 2.5 es, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=437106


O Blog do Cyro está voltando à sua característica original que eu particularmente tanto gosto, mais voltado a questões internacionais e geopolíticas. Talvez o momento conturbado valha a pena ponderar sobre questões que muitos esquecem ou não fazem questão de observar.


DIREITA E ESQUERDA - UIGURES


Ao contrário do que alguns pretenderam fixar na campanha eleitoral, não havia e não há mais uma polarização entre esquerda e direita, até porque isso não resolve o problema das pessoas.

Há governos de direita e de esquerda que praticaram e praticam barbaridades, essa é a verdade. Os exemplos são inúmeros no mundo afora. Veja o que os Estados Unidos fizeram com os presos iraquianos, com afogamentos e as torturas horrendas as mais diversas, e o que os chineses fazem com os tibetanos e os uigures.

Por isso o Brasil deveria adotar uma posição equidistante, mas não. De uma forma inusitada, tomou partido, o que nem os militares na época da ditadura chegaram a fazer  de forma tão subserviente.

Há países que respeitam mais as pessoas que os Estados Unidos e a China. Normalmente são os países que adotam a questão social como prioridade. O Brasil era um deles. Porém, com os posicionamentos retrógados que estão sendo adotados, com claros prejuízos aos indígenas, inclusive, estamos realmente nos enquadrando como um dos vilões da humanidade ao lado desses dois países tão amados e odiados.

Os uigures são chineses, mas de etnia turcomena e seguidores do islamismo. Na China, ocupam principalmente a região de Xinjiang, no extremo oeste do país, ao lado do Afeganistão e Paquistão. Mas há também grandes comunidades no Paquistão, Turquia, Mongólia, Uzbequistão, Cazaquistão e Quirguistão.

Veja o texto (original ou o já traduzido para o português pelo gooogle) publicado no site do prestigiado jornal britânico THE GUARDIAN


quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

A CRISE QUE TEM POTENCIAL PARA VIRAR GUERRA REGIONAL OU MUNDIAL

imagem: internet

O mundo está começando a cheirar a pólvora, e não digo isso devido à pretensa flexibilização (essa palavra já foi muito usada tempos atrás) da posse de armas de fogo pelo governo Bolsonaro aqui dentro do Brasil.

Na verdade, o mundo está muito próximo de uma grande guerra e bem ao lado de nós.

Em recentíssima decisão, ocorrida agora mesmo, a OEA, Organização dos Estados Americanos, aprovou uma Resolução, com 19 votos a favor (incluindo o do Brasil), 6 contrários e a abstenção do México, não reconhecendo a legitimidade da eleição e da posse, ocorrida hoje, de Nicolás Maduro na presidência da Venezuela. A União Europeia também não aprovou o segundo mandato de Maduro.

Os países alinhados aos Estados Unidos posicionaram-se contra a posse de Maduro. Porém, a Venezuela tem parceiros importantes no aspecto econômico e bélico, como a Rússia, a Turquia, o Irã, a Síria e Cuba.

Quase ao mesmo tempo em que o Bolsonaro surpreendia o comando militar e convidava os Estados Unidos a instalarem uma base militar no Brasil (já desmentida pelo Exército brasileiro), a Rússia e a Inglaterra estudavam a instalação de bases militares, respectivamente, na Venezuela e na Guiana. Uma observação: Brasil e Guiana são vizinhos da Venezuela. A Guiana, inclusive, tem problemas fronteiriços com a Venezuela. A área reivindicada pelos dois países descobriu-se, já faz alguns anos, ser uma rica zona petrolífera, onde grupos estadunidenses estão iniciando a exploração comercial.

Por outro lado, vejam a coincidência, no ano passado (2018) o Brasil recebeu em doação dos Estados Unidos um elevado número de tanques militares, o que, segundo alguns especialistas, seria uma prática comum entre os países. Será?

Ainda por coincidência, em 2018 o Brasil participou de diversos exercícios militares. Alguns merecem destaque, como o realizado na cidade de Natal, com a participação dos Estados Unidos, Canadá, Chile e França, dentre outros países; no Panamá, também com os Estados Unidos, Brasil e Colômbia, dentre outros países. E no final de 2017, na Amazônia, o Brasil estranhamente convidava os Estados Unidos para participarem de ações militares, juntamente com a Colômbia, o que teria criado certo descontentamento entre parte dos militares do Exército brasileiro, rapidamente abafado pelo governo Temer.

Há ainda a informação trazida pelo Comando Militar da Venezuela de que no território colombiano, onde existem algumas bases estadunidenses, mais precisamente na cidade de Tona, existem três centenas de mercenários, treinados por militares dos Estados Unidos, que estariam se preparando para provocar uma agressão à Colômbia, simulando tratar-se de forças da Venezuela.

E para esquentar ainda mais o clima já efervescente, o vice presidente, Mourão, já se mostrou favorável à presença militar brasileira na Venezuela.

Uma guerra em nossas fronteiras não será nada bom. Primeiro porque aumentará exponencialmente o número de refugiados daquele país procurando abrigo no Brasil. Segundo porque pode acarretar o ingresso do Brasil no conflito, provocando transtornos não só na zona fronteiriça, mas alcançando as grandes capitais do nosso pais, já que a força aérea venezuelana está muito à frente da força militar que possuímos para uso imediato (ainda não começamos a receber os poderosos caças suecos Gripen). 

Porém, o que pouco se fala, é que essa guerra pode ter repercussão mundial, provocando o ingresso dos Estados Unidos, Rússia, Israel e Irã no conflito.

Se uma guerra nos países vizinhos já prejudicaria a nossa economia, o ingresso do Brasil numa guerra provocaria uma grave recessão econômica, agravando a crise social. E se houver uma guerra mundial, então, a crise atingirá o planeta inteiro.

Não é momento de cruzarmos os braços. Manifestações pacifistas são importantes desde já. O cheiro de carne podre e de pólvora já infestam os horizontes.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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