segunda-feira, 21 de outubro de 2019

PARA COMPREENDER O MUNDO ESPIRITUAL, COMPREENDA PRIMEIRO A SUA MENTE

A minha formação lógica às vezes me faz repensar sobre a existência do plano a que denominamos de Espiritual, que não vemos e que, portanto, duvidamos de sua existência.
Desde os primórdios associamos o plano Espiritual aos Céus, que também não víamos da forma como hoje temos acesso.
Muitos até hoje confundem o mundo Espiritual com os sonhos mais diversos, muitas vezes meras manifestações de nossa mente e das dores físicas e psíquicas que a mente codifica e transforma em imagens, sensações e cores.
Mas o que é o mundo Espiritual? Ele se confunde com o plano mental ou seria a mais absoluta abstração dele?
O Mundo Espiritual seria o mundo dos significados, como o de um livro. Mas o do significado real, da compreensão verdadeira, que baseia-se no amor como forma de aproximação e compreensão. Não do amor possessivo, carregado de materialidade, mas sim do amor de doação, que associamos aos Santos e outras Almas mais evoluídas.
Obviamente o Mundo Mental se aproxima muito do Espiritual, mas o mental ainda está carregado dos traumas e vivências do mundo físico, que iludem a nossa existência e, ao mesmo tempo que seria uma forma de aproximação do mundo tão enigmático dos Espíritos, dos Anjos e do nosso próprio Eu, carrega consigo vivências físicas que alteram e vão alterando o ser desde o início de sua existência nesse plano mágico, rico, que nos ilude e a que chamamos de material. E são essas vivências físicas que moldam as nossas mentes que vão nos afastando da compreensão do mundo espiritual e tornam a mente não mais um canal que nos levaria ao plano Espiritual, mas de um turbilhão que nos prende em um mundo de fantasia, de dor e de fascinação a que denominamos material.
Não é fácil apagar ou separar o que é do plano físico, e nisso a mente costumeiramente nos engana.
Mas também é ela, mente, que pode nos fazer compreender o plano Espiritual, pois é ela o canal que temos com o que julgamos ser o passado e que ligaria com as nossas existências. Existências como realidade, como história havida. É ela mente que nos faz ver o todo histórico e pequenas partes deturpadas pelas sensações do mundo físico. É ela que nos faz ter certeza ou não de tudo o que pensamos e acreditamos.
Não é por outro motivo que o Chacra (centro energético, campo energético, campo de Luz) mais forte que temos estar situado no alto de nossas cabeças. A mente não é somente um campo de energia, mas um canal que liga a matéria ao Espírito.
Assim como ao ler o livro temos a compreensão da mera sonoridade e a capacidade de criação de um mundo com os personagens, que pode se denominar de o plano material da leitura, é a compreensão e percepção de cada personagem, algo muito mais profundo e que requer, como sempre, a abstração do nosso eu, o que poderia se chamar o plano Espiritual dos livros.
Não adentro aqui no trabalho de autoria, mas apenas no resultado dos livros e dos planos que ele também envolve, como tudo.
O Mundo Espiritual não pode ser, portanto, a roupagem, fruto de criações de nossa mente baseada em um plano físico. E não podemos enxergar o mundo Espiritual da mesma forma que o material.
A relatividade no plano físico defendida por Einstein reflete a essência do mundo material.
O absoluto, por essência, só existe no plano Espiritual, desprendido de distrações (dores e tantas outras percepções) da matéria.
No plano material são tantas as possibilidades, que tudo é possível e que também por isso os milagres se revelam.
E se a vida material é relativa, não é ela o cerne de nossa existência, mas mero caminho, dentre tantas possibilidades, para compreendermos nossa individualidade e quem realmente somos.
Mas a individualidade Espiritual não se confunde com o conceito que temos de individualidade no plano físico. A individualidade no plano Espiritual leva, necessariamente, à aproximação do todo, significado maior dos termos próximo, irmão e filho, e não à falsa percepção de indivíduo isolado.
Um mundo que prega tanto a individualidade como isolamento, que valoriza tanto a matéria, nos separa cada vez mais do mundo que os antigos, com a sua sabedoria, nos revelaram como sabiam e podiam.
O Mundo Espiritual, e apenas ele, nos liberta de falta de todas as prisões que nos cercam, a começar das enganações trazidas pela nossa própria mente.

domingo, 13 de outubro de 2019

CAPITALISMO MENOS MATERIALISTA E MAIS ESPIRITUALISTA É POSSÍVEL?

Uma sociedade hipócrita que frequenta Igrejas e pratica meditação e, ao mesmo tempo, defende sistemas materialistas que dominam o cenário mundial, transformando e perpetuando humanos como escravos de uma classe.

Se ontem o alvo eram os comunistas, acusados de muitas verdades e inverdades, hoje o capitalismo, tão em moda no discurso da extrema direita, revela aos 4 cantos a sua podridão e a exaustão que está causando a todas as formas de vida no planeta.

E não há que se confundir o capitalismo com o comércio que é exercido pelos humanos desde a antiguidade. O comércio foi uma das primeira formas de trabalho e de aproximação de culturas e povos diferentes. Já o capitalismo, como sistema, defende de forma insensata a produção, não se importando com o que está ao redor, inclusive o humano que produz e que consome.

Nesse capitalismo doentio que vemos aos quatro cantos, o que importa é o máximo da produção e o máximo do lucro, o que causou e ainda continua a causar poluição nas águas e nos ares, devastação de matas e tantas catástrofes ambientais. Esse capitalismo defendido pela extrema direita é o do desenvolvimento apenas do que é lucrativo, pouco se importando com aquilo que realmente salva vidas ou melhora o ser humano.

O sistema produtivo é tão hipócrita que os bens não são produzidos para causarem o menor impacto ao meio ambiente e serem totalmente satisfatórios ao consumidor, que inclusive é aquele que trabalha naquele sistema.

O capitalismo, como é hoje, produz produtos bonitos e atraentes, mas que tem a durabilidade propositalmente diminuída, seja nos celulares, seja nos eletrodomésticos, seja nos softwares que usamos para proteger ou facilitar o uso do computador. Até os remédios, muitos deles, não curam, mas causam tão somente uma melhora nos sintomas e uma dependência lucrativa.

Até as guerras no capitalismo não são provocadas pelo ataque à honra ou necessariamente uma questão geopolítica, mas para a propaganda, o uso e aperfeiçoamento de armas que serão vendidas para determinados mercados. A matança de vidas é tão somente um instrumento... para o lucro.

O sistema capitalista defendido pela extrema direita mundial, tão assemelhado ao sistema chinês dos anos 90 do século passado, como se pode perceber, está falido e no fim, cedendo espaço a um sistema de produção baseado na responsabilidade em relação às consequências ao ser humano, ao meio ambiente e ao futuro da humanidade. Nisto, por mais absurdo que soe aos ouvidos, o financismo responsável (e não o de mera rentabilidade a qualquer custo, como o é no capitalismo do extremismo) poderá ter um papel importante através dos seus acionistas, cada vez mais difusos na sociedade.

Não se pode ser hipócrita e esquecer que em paralelo aos que participam direta ou indiretamente do sistema de produção ou financista, existe aqueles que apenas trabalham, com cada vez menos direitos, como escravos modernos, sem poder intervir na configuração do sistema.

Na Europa, devido à sua política de responsabilidade social, o capitalismo moderno poderá ser exitoso, mas nos Estados Unidos e países periféricos como o Brasil, o capitalismo desenfreado evidencia em números o agravamento da miséria e o aumento do número de miseráveis, independentemente do crescimento da economia, normalmente direcionado a poucos grupos partícipes.

O sistema capitalista poderá trilhar um caminho menos maléfico, mas para isso o Estado e a sociedade precisam ser fortes, presentes e cientes da realidade.

Pensar na natureza, no ser humano e na responsabilidade com o futuro das novas gerações pode não ter qualquer característica religiosa, mas tem, certamente, um profundo sentimento altruísta, desapegado intrinsecamente do ego, espiritualizado, de integração, e de participação no todo.

O vídeo abaixo, que trata dos êxitos do comunismo soviético (e está narrado em espanhol) não serve de propaganda ao sistema já inexistente na Rússia, mas como um ponto de vista crítico atual do capitalismo que vemos e com o qual sofremos.

Este texto não é propaganda do capitalismo, tão desastroso para o planeta e cada alma que aqui vive, mas serve de esperança para um sistema menos maléfico à vida, humana ou não.



https://www.youtube.com/watch?v=JNaBkcIZNVY

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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