domingo, 13 de outubro de 2019

CAPITALISMO MENOS MATERIALISTA E MAIS ESPIRITUALISTA É POSSÍVEL?

Uma sociedade hipócrita que frequenta Igrejas e pratica meditação e, ao mesmo tempo, defende sistemas materialistas que dominam o cenário mundial, transformando e perpetuando humanos como escravos de uma classe.

Se ontem o alvo eram os comunistas, acusados de muitas verdades e inverdades, hoje o capitalismo, tão em moda no discurso da extrema direita, revela aos 4 cantos a sua podridão e a exaustão que está causando a todas as formas de vida no planeta.

E não há que se confundir o capitalismo com o comércio que é exercido pelos humanos desde a antiguidade. O comércio foi uma das primeira formas de trabalho e de aproximação de culturas e povos diferentes. Já o capitalismo, como sistema, defende de forma insensata a produção, não se importando com o que está ao redor, inclusive o humano que produz e que consome.

Nesse capitalismo doentio que vemos aos quatro cantos, o que importa é o máximo da produção e o máximo do lucro, o que causou e ainda continua a causar poluição nas águas e nos ares, devastação de matas e tantas catástrofes ambientais. Esse capitalismo defendido pela extrema direita é o do desenvolvimento apenas do que é lucrativo, pouco se importando com aquilo que realmente salva vidas ou melhora o ser humano.

O sistema produtivo é tão hipócrita que os bens não são produzidos para causarem o menor impacto ao meio ambiente e serem totalmente satisfatórios ao consumidor, que inclusive é aquele que trabalha naquele sistema.

O capitalismo, como é hoje, produz produtos bonitos e atraentes, mas que tem a durabilidade propositalmente diminuída, seja nos celulares, seja nos eletrodomésticos, seja nos softwares que usamos para proteger ou facilitar o uso do computador. Até os remédios, muitos deles, não curam, mas causam tão somente uma melhora nos sintomas e uma dependência lucrativa.

Até as guerras no capitalismo não são provocadas pelo ataque à honra ou necessariamente uma questão geopolítica, mas para a propaganda, o uso e aperfeiçoamento de armas que serão vendidas para determinados mercados. A matança de vidas é tão somente um instrumento... para o lucro.

O sistema capitalista defendido pela extrema direita mundial, tão assemelhado ao sistema chinês dos anos 90 do século passado, como se pode perceber, está falido e no fim, cedendo espaço a um sistema de produção baseado na responsabilidade em relação às consequências ao ser humano, ao meio ambiente e ao futuro da humanidade. Nisto, por mais absurdo que soe aos ouvidos, o financismo responsável (e não o de mera rentabilidade a qualquer custo, como o é no capitalismo do extremismo) poderá ter um papel importante através dos seus acionistas, cada vez mais difusos na sociedade.

Não se pode ser hipócrita e esquecer que em paralelo aos que participam direta ou indiretamente do sistema de produção ou financista, existe aqueles que apenas trabalham, com cada vez menos direitos, como escravos modernos, sem poder intervir na configuração do sistema.

Na Europa, devido à sua política de responsabilidade social, o capitalismo moderno poderá ser exitoso, mas nos Estados Unidos e países periféricos como o Brasil, o capitalismo desenfreado evidencia em números o agravamento da miséria e o aumento do número de miseráveis, independentemente do crescimento da economia, normalmente direcionado a poucos grupos partícipes.

O sistema capitalista poderá trilhar um caminho menos maléfico, mas para isso o Estado e a sociedade precisam ser fortes, presentes e cientes da realidade.

Pensar na natureza, no ser humano e na responsabilidade com o futuro das novas gerações pode não ter qualquer característica religiosa, mas tem, certamente, um profundo sentimento altruísta, desapegado intrinsecamente do ego, espiritualizado, de integração, e de participação no todo.

O vídeo abaixo, que trata dos êxitos do comunismo soviético (e está narrado em espanhol) não serve de propaganda ao sistema já inexistente na Rússia, mas como um ponto de vista crítico atual do capitalismo que vemos e com o qual sofremos.

Este texto não é propaganda do capitalismo, tão desastroso para o planeta e cada alma que aqui vive, mas serve de esperança para um sistema menos maléfico à vida, humana ou não.



https://www.youtube.com/watch?v=JNaBkcIZNVY

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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