quinta-feira, 30 de novembro de 2017

CAMPANHA DE DOAÇÃO PARA CRIANÇAS REFUGIADAS QUE SE ENCONTRAM NO LÍBANO


O drama dos refugiados não têm fim. O número é assustador. Os sírios não são 4 milhões de refugiados. São muito mais. Não são 5 milhões. São muito mais. Só de refugiados sírios no Oriente Médio e norte da África são 5 milhões. Ao todo, são cerca de 6,5 milhões de sírios refugiados pelo mundo. Sim!
Só no Líbano são quase dois milhões de sírios que se refugiaram das loucuras praticadas por terroristas e pelas grandes e médias potências. O problema é que no Líbano, quando o número de refugiados sirios alcançou o número de 1.100.000, a pedido do governo daquele país, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) não aceitou mais o ingresso formal. Mesmo assim entraram quase outro milhão de sírios.
O Líbano tem uma situação especial. Com quatro milhões de habitantes, acolhe cerca de 500 mil refugiados palestinos e dois milhões de refugiados sírios. É um número que deveria assustar qualquer um.
Muitas crianças sírias são compelidas a trabalhar, mulheres sírias a se prostituir e a viver de mendicância.
Você não verá esse número na mídia, mas o verá no site do ACNUR. Basta somar os números. 
Eles não têm renda e no frio não tem sequer calçados para pisar no chão gelado repleto de neve.
É o maior drama humanitário da história da ONU.
Você pode ajudar, fazer algo. Se puder doar, doe. Se não puder ou achar que não deve, tudo bem, mas faça algo pelos refugiados, sejam sírios, palestinos, nigerianos, colombianos ou venezuelanos. Têm muitos refugiados precisando de um ombro amigo, de uma mão acolhedora, de um sorriso, de um prato de comida. Há inúmeras, quase infinitas, formas de ajudar. Você pode rezar, orar, meditar e pensar positivamente neles. E, garanto, o poder da mente, somado ao amor verdadeiro emanado, será capaz de realizar pequenos milagres. Acredita? Faça. Não acredita? Faça e aguarde. Não. Nós não mudamos o mundo físico, mas se mudarmos a forma de nos relacionarmos, verdadeiramente, isso já será uma pequena grande revolução, acredite! A humanidade precisa dessas pequenas e grandes ações, mais do que nunca!
O drama humanitário não exige apenas soluções jurídicas. Exige as soluções humanas, como amor, afeto, compaixão e compreensão.
Hoje já são mais de 26 milhões de refugiados pelo mundo, sem contar os deslocados pelas guerras e que não conseguiram sair do país conflituoso.
Dizem que o número só tende a aumentar.
Não tenho medo de dizer que o problema mais sério da humanidade, atual e futuro, será o do drama dos refugiados, cada vez mais crescente.
A ação humanitária do Líbano é apenas uma gota d'água de esperança, um passo, mas uma ação necessária para os que receberão ajuda. Fará muita diferença para aquele universo restrito de pessoas e você pode fazer parte dessa mudança.
Que tal?
PARA DOAR:

Caixa Economica Federal 
Ag 2183
OP 023
C.c 00019426-4
Marcia Karine Gomes Garcez

terça-feira, 28 de novembro de 2017

LIFE AFTER SYRIA

Um documentário simples, contundente e belo, produzido em 2017, sobre a situação dos sírios refugiados na Jordânia.


A REPÚBLICA DAS BANANAS OU DOS BANANAS?

Que os brasileiros mal conhecem a sua história e a do seu povo, todos nós sabemos. Isso não é novidade alguma.

Que os brasileiros se aquietam com as aberrações, com golpes e com violações a direitos, todos nós sabemos. Foi assim em toda a história da Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Brasil. As manifestações de 2013 e seguintes foram surpreendentes, mas foram fruto de uma histeria coletiva que transformou-se hoje em silêncio complacente.

Escolhi cursar direito para lutar contra injustiças e só fui me encantar pelo curso nos últimos semestres da faculdade.

Enfrentei algumas dificuldades, mas consegui me formar, estudar, trabalhar e passar em um concurso público. Foi nos idos de 1994. E de lá para cá estou na Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, a mesma carreira do nosso Presidente da República. E posso afirmar que o trabalho lá, para a grande maioria, é exaustivo. 

O serviço de Procurador não tem nada de trabalho escravo, mas não recebemos vale refeição nem qualquer ajuda para o transporte ou para o pagamento do plano de saúde. Sai tudo do nosso bolso. Com a iniciativa privada não é assim!

Por ser funcionário estatutário, também não tenho direito a fundo de garantia. Se sair voluntariamente da carreira, saio com uma mão à frente e outra atrás, sem qualquer direito a ser indenizado ou compensado, pouco importando se trabalhei lá por meses, anos ou décadas. Com a iniciativa privada não é assim!

Não tenho direito a qualquer benefício que muitas empresas nacionais e multinacionais dão, como pagamento de fundos de aposentadoria, 14º e 15º salários, participação nos lucros etc.

Por ser funcionário aqui em São Paulo, recolho 11% a título de contribuição previdenciária sobre todos os meus vencimentos, sem qualquer exceção. Já com o trabalhador da iniciativa privada não é assim. Ele recolhe de 8 a 11%, mas não sobre a totalidade dos vencimentos, mas até R$ 5.531,31. É o cálculo feito para o limite da aposentadoria do setor privado. O funcionário público, ao contrário, recolhe sobre a totalidade porque receberia - o velho engodo e promessa vazia - a aposentadoria integral. As contribuições respectivas e diferentes decorrem, portanto, dos cálculos correspondentes ao limite de cada aposentadoria, pública e privada.

O funcionário da iniciativa privada pode mudar de emprego quantas vezes quiser e carregar consigo direito a verbas rescisórias e ao FGTS. Com o servidor público não é assim. Se ele sair da carreira não terá direito a nada, a não ser a experiência, muitas vezes frustrante, nada mais. Se o candidato entrar num serviço público, terá que assumir o compromisso de trabalhar lá até se aposentar. A única vantagem que teria em relação à iniciativa privada, por inúmeras razões, algumas explicadas acima, é a aposentadoria integral.

Experimente ficar doente no serviço público. Há uma dificuldade enorme em obter afastamento/licença. E se ela ultrapassar 30 dias, ainda atrapalha a própria aposentadoria. Você sabia disso?

Hoje o governo federal faz uma campanha difamatória contra o servidor público e os órgãos de classe nacionalmente representativos se silenciam e não ecoam os protestos que ocorrem no interior de cada instituição. É um absurdo!

O servidor público em sua grande maioria é honesto, trabalhador e tem princípios éticos muito sérios, pois trabalha não em prol do lucro ou de um partido, mas em prol de uma sociedade mais justa que tenha como limites de responsabilidades e de direitos a legislação. É o primeiro fiscal, o que pode se confrontar com o político corrupto, mesmo sabendo que poderá ser perseguido, por possuir o que se chama de estabilidade.

A estabilidade não é um luxo, mas uma garantia. Ela serve para que o servidor público, se necessário, possa confrontar agentes políticos e superiores hierárquicos que eventualmente tenham praticado irregularidades.

E mesmo tendo estabilidade, nem sempre se garante Justiça ao servidor que age de acordo com a consciência e a lei, pois a perseguição que vem em seguida muitas vezes é descomunal, transformando-se em verdadeiro assédio ou até assassinato, como é de conhecimento de muitos servidores públicos de todo o país.

É óbvio que há casos estarrecedores de servidores públicos que ganham acima do teto salarial, o que deve ser investigado e apurado, pois estaria sendo desrespeitada a Constituição Federal. Mas isso é uma exceção restrita a pouquíssimas pessoas e carreiras que podem ser consideradas privilegiadas. O grande grosso do servidor público está há vários anos sem qualquer reajuste, e não falo aqui nem em aumento, mas em mero reajuste da inflação que corrói qualquer salário, seja o meu ou o seu.

Ao mesmo tempo em que o governo  manipula o direito administrativo e princípios constitucionais para terceirizar, colocando de forma indireta no serviço público pessoas que têm formação privatista e não publicista, e muitas vezes colocando, sem concurso, mas pela terceirização ou cargos de confiança, pessoas ligadas ao partido, numa verdadeira esculhambação do princípio da moralidade administrativa e do princípio da igualdade, via transversa, ainda pretende acabar com a única garantia que o servidor público, concursado, honesto, sem ligações com o governante, mas sim com o Estado e os seus princípios éticos e legais, tinha: a estabilidade, e a única vantagem pecuniária que tinha em relação ao serviço privado: a aposentadoria integral a que contribuiu integralmente (e não proporcionalmente como ocorre com a iniciativa privada).

Agora, já tendo arrecadado décadas de contribuição excessiva e sugado o sangue dos servidores, o governo pretende mudar as regras, locupletando-se moral e financeiramente dos servidores que estão sem voz e sem oportunidade de ação, pois a campanha milionária bancada pelo governo federal é estridente. Ela agrada aos bancos, sempre aos bancos, os mesmos que sempre lucram com as mudanças das leis trabalhistas e previdenciárias. O empresário, o empreendedor, o trabalhador da iniciativa privada e o servidor público são meras mulas de carga, que servem para produzir, prestar, enquanto tiverem forças. O país, esse não precisa crescer, mas sim os mesmos privilegiados de sempre. Precisa-se dizer os nomes?

O concurso público foi instituído no país há 80 anos, apenas, por Vargas, como uma forma de se garantir o direito à igualdade, pondo fim às indicações sem limites. Agora, interesses financeiros e políticos querem minar aqueles que representam o povo e ocupam cargos não como privilégios, mas como missão de defender o que a lei e em especial a Constituição dispõem.

O alerta que deve ser ressoado é que o enfraquecimento do serviço público não possibilitará o progresso da Nação. Ao contrário. Servirá de meio para o aumento da corrupção, do fortalecimento do vínculo perverso de empresas e de pessoas contratadas por estas, que ocupam funções públicas, a grupos políticos e partidos, facilitando as decisões administrativas ilegais e a maquiagem da ilegalidade, dificultando a elucidação de ilícitos pelos órgãos de apuração contábil, de responsabilidade e criminal.

Vivemos um momento do engodo. Mais um. E os brasileiros podem regressar ao milênio passado, com o trabalho similar ao escravo tolerado,  menos direitos trabalhistas, sem concurso público e uma previdência social de faz de conta.

Não. Nós não precisamos de inimigos externos para nos afundar. Só precisamos de estórias repetidas incessantemente para nos convencer de que a realidade não é a que vemos e a que sentimos, mas aquela que nos querem fazer acreditar.

O vilão da história deixou de ser o corrupto e passou a ser o trabalhador e em especial o trabalhador (servidor) público.

O Brasil tornou-se independente com o filho do Rei de Portugal e proclamou a República com um golpe militar, na base da espada. E o povo brasileiro, sempre silente, permitirá mais uma vez que afundem não apenas os seus próprios direitos, mas o país, em benefício de grupos que não querem largar o poder?

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

DICA PARA OS AMANTES DA SÉTIMA ARTE

Sem dúvida as primeiras imagens do cinema retratavam o que chamamos de cine documentário. Imagens espontâneas que retratavam a realidade. 

Os irmãos Lumiére praticamente inauguraram esse gênero. 

Na foto uma cena do filme ficcional de Melies. 

Mas foi o filme Nanook, que retrata a vida de um esquimó, o mais antigo e conhecido filme do gênero documentário. É da década de 20 do século passado, tendo quase cem anos. Esse filme é um clássico que todos os amantes do cinema devem conhecer. É a dica da vez do Blog do Cyro.


Ou clique abaixo.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Um Brasil sem guerras e inimigos externos, mas ineficiente

foto AP/Sputnik News

com informações da Agência de Notícias Sputnik News

O Brasil é um país conhecido por ser pacífico e um dos poucos que não têm qualquer inimigo. Embora essa seja uma vantagem e tanto, isso não significa que não tenhamos problemas.

Não temos inimigos externos, mas temos muitos inimigos internos. São principalmente os corruptos, mas também os corruptores, o crime organizado, alguns membros da elite que se preocupam apenas com o seu poder de consumo e quase nada com o futuro do país.

Um país assim, mesmo rico, mesmo sendo a 8ª maior potência econômica do planeta, não tem um futuro muito promissor. Todo o dinheiro ou vai para fora ou fica nas mãos de poucos, de mega empresários e de corruptos. Não sobra muito para investir em tecnologia, em estudos científicos de ponta nem o suficiente em educação e saúde. Ao contrário. Qualquer crise econômica é motivo para o governo cortar investimentos adivinha em que setores? Adivinhou: educação e saúde.

Um país que não investe massivamente em educação, que não planeja a longo prazo, tende a ser uma espécie de colônia por longa margem de tempo.

Vamos ver um exemplo contrário: a Síria, devastada pela guerra, com uma economia minguando, ela consegue dar bons exemplos, mesmo com a rede de transporte arrasada, com prejuízo nesse setor calculado em mais de 13 bilhões de reais. São mais de 50 estradas, com mais de 4.095 quilômetros de extensão, e de 17 ferrovias, com 2.400 quilômetros, totalmente aniquiladas.

Porém, mesmo com todo o drama conhecido da guerra da Síria (500 mil mortos, 5 milhões de refugiados, 800 mil deslocados internos, economia cambaleante), ela consegue dar exemplos de superação que colocam o Brasil numa posição ainda mais vergonhosa.

Quando o exército sírio consegue libertar uma área do poder dos terroristas, os construtores das chamadas brigadas de construção imediatamente dão início à restauração da infraestrutura e dos prédios destruídos, a fim de possibilitar o regresso da população e o repovoamento das áreas.

O trabalho não é fácil, pois bombas instaladas pelos terroristas têm que ser descobertas e neutralizadas o mais rápido possível, a fim de possibilitar o trabalho das brigadas e a segurança da população.

Em Aleppo, quando retomada dos terroristas, o exército sírio neutralizou 130 bombas e conseguiu reconstruir 18 quilômetros de ferrovia em 20 dias. Sim, 20 dias. Uma outra estrada, com 186 quilômetros destruídos, foi completamente restaurada em 70 dias. O segredo? Organização. Tudo é planejado com antecedência. E a guerra não deixou qualquer espaço para individualismo ou corrupção. O dinheiro é minguado e deve ser corretamente aplicado. E eficiência, ao que parece, não falta àquele povo.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

AINDA O CAMINHO DE DAMASCO NA ATUALIDADE

foto: agência Sputinik
O governo russo diz que 98% do território sírio está sob o controle do governo local. Não é bem assim. Há muitas regiões controladas por grupos ligados à Al Qaeda, principalmente próximo à Jordânia e a Israel. Há grupos com o Isis, próximo ao Iraque, além de regiões dominadas por turcomanos, curdos e outros rebeldes que contam com o apoio expresso do governo estadunidense, através de suas forças aéreas.

As maiores cidades, sim, estão sob o controle do governo sírio.

Essa união da Síria pode ser a maior derrota do governo dos Estados Unidos na região, já que havia a previsão de interesse daquela potência em tripartição da Síria entre sunitas, curdos e os "sírios".

Afinal, quem são os sírios? Os sírios são os sunitas, os xiitas, os sufistas, os assírios, os cristãos, os ateus, os comunistas, os socialistas, os nacionalistas, os direitistas, os judeus e tantos outros que compõem o vasto leque étnico do povo sírio, sempre impregnado do seu multiculturalismo histórico, sempre dominado por grandes civilizações e impérios.

A Síria somente será a Síria se mantiver a harmonia da integração das etnias, como vinha fazendo, com grande êxito, até 2011. Sempre houve interesse das grandes potências na repartição dos países. Assim se deu com a Alemanha (até a queda do muro), com a Coreia (ainda hoje), com a Iugoslávia e, sem êxito até o presente momento, na Síria e no Brasil. Sim, o Brasil já sofreu séria ameaça de divisão de seu enorme território, e não falo na época do Império. Foi em 1964, quando agentes estadunidenses espalhavam-se pelo nordeste brasileiro com o intuito de fomentar a criação de pequenos países e enfraquecer o governo central, caso houvesse resistência militar ao golpe. O Brasil era uma potência em expansão, a China do Sul, como chamavam, e que não era vista com bons olhos por militares estadunidenses. João Goulart e o seu comando militar foram exitosos e evitaram o retalho do país.

Voltemos à Sìria.

Hoje o país tem uma população de 18 milhões de habitantes. A guerra ocasionou a fuga de mais de 5 milhões de refugiados sírios e quase 8 milhões de deslocados internos (que se deslocaram fugindo da guerra, mas sem sair do país), 500 mil mortos, 120 mil desaparecidos, cerca de 30 mil prédios arrasados, a redução do PIB em mais de 70%, a redução das importações em 90%, 3 milhões de crianças sem escolas.

O Brasil acolheu um número insignificante de refugiados sírios, enquanto o pequeno Líbano, de 4 milhões de habitantes, recebeu 2 milhões (metade de sua população) de refugiados daquele país. A Turquia recebeu outros 3 milhões. É um número impressionante e que está prejudicando a economia do Líbano, já ameaçado internamente por interesses políticos e econômicos da Arábia Saudita e do Irã.

*com dados parcialmente fornecidos pela Russia Today

sábado, 18 de novembro de 2017

LIGHT IN BABYLON


O mundo não se divide entre Oriente e Ocidente. Talvez assim tenha se dividido num passado não muito recente.
Hoje, a divisão se dá entre estilos de vida. Há aqueles que visam apenas o enriquecimento individual e aqueles que almejam o conhecimento espiritual. Isso pode se dar em qualquer canto.
O fato de um país adotar uma religião oficial não significa que almeje o enriquecimento individual. Ao contrário. Muitas vezes serve para evitar a transcendência necessária para o conhecimento, próprio e do que nos rodeia.
O mundo anda muito confuso. Irã e Arábia Saudita, como Nações, adotam a religião islâmica de acordo com os seus pontos de vista. A Coreia do Norte adota o ateísmo. Os Estados Unidos e o Brasil se dizem laicos, mas o primeiro exige juramentos, inclusive do presidente, com a mão sobre a Bíblia. No Brasil, o crucifixo está na Suprema Corte e o  Cristo no cartão postal internacional, Rio de Janeiro. A França chega a proibir algumas vestes em locais públicos, sob o pretexto de defender a laicidade. Mas nenhum desses países propicia o efetivo espiritualismo. Talvez alguns menos que outros, inclusive.
O espiritualismo persiste muito pontuado. Temos Nações mais espiritualizadas, como Nepal e Butão, e outras menos. Mas há pessoas espiritualizadas e centros que propiciam o autoconhecimento em muitos cantos do planeta.
O Brasil possui muitos locais de enriquecimento espiritual, sob roupagens diversas. Alguns ligados a religiões, outros a filosofias, outros a estilo de vida.
O grupo musical turco Light in Babylon, que toca nas ruas de Istambul, representa bem a dubiedade dos nossos tempos modernos. A cantora, de origem iranoesraelita, foi atrás de espaço para se redescobrir. Veja esse incrível documentário no youtube.

sábado, 11 de novembro de 2017

O SILÊNCIO QUE ANTECEDE A SURPRESA!


O blog do Cyro não sumiu. Ele está no ar!

Você pode fuçar matérias antigas e que ainda são atuais, bisbilhotar as dicas de páginas. Tem muita coisa para fazer por aqui.

O autor está fazendo como os ermitões, dando um tempo, se afastando. Somente assim passamos a ver com outro olhar, o que se faz necessário, principalmente numa era em que se escreve apressadamente sobre tudo, sobre todos, sem reflexão alguma, criando-se sérios vícios não só de linguagem, mas de comportamento. Talvez desse apressamento e dessa necessidade de exposição decorram a agressividade e a falsidade tão atuais. 

Se você acompanhar o blog, verá que em 2018 teremos novidades legais. Coisas diferentes acontecerão por aqui. É o que esperamos e o que nos propomos a fazer!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

CRÔNICA: A ARCA DA HUMANIDADE

Era uma vez um planeta colorido, repleto de terra, de árvores e água, e que do céu parecia uma bola linda, azulada.
Parecia o próprio Céu.
Mas, em um determinado período da humanidade, esse planeta chamado Terra, já com as florestas devastadas, água potável escassa, com fortes poluições sonora e ambiental,  foi ameaçado com um dilúvio com proporções inimagináveis. Os seres que já dominavam o planeta, denominados inadvertidamente de humanos, construíram um arca e colocaram lá todos os de sua espécie. Os 7 bilhões de bípedes mais divertidos que os seus parentes macacos, estavam reunidos naquela nau de proporções gigantescas, construída com o que sobrou do planeta, lixo.
Mas foi só entrar na Arca gigantesca que começou o jogo da discriminação, e com a evidente exclusão forçada de membros da própria raça chamada humana.
Graças ao preconceito contra as mulheres, as primeiras a serem jogadas ao mar, sobraram 3,5 bilhões de bípedes.
Desses 3,5 bilhões, 1 bilhão era de esquerdistas, comunistas e anarquistas, também jogados ao mar.
Sobraram 2,5 bilhões. Mas, outro bilhão foi jogado ao mar. Era composto de muçulmanos, judeus e evangélicos.
Sobrou 1,5 bilhão de pessoas. Mas a população não suportava indígenas, negros, árabes, chineses e latinos, que também acabaram por serem lançados na tempestade.
Haviam sobrado, então, 500 milhões. Mas os gordos, os carecas, os peludos, os que apresentavam alguma deficiência e os obesos também foram abruptamente convidados a se afogarem. Sobraram 70 milhões.
Daí os feios também foram eliminados. Sobraram 10 milhões.
Mas daí resolveram discriminar aqueles que soltavam puns, que arrotavam, ainda que discretamente, e que não tinham um bom cheiro. Restaram, então, apenas 100 mil pessoas.
Mas daí discriminaram os que usavam roupas grudadas, sensuais e que usavam tatuagem.
Sobraram 80 mil "sortudos".
Os próximos a serem discriminados foram os tímidos, os que não fofocavam nem participavam de jogos pelo poder.
Sobraram menos de 10 mil pessoas. Daí lembraram dos que já haviam sido pobres antes de entrarem na arca e os lançaram ao mar. 
Sobraram apenas 500 pessoas.
Daí se recordaram das questões sexuais e resolveram eliminar todos os que não eram considerados típicos héteros, inclusive os enrustidos. 
Sobraram 200 pessoas. Mas daí, discriminaram os idosos, depois os que não eram simetricamente perfeitos, em seguida os que eram corinthianos e os que eram servidores públicos.
Sobrou uma única pessoa. Mas como ela não sabia navegar nem pode se procriar, não lhe restou muito tempo.
Aí acabava a história da humanidade e da vida em sociedade.
Dessa história não sobrou ninguém.
Daí o planeta anteriormente devastado, após o fim do dilúvio se revitalizou e voltou a ser belo, colorido, brilhante, repleto de diversidade de vidas aquáticas e terrestres. O lixo se decompôs, animais viviam em abundância em seu habitat original e as aves lotavam os céus.
Os humanos foram só um dos seres da diversidade que compõe o planeta. Foram esquecidos até que, milhares de anos depois, chegou uma espaçonave com uns seres de cor rosa que resolveram recolonizar o planeta.
Começaram por jogar corante nas águas e por criar uma tinta que tingia a atmosfera. A terra deixava de ser azul.
E daí começou tudo de novo...

domingo, 5 de novembro de 2017

ESCRITA: EMOÇÃO TRANSGRESSORA

Às vezes é necessário escrever.

A escrita surge hoje como desabafo, como indireta, como desafio, como um retrato frio de intenções e de manipulações, mas nem sempre foi assim.

No início a escrita surgiu como uma grande descoberta. A cada sílaba, um som. A cada palavra um entoado quase cantado. E a humanidade conseguia, assim, como se fosse uma criança a descobrir as paisagens novas a cada novo passo, registrar a sua história.

Com a escrita vieram os mais fabulosos conhecimentos e a vontade e necessidade de descobrir o mundo ao redor. A poesia surgia como algo inevitável na história da humanidade. E a escrita, apoderando-se dos poemas e contos, fez-se arte!

As grandes civilizações prosperaram com a escrita, e a escrita as retratou para a eternidade.
Mas a escrita não foi capaz de revelar segredos ocultos, muitas vezes mistificados, ampliados, exagerados. E a escrita consolidou, também por ela, algumas lendas, alguns contos e muita fantasia.

O ser humano ardiloso passou a usar a escrita não mais para comover, ampliar horizontes e revelar a própria humanidade, mas para manipular, como se fosse arma. Fez isso com os jornais e faz isso com a nova mídia eletrônica, como o Facebook.

A escrita, hoje massiva, utilizada por bilhões de seres, não registra mais, de forma prioritária, fatos históricos, mas um dia a dia superficial, intenções muitas vezes expressas, outras não, de manipular através de ocultação parcial de verdades ou de utilização expressa de pequenas ou grandes mentiras. A escrita, antigamente de poucos, e ligada, sim, aos poderosos, hoje, embora acessível a bilhões de seres, é descaradamente utilizada em prol do poder.

A escrita que estava ligada à arte, à intensa liberdade, hoje é utilizada como meio reacionário. Através dela, grupos se manifestam massivamente clamando por uma limitação do ser humano, como se a humanidade pudesse ser compreendida como algo estanque e sem a necessidade de dar passos além, para conhecer o que jamais foi esclarecido, decodificar de outra forma o que já é conhecido e propiciar novos sentidos, como a arte, registrada pelas palavras escritas através de poemas e contos.
Querem, hoje, através da escrita, limitar a arte e demarcar espaços para a humanidade, impedindo aqueles pequenos e grandes passos necessários para a ampliação do nosso horizonte e do próprio conhecimento.

Querem a escrita não mais para libertar e, assim, propiciar novas visões de mundo, mas para nos aprisionar a conceitos já existentes e muitas vezes ultrapassados.

Em um mundo em que as palavras são utilizadas de forma breve, fria, sempre acelerada, prioritariamente para propagar a superficialidades de um cotidiano repleto de luxo, mas vazio de intensidade de alma, não soa estranho a escrita ser utilizada para cercear, ao invés de libertar.  

A escrita, hoje, mais nos prende e menos nos permite alcançar a liberdade, que no passado.

Mas a escrita que reflete o sentir, o pensar e o amor pelo o que a natureza humana e o Universo proporcionam pode voltar a ser um grande instrumento de progresso da humanidade. Para isso, precisa transgredir e ser capaz de ser revolucionária. Necessita não de um amontoado de palavras ou de letras, não necessita ser excessiva, mas tão somente expressar emoção, a mesma que dominou a humanidade ao se fascinar pela sua então criação: a escrita.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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