quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

CAMPANHA PUBLICITÁRIA NA LUA

Para aqueles que pensavam que os publicitários eram quase lunáticos e que com suas ideias viviam no mundo da lua, uma surpresa. A publicidade está chegando no grande satélite do nosso planeta.
Acreditem, uma empresa de bebidas japonesa tem planos de colocar o seu produto na lua para ser consumido por ávidos e gulosos terráqueos. Exagero? Pode ser, mas é real. Leia na revista Galileu clicando aqui.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

DIETAS NÃO SÃO MILAGROSAS

Embora dê muito dinheiro a médicos e fabricantes, nenhuma dieta é milagrosa.
Acima de tudo, tem que haver bom senso e moderação de quem pretende entrar em forma.
A editora Abril, que já faturou altos índices de vendas de revistas com a promoção de dietas famosas em suas edições de Contigo, Veja e outras, agora revela na Super Interessante que todas elas reúnem um pouco de inverdades. Clique aqui para acessar ou vá ao link:
https://www.iba.com.br/livro-digital-ebook/A-Farsa-das-Dietas-51395bd2c2fb9f75681afbc5a92e6f6d?utm_source=sites-parceiros&utm_medium=editorial&utm_campaign=destaque_se_si&utm_content=mini-ebook-farsa-dietas

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

VIDA FORA DA TERRA?

A Revista Galileu publicou interessante matéria sobre microorganismos encontrados fora do nosso planeta terra. Leia a matéria clicando aqui. Se preferir, o link está logo abaixo

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

BRIGADA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS

Para quem achava que as forças armadas brasileiras eram mal treinadas, está aí um exemplo que prova exatamente o contrário. Podemos não ter os equipamentos mais modernos, mas temos homens bem treinados. Ensinamos os vietnamitas (que ganharam dos EUA em guerrilha na selva) como combater em florestas. O Brasil pode ser invadido, mas nunca será facilmente conquistado!
Armas apenas como defesa. Defesa do nosso território e de nossas vidas!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Canudos, o recanto sem hipocrisia.

Certo tempo atrás pude voltar a Canudos. Foi o terceiro retorno.
Um lugar único, mágico e repleto de energia, localizado no interior da Bahia.
Não sei o que me torna fã daquele lugar, se é a história, se é a beleza natural simples e forte, se é o povo humilde e verdadeiramente amável ou se é o conjunto dessas coisas.
Canudos mudou muito de 9 anos para cá. Está um pouco menos pobre. As estradas melhoraram. As pessoas se cuidam mais.
Continua pequena, simples, muito simples e sempre ajeitada.
Há bons restaurantes, simples, mas bons. E confesso que a melhor salada de todas as que comi na minha vida foi naquele recanto, 9 anos atrás, servida num humilde bar de madeira. O melhor pão de sal que comi em toda a minha vida foi naquele canto, nessa última viagem, numa padaria que vendia muitos pães e coxinhas. Cada coxinha deliciosa a um real. Uma das paisagens mais lindas que vi foi a das montanhas que cercavam aquele imenso mar de açude.
Canudos é única, é bela e é forte.
Já foi Monte Belo, um local de tragédia, um ponto esquecido pelos governos e hoje é simplesmente um dos lugares mais lindos do Brasil.
Não tem praia, não tem o frio das montanhas, mas reúne coisas únicas, como as montanhas de formação diferenciada, uma serra de araras, pequenas e magras cabras, alguns jegues tristonhos, típicos do nordeste que lemos em livros, um solo feito mais de pedras do que de areia ou terra, muitas motos, muito calor, muita história, muito sorriso e muita fé.
O sertanejo surpreende pela fé, pela força e coragem, nos dando permanentemente uma lição contra a depressão, contra o desânimo e contra a mesmice.
Lá já não tem Antônio Conselheiro nem a força do povo que se reuniu na então segunda maior cidade da Bahia para lutar por uma vida menos indigna, mas permanece muito de sua magia e também da injustiça que reina em todos os cantos do Brasil. Há prostituição infantil, trabalho infantil, altíssimo consumo de álcool e drogas e roubos. Sinceramente, não vi de perto essa triste realidade alardeada pelos estudiosos, talvez por estar encantado com a magia que ainda reina por lá, como se fosse a herança da esperança daqueles que lá sonharam e lutaram. Mas, como estamos no Brasil, na eterna República do Café com Leite ou da Groselha doce (nunca muda muito a origem e a intenção dos governantes com aquele sabor artificial para enganar a falta de conteúdo e nutrientes), Canudos não poderia ser diferente. Depois da guerra, passou a enfrentar os mesmos problemas que assolavam o Brasil inteiro.
De lá veio a denominação para as favelas que hoje estão espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Foi a herança deixada pela primeira República. 
Lá, na época de Conselheiro não tinha miséria. Embora as casas fossem muito humildes, de barro,  resistiam contra a indignidade. Mas foi de lá, no pós guerra, que veio o nome favela.
Para quem não sabe, lá do morro da Favela (onde tinha a planta denominada favela) os militares estrategicamente avistavam Canudos, seus moradores, e suas casas ajuntadas e construídas sem respeitar um suposto alinhamento de ruas planejadas e retas. Lá do alto os soldados da República prepararam o massacre que culminou com a degola em massa de pequenos, pequenas e grandes brasileiros. 
Esses militares, também despossuídos de capital, ao voltar ao Rio de Janeiro e aos seus morros, e ao ver as casas assemelhadas às de Canudos, denominaram o local em que moravam de Favela. Certamente essa foi a herança mais forte de Canudos, que prontamente assolou a então capital da República e que, aos poucos e de forma intensa e rápida, passou a mostrou a verdadeira imagem do Brasil e a hipocrisia com que são tratados os problemas sociais. O mundo todo conhece as favelas e os problemas sociais que as circundam.
De certo nem tudo são flores naquele semiárido de Canudos. Não há só poesia. Não há só beleza. Não há só água. Não há só força. Mas encanta a realidade que lá existe e que no passado foi capaz de revelar ao Brasil inteiro a triste realidade da miséria e da injustiça, e que ainda hoje muitos brasileiros resistem em enxergar.
Em Canudos há poesia aos montes, aos Belos Montes. Só não há hipocrisia.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

COCOROBÓ ERA EXIBIDO NA CINEMATECA 3 ANOS ATRÁS

Completa-se hoje 3 anos da apresentação do vídeo Cocorobó para o público, na Cinemateca Brasileira.

Foi um momento especial onde Cyro Saadeh e Mariana Di Lello puderam receber amigos e o público presente para assistir a outros filmes na Cinemateca. 

Foi resultado de mais de 2 anos de pesquisas e empenho. E hoje esse vídeo completa 9 anos de conclusão. Mas a história, assim como do açude e da própria Canudos, não submergiu ao tempo. Está presente e nos fazendo refletir.

Se quiser ver o vídeo completo, acesse a página oficial do vídeo: http://videococorobo.blogspot.com.br/ ou clique aqui.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Um país repleto de faz de conta

Ando desmotivado com o que acontece no Brasil e em São Paulo.
Penso e vejo que no Brasil só há hipocrisia. E a história é permeada desses fatos. Não enxergamos porque somos ainda mais manipulados que os nossos irmãos estadunidenses.
Fomos descobertos por portugueses que pretendiam ir para a Índia! Como assim? A Índia não é vizinha nossa, não. Fica do outro lado do globo.
Nossa independência se deu com o filho do Rei de Portugal. Como assim? Com o filho do rei de Portugal, enquanto que no resto da América do Sul ocorreu com militares.
Sempre que o povo consegue mais direitos a direita se articula para golpear quem se volta aos excluídos de sempre.
Inverdades são contadas a todo o tempo e nada muda para aquele que é chamado de cidadão na hora da eleição, e só nessa hora.
As instituições não são verdadeiramente fortes. Há pressões políticas constantes e o grupo de amizades é que reina nas instituições. Absurdo, mas é a mais pura realidade desse Brasil que mais parece uma aristocracia do que qualquer outra coisa.
Mas, pensando bem, a origem de tudo é a desmotivação com o meu trabalho, com o direito, com o status quo, com a minha falta de liberdade, com o pensamento simplista e esquadrinhado, com a falta de proposições e com a falta de respeito com os princípios Constitucionais. Dessa forma, nada muda, tudo se conserva para quem sempre comandou e um país imenso e forte como o Brasil e seus Estados é destinado sempre ao mesmo grupo, mesmo pensamento, mesmos interesses.
Sempre pensei que os princípios devessem nortear as condutas dos políticos e dos servidores. É o que consta da nossa "cartilha dos sonhos e do amanhã", mas que é constantemente descumprida. Parece coisa de poeta e que é relegada à poesia, enquanto que a realidade desconsidera tudo o que diz o que deveria ser o comando maior de qualquer agente público e político.
Só uma revolução de princípios e de atitudes para mudar o Brasil, a começar pelos próprios brasileiros, que não veem o que os rodeia. Não vimos o teatro que envolveu a nossa descoberta ou independência e cidadania. Ainda somos escravos de um pequeno grupo em uma colônia que é de poucos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

VOANDO COMO UM PÁSSARO

Você já teve o desejo de voar como se fosse um pássaro? 

Saiba que há um simulador na Suíça que permite que você tenha essa sensação.

Leia na Super Interessante clicando aqui.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

ERA POLÍTICA DO "R"


Ao tomar o café com leite, talvez azedado, pela manhã, vieram ideias interessantes (e azedas?) sobre o comportamento político atual. Conclui, de forma bem (mal) pensada que vivenciamos a perigosa Era do "R".
Sim. Ao me deparar com tantos posts e artigos recentes sobre política, consegui elencar os grupos abaixo, que entendo abranger de forma simplista todos os posicionamentos da sociedade. Destaco que é uma brincadeira, pessoal, mas, me diga, em qual grupo você se encaixa?
) REACINHA - o mais em voga, que está na moda e que une pessoas comovidas por certas questões morais e políticas conservadoras;
2º) REZINHA (ou religioso, para ser mais abrangente) - o grupo que une pessoas que votam de acordo com a sua religião, misturando de certa forma fé e política ;
3º) RACINHA - grupo extremante conservador, de extrema direita, que propugna separações de etnias, raças e grupos, considerando sua "raça" (na verdade etnia) e modo de pensar o único correto;
4º) ROCINHA - não é aquele que está na roça (creio). É o grupo que defende os direitos de sua coletividade, da sociedade e até da humanidade. Considera que o ser humano está acima de outras questões e que comunismo e capitalismo não são questões preponderantes;
5) RUSSINHA - grupo que entende que a queda do muro de Berlim e o fim da URSS não significaram a ruína do Comunismo, e que o capitalismo é o culpado por tudo o que acontece.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

60 mil acessos

Já estamos próximos dos 60 mil acessos, o que me faz continuar a investir nesse blog que tanto gosto. Acompanhe a gente nesse caminho rumo a uma mudança para melhor na qualidade e conteúdo dos textos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ACORDANDO COM A LÍNGUA AFIADA

Para aqueles que acordam com a língua afiada em um mundo de piada, há frases que podem soar perfeitas.

DE MANHà- Em um mundo de hipócritas, ser autêntico pode ser uma penitência. 

À TARDE - Para os idiotas, ser crítico pode ser mera idiotice, enquanto que para os críticos, a idiotice é reveladora da situação crítica. 

À NOITE - Para os que repetem o que leem sem pensar, revistas de mero entretenimento pode ser uma boa opção! 

DE MADRUGADA - Se não dormes em razão da preocupação, podes ter certeza que muitos estão acordados por diversão.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A IMPRESCINDIBILIDADE DE UM NOVO ILUMINISMO


Parece que vivemos na época da inversão, principalmente a de valores.

O ser humano esqueceu de que necessita de outros seres humanos para viver em sociedade e apega-se cada vez mais ao consumo do absolutamente desnecessário.

Para evitar decréscimo na qualidade de vida de seu povo, muitos países fomentam guerras que matam milhares ou milhões de seres.

As religiões não se preocupam com o destino da humanidade da mesma forma e intensidade que fazem com os dízimos que arrecadam.

Os governantes esquecem-se dos problemas da sociedade e preocupam-se tão somente com os interesses de grandes grupos empresariais que os financiam ou apoiam.

Aumentando a população mundial, o Brasil deixa de plantar alimentos em extensa área para fomentar o lucro de usineiros que exploram o álcool utilizado como combustível.

O País com o maior volume de água potável do mundo depara-se com a seca crescente em volume e em efeitos perversos à população, tanto no nordeste quanto em outras regiões do país, sem proposta eficaz de solução.

O time de futebol que foi referência na luta pela retorno do País à democracia, hoje tem um estádio com o nome “Arena” (Arena Corinthians), mesmo nome do partido dos golpistas que instituíram uma longa ditadura de 21 anos no país. Ademais, uma das definições trazidas pelo dicionário Aulete Digital: “área central e arenosa de antigos anfiteatros (esp. os romanos), onde se travavam combates entre feras e gladiadores, sacrificavam-se prisioneiros”, lembra o horror assemelhado àquele trazido pela ditadura implantada há exatos 50 anos. O melhor seria dar outro nome ao estádio, como Praça Corinthians ou MDB - Melhor do Brasil Corinthians  - em uma alusão ao partido de oposição à ditadura, por exemplo, mas não o nome horrendo de Arena Corinthians.

A música escolhida para a Copa também não traz nenhuma brasilidade. Podíamos adaptar os clássicos de Vila Lobos ou tantos ritmos regionais que possuímos, de forma a arrepiar e conquistar corações, mentes e almas dos nossos irmãos espalhados pelo planeta, o que atrairia não singelos olhares instantâneos ao País, mas preferimos carimbar em nós mesmos o rótulo de colônia e quintal cultural. E assim permanecemos.

Essas inversões estão fazendo mal à humanidade e a nós brasileiros. Deveríamos valorizar mais a cultura e a educação.

Talvez precisemos de um novo Iluminismo, onde a razão estaria mais próxima da alma, ao contrário do que ocorre hoje.

Precisa-se dar valor àquilo que realmente tem essência. Iluminemo-nos!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O QUARTO

O QUARTO, um curta metragem diferente, feito por estudantes, e dos bons! Motivo de orgulho! Acesse clicando aqui ou vá para a página http://vimeo.com/95222278

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

SERES QUE NÃO RESPIRAM O AR DO UNIVERSO

Seres que respiram a poeira do vazio e não o ar do Universo

Não sei o que se passa na cabeça doentia de algumas pessoas.

Não sei se é sintoma de uma geração ou fruto do sistema que a sociedade adotou.

O fato é que essas pessoas a que me refiro são frias, insensíveis, àqueles que elas julgam diferentes, seja pelo o que for. Se disser respeito à condição social, então, a coisa se agrava, pois pior do que a repulsa é a cortante indiferença que nutrem pelos que nada têm.

Esses seres que vivem numa novela, no mundo de Alice ou no sonho hollywoodiano, culpam os diferentes pelas condições de vida, como se esses pudessem trilhar caminhos diferentes numa sociedade tão hipócrita, protetora dos que possuem algum tipo de poder e segregacionista àqueles que pensam e agem diferentemente.

Aos descamisados resta a fé, o ar da paciência e da sabedoria, além da resistência e a própria persistência em querer viver.


Aos que me refiro, somente resta vivenciar os últimos momentos da encenação, já que a vida é muito mais rica, diversificada e múltipla em caminhos e opções do que o mundinho quadradinho que restou desenhado no umbigo sem graça de cada um deles ou no ar viciado que nada vivifica. Quando acordarem, poderá ser tarde, pois haverá poucos instantes ainda a permitir viver e respirar o ar do Universo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O GIGANTE PAÍS DE SONHOS E DOS SONHOS

O gigante do sul acordou em campo e mostrou garra e união.

O gigante do sul, como é chamado o Brasil pelos seus irmãos latino-americanos, tem uma história sofrida, mas, quando quer, sabe lutar com garra e vencer.

Esse gigante que sofreu com a colonização, a escravidão, a matança de grupos indígenas, a exploração comercial, a prostituição de suas crianças e mulheres, com guerras que não quis, com a destruição das suas matas e aparentemente das suas riquezas, com a exportação de mão de obra barata e a saída de muitas de suas cabeças pensantes, com alguns políticos vendidos aos interesses estrangeiros, com séculos de falta de investimento em educação, saúde e tecnologia, ainda sofre de baixa autoestima.

Mas o Brasil, nome que vem de brasa, e o seu povo são fortes, são fogo, são guerreiros.

O Brasil, desde a independência, conseguiu manter-se unido, mesmo com a forte e permanente interferência de interesses alienígenas em suas questões internas.

 Foi um brasileiro que levantou voo e fez o mundo sonhar com as asas dos pássaros.

Foram brasileiros que escreveram livros que encantaram e ainda encantam o mundo.

São os brasileiros um povo musical, com músicas de qualidade reconhecida no mundo inteiro.

A ginga é coisa típica do Brasil e dos brasileiros, assim como as novelas que fazem pessoas e famílias inteiras, do planeta terra inteiro, sonharem e pararem o que estão fazendo para acompanhar mais um capítulo da história fantástica criada por esses artistas.

O cine-documentário brasileiro é um dos mais respeitados no mundo da sétima arte. É referência nas escolas.

Foram os nossos escravos que inventaram a feijoada, uma das comidas mais conhecidas do Brasil no mundo afora. Também foram os nossos irmãos afrodescendentes que criaram a mundialmente conhecida capoeira, arte guerreira tipicamente nossa. E foram os escravos muçulmanos, aqui no Brasil, em plena Bahia, os primeiros a lutar aqui no nosso solo pela dignidade e o absurdo da prisão física, psíquica e da alma.

Fomos uma grande potência durante o império e por isso não sofremos invasões que poderiam nos destroçar.

Fomos um forte atrativo econômico e social às pessoas de todo o mundo e de todos os continentes. Daí, ao lado dos negros, índios e portugueses, vieram europeus, asiáticos, árabes e judeus, e nos tornamos multirraciais e um dos países símbolos da miscigenação possível e fantástica.

Sofremos com guerras internas fratricidas que nos marcaram, e em todos os cantos do país. Muitas eram por sonhos, outras por devaneios, mas sempre recheadas de muita vontade de mudança. Essa triste marca da guerra cedeu à vontade de fazer paz, sempre que possível.

Os nossos pracinhas, mesmo sem roupas adequadas para enfrentar o forte frio, foram à Europa para lutar pela liberdade de pessoas do Mundo inteiro contra os nazistas e os fascistas, e venceram os exércitos poderosíssimos da Itália e da Alemanha.

Sofremos com ditaduras apoiadas por interesses externos que tentaram, com tortura e muita censura, apagar a magia musical, das artes, da literatura e do encantamento brasileiro. Não conseguiram.

Hoje somos uma das maiores democracias de todo o mundo. Motivo de orgulho, pois há 30 anos ainda vivíamos sob um regime repressivo.

Os nossos pesquisadores, mesmo sem apoio, têm criado e descoberto grandes passos para o avanço da humanidade, principalmente na área médica. Nossa indústria aérea é uma das maiores do mundo.  Temos grandes empresas na área alimentícia. E somos grandes exportadores de produtos agrícolas e de pecuária, além de minério e petróleo. Exportamos ao mundo inteiro a arte do combate nas selvas e contra guerrilhas.
Temos uma grande desigualdade social e enfrentamos diuturnamente a dor de ver irmãos abandonados ao frio e ao perigo das ruas, sem cuidados e sem alimentos ou água, ao mesmo tempo em que sorrimos ao nos confortarmos em sermos a 7ª maior potência econômica de todo o mundo.

Somos um país de contrastes. Contrastes econômicos, culturais, sociais, educacionais. Contrastes na nossa formação. Contrastes às vezes fantásticos, às vezes horrendos. Ainda temos que caminhar, e muito há que mudar.

O Brasil não parou por aí. Nem vai parar.

O Brasil é enorme. O mundo sabe disso. Só falta a nós, brasileiros, olhar para o nosso país e pretender fazer algo melhor por ele e pelos nossos irmãos que não tiveram acesso aos cuidados de um lar, à educação, à saúde adequada e à cidadania. Precisamos fortalecer as instituições e enfraquecer todas as formas de corrupção, inclusive os laços de indicação no serviço público. São tantas as carências, e tantas as possibilidades para o nosso povo e o nosso país.

A seriedade, o amor e a fraternidade podem nos fazer muito melhor!

Os escravos que para cá vieram sem qualquer liberdade, os índios aprisionados e os europeus que vieram em busca de sobrevivência ou de uma vida melhor, ainda que com o tempo, passaram a ter sonhos. Inicialmente básicos, esses sonhos se transformaram em pretensão de liberdade e de prosperidade. E daí surgiu o Brasil, um país de sonhos e dos sonhos.


Podemos fazer aqui uma grande Nação, com um povo mais consciente de seu passado, das suas necessidades e do seu futuro, sempre com mais união, com mais respeito ao próximo e a esse grande país. 

Eu quero e acredito nisso, e você?

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

INTERESSES INTERNACIONAIS POR TRÁS DAS ELEIÇÕES A PRESIDENTE

foto: site do IPEA
Nessas eleições o que está em jogo não é apenas o futuro do Brasil, mas de todo o bloco anti-imperialista formado pelos BRICS e países periféricos.

Os Estados Unidos e a Europa sofrem um forte declínio econômico. Mas isso não os torna menos ofensivos na defesa dos seus interesses. Ao contrário. Formaram várias frentes de luta em prol de seus interesses.

Comecemos com uma análise da situação no Brasil.


Brasil

O Partido dos Trabalhadores iludiu grande parte dos seus eleitores. Não fez as reformas que prometeu, criou enormes multinacionais brasileiras em prejuízo das pequenas empresas que poderiam, ao receber dinheiro do BNDES, crescer e com isso criar ainda mais empregos, de forma a fomentar a economia como um todo com o aumento de compras de produtos de primeira necessidade e pequenos supérfluos. E ainda se envolveu em esquemas de corrupção.

Não que os outros partidos não se envolvam em corrupção. Se envolvem, sim, e com frequência, mas a mídia não possui o mesmo interesse em sua cobertura.
O PT errou, e bastante. Mas também acertou.

Com Lula houve um vital crescimento do comércio exterior e de parceiros econômicos. O Brasil chegou a lugares nunca dantes navegados e aumentou sua parceria com os outros integrantes dos BRICS, inclusive em matéria estratégica e militar. A democracia chegou ao seu ápice.

Com Dilma houve certo recrudescimento econômico, como se houvesse medo em se expor. Com isso, houve a diminuição no comércio e, por consequência, o crescimento pífio do PIB. A manutenção e ampliação dos programas sociais de Lula foram um acerto sob vários aspectos (principalmente o de justiça social) e permitiram que a economia não entrasse em colapso.  Além do que, a enorme liberação de recursos aos governos estaduais e municipais, não foi acompanhado e fiscalizado de perto, o que facilitou que os dividendos de tais obras recaíssem apenas sobre os governos locais.

Hoje o governo Dilma chega próximo de seu fim. O sucessor pode ser uma ex Ministra de Lula, ligada ao capital nacional e internacional, ou um integrante de um partido com uma visão extremamente privatista e também ligado ao sistema financeiro.

As indústrias brasileiras, mais uma vez, ficarão órfãs. E com isso virá a recessão, já que o que cria empregos e desenvolvimento tecnológico não é o sistema financeiro por si só, mas o desenvolvimento industrial nacional. As indústrias crescendo, aumenta-se o número de empregados, o consumo dispara e o setor de serviços volta a crescer. É disso o que o Brasil precisa.

Antônio Ermírio de Moraes foi um exemplo de brasileiro nacionalista que defendia a capacidade de expansão industrial como motor do crescimento de empregos e, por consequência direta, do Brasil.

Mais empresas não implicam apenas em mais empregos, mas na especialização da mão de obra e no investimento em tecnologia. Aí, se houver um governo nacionalista, como foi o PT de Lula, e o País fizer o investimento certo e necessário, se tornará uma potência tecnológica, como hoje o são alguns parceiros dos BRICS e os Estados Unidos.

Há um mês, quando Eduardo Campos compunha o cenário político, Dilma seria eleita no primeiro turno. Hoje, com a morte do líder pernambucano, Dilma encontra-se em situação crítica. Há a possibilidade da atual presidente não ganhar no segundo turno que pelas pesquisas de opinião já é dado como certo.

A morte de Eduardo Campos é uma incógnita e não há quem descarte que foi uma ação planejada de ações de espionagem internacional. Leia-se CIA. É o que defende o jornal russo Pravda, que cita que propriedades confusas e irregulares de aeronaves, como ocorre com a que causou a morte de 7 passageiros em Santos, incluindo o neto do socialista Miguel Arraes, faz parte dos métodos utilizados pela CIA.

Particularmente não acredito muito nessa possibilidade, mas não a descarto totalmente, já que há testemunhas que viram a turbina esquerda do avião cessna pegando fogo, o que poderia caracterizar algo não condizente com o erro humano que querem imputar ao piloto.

Abro parênteses para salientar que as manifestações de junho de 2013 no Brasil, tão divulgadas no facebook e que redundaram na enorme queda da popularidade da presidente e da crença de um Brasil próspero, mereceriam um estudo a parte. Fecho parênteses.

Não é demais destacar que aos Estados Unidos interessam um Brasil mais comedido no plano internacional e que se afaste da Argentina, Bolívia, Equador, Venezuela, Síria, Irã, Rússia, China, Índia e África do Sul. Querem um Brasil que não opine sobre as questões iranianas e palestinas, que se afaste das decisões russas e chinesas adotadas no plano internacional, e que ainda seja mais refratário às questões humanitárias, em especial às dos refugiados de guerra. Também não é interessante ao Tio Sam o forte laço econômico que o nosso País mantém com a China, sua principal rival econômica.

Com a reaproximação do Brasil e da Índia, como já vem ocorrendo com este, os BRICS, integrados pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, perderiam não apenas o seu poderio econômico, mas o político.


Venezuela e outros países da América Latina

A crise na Venezuela surgiu logo após a morte do líder carismático Chàvez. Para os Estados Unidos, certamente, o problema não foi o fornecimento de combustível a Cuba, a contratação de médicos cubanos e os programas sociais e culturais implantados pelo pacífico revolucionário Chàvez, mas a sua ingerência em questões geopolíticas, em especial na América do Sul e no Oriente Médio. Os Estados Unidos ainda veem a Venezuela como extensão, em continente americano, dos interesses do Irã, da China e da Rússia. Basta ver os acordos militares e estratégicos firmados pela Venezuela com esses países asiáticos. A mesma preocupação recai com os menos atuantes Brasil, Equador, Bolívia, Argentina e Uruguai.

Paraguai e Honduras sofreram processos políticos tormentosos, que alguns denominam de golpes, e com isso se reaproximaram rapidamente dos Estados Unidos, após o afastamento dos presidentes de Esquerda. É bom recordar que tais países possuem bases militares estadunidenses.

Há sério risco de golpe institucional na Venezuela, e na Argentina e no Brasil a ingerência do sistema financeiro global poderá levar à vitória da oposição.


Síria, Iraque, China e Rússia

Os Estados Unidos desde o primeiro momento incentivaram as manifestações populares contra aqueles governos que considerava inimigos no mundo árabe. Quando as citadas manifestações que, iniciavam-se pacíficas, não avançavam nos países inimigos, adotava ou a invasão militar com apoio de outros países ditos libertários, como fez na Líbia, ou o incentivo aos opositores, como fez na Síria e também, mas aí sem êxito, no Irã.

Nos países amigos, Emirados Árabes e Catar, sequer fez qualquer observação sobre as manifestações havidas e menos ainda sobre o envio de soldados sauditas para abater opositores do governo nos Emirados.

Há notícias bombásticas na mídia próxima do Irã e da Rússia de que um ex-candidato derrotado pelo partido Republicano a presidente nos Estados Unidos se reuniu em 2013, de forma ilegal, na Síria, com líderes da oposição, incluindo aí o atual líder do EI, antigo ISIL, que já era considerado o 5º maior terrorista do mundo desde 2011. Há fotos desse encontro em vários sítios da internet.

O motivo desse apontado apoio dos Estados Unidos, estratégico e com armas, ao lado da Arábia Saudita, que também fornecia dinheiro, era não apenas o afastamento de Assad da presidência da Síria, mas, com esse grupo radical sunita, afetar diretamente os xiitas do Iraque, permitindo a divisão do território e, em seguida, o inimigo governo iraniano.

Eram fornecidos tanto dinheiro e tantas armas que iam pessoas de muitos países guerrear no Iraque (sabe-se lá pelo o que) e na Síria (contra o governo Assad). Essas pessoas normalmente entravam ou pela Jordânia ou pela Turquia. A Turquia também apoiou os radicais sunitas, visando o enfraquecimento estratégico do Irã e levando o forte movimento curdo em seu país se envolver em questões na Síria e no Iraque, como já ocorre.

Por outro lado, o interesse dos Estados Unidos é fragmentar os atuais territórios da Síria e do Iraque, assim como já está concretizando na Líbia e, segundo dizem alguns especialistas, poderá fazer o mesmo dentro de poucos anos no território da sua atual parceira militar Arábia Saudita.

Os Estados Unidos defendem um enfraquecimento dos países árabes e o surgimento de nações novas, como o Curdistão no Iraque, com parte do território sírio. E isso, em princípio, favoreceria Israel, com vizinhos mais fragilizados e com menor potencial de fogo.

O temor dos russos e chineses é que nacionalistas islamitas de seus países estejam treinando no Iraque e na Síria, com apoio da CIA, para ulteriormente integrar e fomentar movimentos terroristas de libertação nas suas áreas de maioria muçulmana. Com isso, haveria abalo político e econômico nesses importantes países dos BRICS.

Por outro lado, a Rússia e a China já sofrem com a proximidade das bases estadunidenses no Japão, na Coreia do Sul, no Afeganistão e no Paquistão. Por isso são radicalmente contra qualquer invasão no Irã, que merece um estudo a parte.

Rússia e China já se encontram cercadas militarmente e têm receio de que fiquem sem acesso a gás e petróleo (aí apenas a China) desses países.

A Rússia também vem enfrentando a questão da Ucrânia e da proximidade das bases da OTAN do seu território. Só um leigo acharia que isso não tem um sentido estratégico. Tem. E muito. Há a tentativa de isolar a Rússia e assim enfraquecê-la política e economicamente.

O Brasil é um grande fornecedor de minérios para a China. A eventual reaproximação desmedida do Brasil com os Estados Unidos pode afetar os interesses chineses, que são os maiores parceiros comerciais dos brasileiros.


BRICS

Rússia, China, África do Sul e Brasil são hoje integrantes dos BRICS e importantes representantes da esquerda mundial. A Índia, também integrante dos BRICS e vizinha da China (e também do Irã, inimigo dos Estados Unidos), assume uma posição intermediária e mais próxima dos Estados Unidos.

Esse bloco reúne algumas das maiores economias atuais do planeta e são um forte obstáculo às ações hegemônicas dos Estados Unidos e dos seus seguidores europeus.

A desunião dos integrantes dos BRICS parece ser interesse prioritário não só dos Estados Unidos, mas dos integrantes da Comunidade do Euro, que, embora a mídia atualmente não divulgue a questão,  também sofrem com a forte crise econômica.


FUTURO

A questão é saber se deixaremos que o Brasil, sob uma nova direção, permita mais que a desindustrialização massiva, o próprio desmantelamento dos BRICS e da estratégia geopolítica e econômica traçada por esse importante e mundialmente invejado grupo.

Entendo que a questão envolve a prioritária defesa dos interesses nacionais. E opto por ficar na defesa destes.


E vigiemos a presidente já no primeiro dia de governo para que corrija erros, olhe adiante, reestabeleça laços econômicos no mundo afora, participe ativamente do Mercosul e dos BRICS e assim permita ao Brasil crescer com prosperidade para cada um de nós brasileiros.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

RESPONSABILIDADE DA HUMANIDADE

foto: The Guardian
A guerra na região que hoje envolve a Síria e o Iraque deve nos preocupar.

Os rebeldes do chamado EI, nova denominação ao ISIL, estão matando pessoas de forma gratuita, através da degola, da crucificação e também por outras formas cruéis por puro sadismo, e não em combate.

A esse exército truculento e cada vez mais poderoso se juntam pessoas de todo o mundo. Dizem que em solo sírio já são seguramente mais de 50 mil pessoas que, unidas, praticam o terror na terra onde os peregrinos difundiram as mais antigas religiões. Arábia Saudita, Catar e Estados Unidos são acusados de, até recentemente, fornecer dinheiro e armas a esse grupo que devasta a paz.

Esse grupo sanguinário mata crianças, mulheres, idosos e homens. E ainda é acusado da prática indiscriminada de estupros. Persegue minorias, inclusive de religiões mágicas, que guardam segredos praticamente desconhecidos pela grande parte da Humanidade, como dos Mandeus e os Iazidis.

O que mais preocupa é que recentemente saiu a informação de que um ex candidato derrotado à presidência dos Estados Unidos, Jhon McCain, teria se reunido em 2013, de forma secreta e ilegal na Síria, próximo da Turquia, com líderes da oposição ao governo sírio, incluindo o atual líder do EI, Abu Backr Al Bagdad, procurado desde 2011 pelo governo americano como um dos cinco mais perigosos terroristas.

A preocupação de alguns países asiáticos é de que os Estados Unidos estejam forçando, através das ações desse grupo (EI) e de sua visível capacidade de receber e formar terroristas, tanto a formação de terroristas islâmicos que poderiam em breve agir de forma mais contundente em território chinês e russo, com áreas específicas povoadas por maioria muçulmana, como a própria criação do Curdistão, que reuniria, em princípio, significativas partes do território sírio e iraquiano, e que ainda abrangeria terras turcas e iranianas, onde há a presença da etnia curda. A doação de armas de forma massiva a militantes curdos e não ao governo do Iraque, sob o pretexto de que o governo do Iraque não une as etnias de seu país, ajuda a dar credibilidade a essa última suspeita.

Independentemente das questões geopolíticas, a matança indiscriminada, a perseguição a minorias religiosas, o deslocamento de milhões de pessoas, em busca de refúgio e o perigo à integridade aos sítios arqueológicos milenares nos impõe o dever de agir.

A humanidade não corre apenas o risco de apagar parte significativa de sua história, representada por obras humanas com milhares de anos; mas de enterrar costumes que se transformaram em segredos religiosos; de ver de perto a maior leva de refugiados desde a segunda guerra mundial, como já ocorre na Síria; e de presenciar a matança de milhões de pessoas privadas de tudo.

Ou a humanidade demonstra ter responsabilidade ou o caos estará próximo de todos nós, não apenas com o terrorismo que se dissemina pelo ódio a tudo que existe, mas com o pior sentimento que poderíamos enfrentar, o da indiferença. Assistir a essas atrocidades inertemente não significa apenas a morte da esperança e da solidariedade, mas o suicídio da própria humanidade e o passo necessário para darmos vez a seres menos asquerosos e mais antigos, inofensivos e resistentes que o homem, as baratas que, escondidas nos esgotos e nas paredes, passarão por cima de nossos cadáveres e da nossa história e, como ônus, herdarão o inferno que criamos, para, numa reciclagem natural, reerguer e reestruturar a terra, permitindo sobrevida aos seres que conseguiram resistir ao massacre imposto pela nossa raça.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

UM HOMEM SIMPLES

foto: site G1
A minha geração, desde tenra idade, aprendeu a admirar os homens simples, que ainda são muitos nesse mundo azulado repleto de ostentação.
Quando era pequeno, sempre eram contadas histórias envolvendo reis que se passavam por mendigos, para saber o que o povo achava a seu respeito. Sempre ouvia histórias sobre Jesus Cristo. Em seguida, sobre Gandhi e tantas outras almas evoluídas desprendidas da necessidade de acumular bens materiais.
Para mim, os verdadeiros cristãos são simples. Os homens e mulheres mais evoluídos também.
Temos um bom exemplo, aqui na nossa terra, de um homem simples.
O empresário Antônio Ermírio de Moraes, que já foi um dos homens mais ricos do país, sempre foi humilde, desapegado do luxo e da ostentação. Não que não quisesse acumular bens, pois isso fez durante toda a vida, como empresário, mas era desapegado da ostentação que virou moda e até estilo de funk. Era trabalhador e preocupado com a injustiça social, sem ser comunista ou socialista.
Esse exemplo de brasileiro, que ingressou no PTB no momento da reabertura política, sumiu do noticiário há uns 10 anos. E no domingo foi noticiada a sua morte.
Morre mais um brasileiro digno, exemplar em muitos aspectos, principalmente àqueles que pensam em acumular capital. Com ele aprendemos que o capital só se torna digno se for capaz de promover o emprego e o desenvolvimento do país, sem utilização para autopromoção ou para diversões que atentem contra a dignidade. A ninguém é dado fazer mal uso do dinheiro, que deveria servir, ainda que sob o domínio de poucos, para o progresso de todos e a evolução da própria humanidade.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

terça-feira, 5 de agosto de 2014

terça-feira, 29 de julho de 2014

JORNAL DA POMPÉIA, acesse e curta!

Você já viu a proposta informativa do Jornal da Pompeia?
É uma página que reúne muitas informações que se atualizam automaticamente e com links para várias páginas de interesse de direitos humanos e cidadania. Vale a pena bisbilhotar. Clique aqui para acessar

terça-feira, 22 de julho de 2014

ITAÚ CULTURAL

A dica de hoje é a página do Itaú Cultural no Youtube. Não faltam músicas legais.
Clique aqui e acesse.

terça-feira, 15 de julho de 2014

BANDA DE PÍFANOS DE BENDEGÓ

Gosta de música brasileira regional de qualidade? Veja e ouça abaixo a famosa BANDA DE PÍFANOS DE BENDEGÓ.

terça-feira, 8 de julho de 2014

terça-feira, 1 de julho de 2014

terça-feira, 24 de junho de 2014

Para conhecer um pouco mais do mundo em que se vive

Pela RT, canal russo em língua espanhola, é possível aprofundar-se em questões internacionais.
Digite http://actualidad.rt.com/en_vivo ou clique aqui para acessar

terça-feira, 17 de junho de 2014

SELF SERVICE PARA QUEM PRECISA DE COMIDA

Algumas ideias simples podem ser espetaculares e ajudar a mudar a forma como encaramos a ideia de fraternidade, caridade e preocupação social. São ideias que não expõem aquele que necessita de ajuda e não faz propaganda altruística daqueles que deveriam simplesmente ajudar, e pronto. Na terra das Arábias, lá no norte da enorme Arábia Saudita, na cidade de Há’il, um homem que não quis se identificar, instalou uma geladeira em frente à sua casa e confidou os vizinhos a colocarem comida na geladeira para doação. Era um self service para os necessitados. Eles abririam a geladeira e pegariam aquilo de que necessitariam. Segundo o idealizador, as doações ao ar livre iriam poupar os necessitados da vergonha de pedir comida. Taí uma ideia simples e genial que ajuda a mudar a cara desse mundo materialista e nada fraterno. A matéria foi publicada originalmente na página www.gulfnews.com. Se preferir, clique aqui para acessar.

terça-feira, 10 de junho de 2014

O BRASIL E OS REFUGIADOS SÍRIOS

O Brasil possui uma das legislações mais avançadas em relação ao refúgio. A lei a que me refiro é a 9.474, de 22 de julho de 1997. Teoricamente, o Brasil é um dos Países mais avançados nesse tema. Contudo, na prática, o Brasil recebe poucos refugiados. Hoje há menos de 5 mil pessoas que estão em busca ou obtiveram refúgio no vasto território brasileiro, enquanto que o vizinho e pequeno Equador abriga mais de 55 mil refugiados. Com a grave crise vivida na Síria, onde há 6,5 milhões de deslocados, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados solicitou que os Países da América Latina recebam os sírios que fogem das guerras, já que o continente, por ter poucos refugiados, teria condições sociais e econômicas de receber um número considerável de pessoas em busca de proteção. Há um motivo para isso. O jornal espanhol El Pais divulgou recentemente que 20 milhões de latino americanos têm origem árabe, que vieram para a América fugindo de guerras, longas crises econômicas e perseguições das mais variadas espécies, mas normalmente políticas ou religiosas. Ou seja, embora longe de seu território, os sírios conseguiriam algum apoio da comunidade árabe local. Contudo, na América Latinaapenas o Brasil e o Uruguai já manifestaram interesse em receber refugiados sírios. A crise na Síria, que já se alastra há mais de 3 anos, é gravíssima. É a maior crise de deslocamento já vista desde a 2ª Guerra Mundial, e isso em um país de diminuto tamanho territorial como a Síria. Ou seja, o que ocorre lá dentro afeta a todos os sírios e de forma cruel. Ou eles fogem ou morrem de fome, por tiros ou por bombas. Segundo a imprensa, os sírios que conseguiram fugir do País em uma guerra fratricida somam 2,5 milhões, dos quais 1,2 milhão de crianças, muitas delas órfãs. O Líbano, a Jordânia, o Iraque, o Egito e a Turquia não conseguem atender a todos os que buscam refúgio. Muitos dos sírios que são “recebidos” por esses países ficam em campos de refugiados, longe da população local e em condições indignas. Muitas vezes morrem de frio ou de fome. Ou seja, a única diferença de onde são depositados para a realidade existente na síria é que nos campos de refugiados não há risco de morrer em guerra. No resto, impera a indignidade, muito embora os Médicos Sem Fronteiras e outras organizações não governamentais, além do ACNUR, busquem auxiliar a todos. As normas que regulam a matéria no Brasil são a Constituição Federal; a Convenção de 1951, Relativa ao Estatuto dos Refugiados; o Protocolo de 1967, Relativo ao Estatuto dos Refugiados; a Declaração de San José Sobre Refugiados e Pessoas Deslocadas; a Declaração de Cartagena; a Lei 9.474, de 22 de julho de 1997; a Portaria MJ nº 756, de 5 de Novembro de 1998; e a Resolução Normativa nº 18, de 30 de abril de 2014, do CONARE. No Brasil, a Cáritas, entidade civil ligada à Igreja Católica, e que significa caridade em latim, participa do CONARE - Comitê Nacional para os Refugiados, na defesa dos interesses do solicitante de refúgio (art. 2º da Portaria MJ 756/1998), juntamente com representantes dos Ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, do Trabalho, da Saúde e da Educação, além do Departamento da Polícia Federal e do ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Geralmente a solicitação de refúgio no País é apresentada pelo próprio solicitante ou representante em uma unidade da Polícia Federal brasileira, mediante preenchimento do Termo de Solicitação de Refúgio constante do Anexo da Resolução Normativa nº 18, de 30 de abril de 2014, do Comitê Nacional para os Refugiados. Após, com ou sem a oitiva do solicitante de refúgio, mas colhidos dados identificadores da pessoa, a Polícia Federal emitirá o Protocolo de Refúgio, que servirá de documento de identificação e garantirá ao solicitante de refúgio a estada temporária no País e a não deportação para fronteira de território em que sua vida ou liberdade esteja ameaçada. O protocolo tem prazo de validade de um ano, prorrogável por igual período, sucessivamente, até a decisão final do processo administrativo de pedido de refúgio, que terá como características a gratuidade e urgência no trâmite. Os representantes do ACNUR, de entidades da Sociedade Civil que colaborem com o CONARE e a Defensoria Pública da União deverão ser comunicados dos trâmites do processo de refúgio que tramitará no CONARE. Caso haja o indeferimento do pedido de refúgio, caberá, no prazo de 15 dias contados da notificação da decisão, recurso ao Ministro da Justiça. Nessa hipótese, será permitido ao solicitante e aos seus familiares permanecer no território brasileiro até decisão final. Se for concedido o refúgio pelo CONARE ou por decisão do Ministro da Justiça, o refugiado deverá ser notificado para assinar o Termo de Responsabilidade e ser cadastrado no Sistema Nacional de Registro de Estrangeiro – RNE. Mesmo que não preencha as condições para o refúgio, o candidato ao abrigo poderá, em certas situações, obter o direito de permanecer no país por razões humanitárias. O artigo 3º da Lei 9.474/1997 apresenta algumas das causas de não concessão de refúgio. São exemplos: se o solicitante tiver praticado crime de guerra, crime contra a humanidade, crime hediondo, participado de atos terroristas ou de tráfico de drogas, se for considerado culpado de atos contrários aos fins e princípios das Nações Unidas e se já desfrutar de proteção de qualquer órgão das Nações Unidas. Ainda, se for considerado perigoso para a segurança do Brasil o solicitante de refúgio poderá ser deportado. O refugiado ainda poderá ser expulso do território nacional por motivos de segurança nacional ou de ordem pública. Consta expressamente da Lei Federal que o ingresso irregular no território nacional não constitui impedimento para a solicitação de refúgio. Os efeitos da condição de refugiado serão extensivos aos parentes que se encontrarem em território nacional e que dependerem economicamente do solicitante. Haverá a cessação da condição de refugiado quando, por condições objetivas, não houver mais necessidade de tal proteção (art. 38 da Lei 9474/97). Por outro lado, haverá a perda da condição de refugiado (art. 39 da Lei 9474/97) por ato voluntario desfavorável, como renúncia, falsidade dos fundamentos para o refúgio, exercício de atividades contrárias à segurança nacional ou à ordem pública e saída do território nacional sem prévia autorização do governo brasileiro. Embora tenha 3 milhões de descendentes de sírios, hoje o Brasil abriga pouco mais de 300 refugiados dessa nacionalidade. A maioria está em São Paulo, onde a comunidade de descendentes de sírios é bem grande. Ainda que tenha concedido de forma corajosa e excepcional o asilo humanitário especial aos sírios, estes têm enfrentado dificuldades às vezes insuperáveis. A língua muito diferente; a demora para ser entrevistado na Polícia Federal, por causa da quantidade de pedidos, e assim poder fazer a solicitação de refúgio; a dificuldade de obtenção de emprego; e a necessidade de sobreviver de caridades até, pelo menos, obter a solicitação e a documentação temporária. Enquanto o mundo se depara hoje com 5 milhões de refugiados, sem contar os deslocados internos, que somam mais de 43 milhões, o Brasil abriga o insignificante percentual de 0,01% (5 mil) do número menor, de refugiados, o que vem demonstrar que o País reúne condições financeira e moral de ajudar àqueles que passam por situações desesperadoras, como os refugiados sírios. Talvez seja o caso de, nessa controvertida Copa do Mundo, logo na abertura, o Brasil fazer um alerta contra as guerras e a necessidade de pacificação, com diminuição das armas de destruição em massa e da concessão de refúgio. Isso a tornaria, com certeza, a Copa das Copas, onde o esporte e a união dos povos faria a diferença.

terça-feira, 3 de junho de 2014

ÁGUA, É NECESSÁRIO SABER MAIS

O mundo sofre com a estiagem e a maior cidade de São Paulo segue essa tendência mundial, mesmo o Brasil abrigando a maior reserva de água potável de todo o planeta. E bem abaixo de nós tem o enorme aquífero Guarani. Para entender um pouco mais, recomendo a página http://www.mananciais.org.br/. Se preferir, clique aqui para acessar.

terça-feira, 27 de maio de 2014

8 ANOS DE VIDA NO YOUTUBE

Já são 8 longos anos de vida no youtube, repletos de vídeos. Ao todo são mais de 90 vídeos disponibilizados. Alguns com um número de acessos surpreendente, mas nem todos com tanta qualidade, já que a alma humana do seu produtor nem sempre está tão inspirada quanto deveria. Vá e confira: www.youtube.com/cyrodesa

terça-feira, 20 de maio de 2014

DESABAFO DE UM BRASILEIRO

I - COPA

A Copa do Mundo se avizinha (falta menos de 1 mês para começar) e  boa parte dos brasileiros resolveu rebelar-se. Há manifestações em todos os cantos do país contra os gastos feitos pelos governos.
Concordo que o custo foi excessivo e que o Brasil poderia negociar com a FIFA a realização de uma Copa mais modesta. E também concordo que o dinheiro que investimos inutilmente na construção dos estádios poderia reverter para a melhoria da educação dos níveis fundamentais.
Mas, o fato é que agora, faltando menos de um mês para o chute inicial, temos que realizar a Copa, receber bem os turistas, levar a eles muito da nossa cultura e fazer bonito no futebol. Os turistas não têm culpa dos nossos erros e devemos recebê-los cordialmente, como normalmente os brasileiros são recebidos em todos os cantos do planeta.
É óbvio que após o término desse campeonato repleto de luxo deveremos exigir dos governantes, sejam prefeitos, governadores ou presidenta, que apresentem os gastos discriminados, de forma a evitar que as construtoras e os cartéis de sempre, como de hábito, mais uma vez saiam de bolsos mais cheios do que deveriam, assim como agentes políticos ou públicos. Devemos estar atentos e exigir fiscalização, e se houve erros ou corrupção, os envolvidos deverão ser punidos e o dinheiro devolvido aos cofres públicos.

II – CAMPANHA DIFAMATÓRIA CONTRA A REPRESENTANTE DO PAÍS

Não sou petista, embora me julgue ser de centro-esquerda, mas não suporto o machismo escondido por trás da campanha difamatória da presidenta (ou presidente), como você preferir se referir à Dilma Roussef.
Ela pode ter errado na condução de uma ou outra política pública, mas é uma mulher reconhecidamente séria e bem intencionada.
Nem Sarney, Collor, Fernando Henrique ou Lula foram tão achincalhados. Será que é por que ela é mulher? Dilma é agredida constantemente, e, queiramos ou não, o Brasil encontra-se com menos desemprego que em outras épocas e com algumas conquistas sociais importantes. É fato que o nosso país não cresceu como esperávamos, não investiu na educação, tecnologia, infraestrutura e na saúde na forma e na intensidade que deveria, mas isso não permite que tratemos a presidente ou presidenta como se não fosse uma autoridade que representa o nosso País e o povo.
Manifestações podem ter o condão de mudar o país, mas para isso é necessário que elas sejam sérias, e não meramente difamatórias. Falta à classe média e à classe alta a atração que os jovens e as classes menos favorecidas sentem pelas ruas. Entendo que falta aos desrespeitosos a seriedade necessária para que o inconformismo proposto seja reconhecido como manifestação ou reivindicação.

III – A TENTATIVA DE DIVIDIR O PAÍS ENTRE DOIS PARTIDOS

Não me conformo com a tentativa de muitos de dividir o País como se só existissem dois partidos políticos, que se perpetuam nos governos federal e de alguns estados.
O consenso fático é que os dois partidos são acusados de corrupção e decepcionaram a população em maior ou menor grau, conforme a orientação política de cada um.
Embora a mídia ataque mais de perto aquele simbolizado pela estrela vermelha, o fato é que ele não é o único partido em que certos integrantes praticaram a corrupção. Está certo que o Partido adotou um sistema que já vinha ocorrendo também no governo do outro partido e que, infelizmente, ainda é comum no País do toma lá dá cá. Há uma sucessão de erros envolvendo esses dois partidos. Enquanto um se diz de direita e o outro de esquerda, o país caminha sem enxergar outras possibilidades que existem.
O governo federal atual adotou algumas políticas sociais, mas não fez uma administração propriamente dita de esquerda. Favoreceu grandes grupos nacionais e os banqueiros e oligarquias tradicionais, como fazia de forma assemelhada o governo do outro partido, quando ocupava o governo federal.
Mas nem tudo é semelhança. Há diferenças substanciais. Enquanto um é mais nacionalista e preocupado com algumas políticas sociais, o outro preocupa-se mais com questões financeiras e de orçamento.
E aproveitando-se disso, a extrema direita e a esquerda também radical fomentam o racha político no País, como se só existissem esses dois partidos. E existem outras figuras sérias em destaque nos cenários nacional e estaduais.

IV – DA NECESSIDADE DE ALTERNATIVA

Não dá mais para viver em um País dividido, onde alguns só sabem falar mal da presidenta, enquanto outros só sabem defendê-la, como se houvesse apenas duas referências, o que tem feito mal à democracia e à própria política.
Não. O Brasil é mais que isso. O Brasil precisa crescer. Precisa voltar a ser uma potência regional e que, como nos anos 50 e início dos 60, propicie uma boa educação, uma boa saúde e invista pesado no crescimento da indústria nacional e do conhecimento tecnológico. O rico precisa investir aqui dentro de forma a criar emprego, fomentar o conhecimento e propiciar as condições dignas de trabalho. Dessa forma o País como um todo crescerá e a população poderá ter mais dignidade.
São Paulo também precisa movimentar-se e sair do marasmo. Precisa investir mais fortemente na educação e agir com inteligência e eficiência na segurança pública. Há muito o que mudar. A advocacia pública também precisa ser mais propositiva e orientar de forma prévia e eficaz a administração, com coragem, ousadia e sem medo.
São Paulo e o País têm alternativas para crescer e sair dessa sensação de retrocesso.
Somente uma terceira via será capaz de minar essa tentativa de divisão, que está levando o País e os brasileiros a uma sensação de paralisia em todos os campos da vida pública e privada.
Há alternativas sérias para o desenvolvimento do País e para o progresso dos Estados. Basta estarmos atentos e enxergarmos sem a maquiagem própria da manipulação de alguns meios que divulgam mais boatos e chantagens que informação séria e confiável.
O Brasil e São Paulo não podem permanecer estagnados, muito graças a essa visão deturpada de divisão política que favorece sempre os mesmos, não permitindo novas ideias e novas propostas.
O Brasil e São Paulo devem e precisam urgentemente crescer, caminhar e ousar.

Para que saiam do marasmo eles dependem de nós e do nosso voto. Façamos a nossa parte como cidadãos. São Paulo e o Brasil dependem disso.

terça-feira, 13 de maio de 2014

UM PAÍS QUE PRECISA LIBERTAR-SE!

Estamos às vésperas da Copa do Mundo a ser realizada aqui no Brasil, onde se gastou bilhões em construções de estádios. É muito dinheiro para um país carente em boa educação, saúde básica e infraestrutura descente. Hoje, que se comemora a libertação dos escravos à época do Império, percebemos que todos nós nos tornamos escravos de um sistema que não funciona e que serve para perpetuar o Brasil na condição de colônia do grande capital e das grandes potências econômicas e militares. Liberte-se Brasil e junto dê asas ao seu povo negro, branco e multicolorido.

domingo, 4 de maio de 2014

UMA SÃO PAULO UM POUCO DIFERENTE. NÃO É IMPOSSÍVEL.

São Paulo é única.


É cosmopolita e reúne de tudo e quase todos.

Ela consegue unir no seu espaço desde o mais chique até o mais simples.

Dos lugares mais badalados aos botecos com mesa de bilhar.

Dos restaurantes mais refinados àqueles que servem o comercial tão saboroso.

Dos charmosos cinemas de rua às confortáveis salas de shopping.

Do comércio do desconto, mais barato e meio brega, de rua, àqueles caríssimos e refinados das mais famosas grifes, reunidas em uma só rua ou nos mais badalados shopping centers.

Das corujas, patos selvagens, gaviões, pequenos pássaros e capivaras nas águas sujas de seus rios.

São Paulo às vezes parece que não tem jeito e que nunca melhorará.

Falsa impressão.

São Paulo tem vida pulsante em todos os seus cantos e recantos.

Tem corujas piando logo cedo, capivaras com seus filhotes e gente, muita gente. Muitas dessas que sequer sabem o que é natureza.

Mas São Paulo e sua gente começam a mudar.

Quase não se joga bituca de cigarro nas ruas. Joga-se?

Quase não se joga lixo nas ruas. Joga-se?

Há respeito diuturno pela natureza. Será?

Olha, se os seres humanos são desrespeitados, o que se dirá da aparentemente frágil natureza?

Mas a mudança é gradativa e visível. Hoje há maior preocupação pelo meio ambiente, ao menos entre os jovens.

Futuramente haverá maior preocupação com os seres humanos, dizimando-se não os homicidas, mas os crimes contra a vida.

E mais à frente São Paulo não será conhecida tão somente como a capital da gastronomia, das atividades artísticas e culturais e dos mais belos conjuntos arquitetônicos. São Paulo poderá mostrar a sua faceta caipira, com suas cascatas, suas estradas de terra, seus rios – talvez até lá estejam mais limpos - repletos de vida e suas pessoas, não apenas cordiais, mas respeitosas com todo o tipo de vida.

Este é o seu destino, São Paulo.

A natureza, os(as) paulistanos(as) e a vida oriunda da natureza agradecem.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O HIPERTENSO-BOMBA

Recentemente ri muito de uma situação. É, não digo que comecei a rir de mim há muito tempo, não. Acho que devo estar mais maduro e por isso levo a vida de forma mais leve, como se tudo fosse passageiro, como de fato é. Mas o que importa não é a maturidade nessa crônica, mas a situação "hilária" que vivi.
Sou hipertenso e por recomendação médica fui fazer aquele exame chato chamado MAPA. Se você nunca fez, nem queira saber como é. Se você já realizou, sabe como é insuportável carregar um peso no braço, na verdade uma espécie de tarja que aperta o braço, mangueira por quase todo o corpo e um aparelho enorme preso ao cinto que mais parece um artefato pronto para explodir. Sim, explodir. Imagine eu, com essa cara de árabe, usando o MAPA, com uma pequena mangueira preta que saia do penúltimo botão da camisa e ligava-se a um objeto estranho, muito maior que aqueles celulares tijolões. Sim, muitas pessoas imaginariam que aquilo era uma bomba e eu o próprio homem bomba... Acho que até eu pensaria isso. Não que fosse preconceito de raça ou cor, mas é que aquilo realmente era e é muito estranho. Só os hipertensos para usarem aquilo. Mas aquele objeto, na verdade, de tão horrível e chato de usar que é, deve elevar e muito a pressão arterial... É, hipertensos usam algo para monitorar a pressão que no fundo a eleva, pode? Só rindo, mesmo.

Mas voltemos à história. Eu e a minha mania de dar voltas!

Estava eu em um lugar público carregando aquela parafernália quando uma japonesa de um metro e quarenta resolve me encarar. Quando eu virava os olhos para olhá-la, ela simplesmente disfarçava para logo depois fitar no meu aparelho. Era só virar para que ela novamente começasse a olhar para o chão, para o teto, para o outro lado. Estava na cara que ela estava de olho naquilo que lhe soava estranho... "O que seria aquilo?", deveria pensar. Mas o mais engraçado foi quando o aparelho, depois de 10 minutos de acionado, voltou a funcionar e inchou. A japonesinha viu o meu braço inchar, ouviu um barulho estranho e não é que saiu correndo? Correndo. Imagino a história que deve ter contado para os amigos e familiares... Melhor nem imaginar muito. A minha sorte é que estava no Brasil e não nos Estados Unidos ou na Inglaterra. Se fosse por lá, esse hipertenso já teria virado uma peneira humana...
(publicado originalmente em agosto de 2010)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

PDT SE ALIARIA AO PMDB?

Hoje saiu um boato na imprensa de que o PDT se divide quanto à candidatura própria ao governo do Estado de São Paulo. O Major Olímpio, deputado estadual e indicado pela presidência do partido como candidato ao governo do Estado, não quis conversa com o PMDB, mas uma ala considerável do seu partido quer se aliar ao Paulo Skaf, Presidente da Fiesp, indicado como candidato ao governo pelo PMDB. Na verdade formariam uma dupla imbatível, aliando o sindicalismo e funcionalismo público, defendidos pelo PDT, à visão dinâmica e arrojada do empresariado, seria unir o mais liberal e o mais conservador, o mais preocupado com educação de qualidade e o que conhece tudo de segurança pública. Misto de promessa e certeza de progresso e de segurança. Não teria para ninguém! Sem campanhas, os dois candidatos têm eleitorado considerável. Skaf tem cerca de 15% das intenções de voto e Olímpio por volta de 4%, ambos com grandes chances de crescimento e com reduzidíssimo índice de rejeição. O PT e o PSDB não devem ter gostado nem um pouco dessa possível aliança. Alckmin é o favorito das pesquisas e têm grande chance de eleger-se. Padilha, ex-ministro da Saúde, vem crescendo nas pesquisas, mas ainda está longe de alcançar os índices do atual governador do Estado. Para a democracia é bom que haja disputa nas eleições e que novos e fortes candidatos surjam. A corrida rumo ao Palácio dos Bandeirantes está concorrida e ninguém se sente, ou não poderia se sentir, vitorioso.

segunda-feira, 31 de março de 2014

31 de março de 1964 - uma noite que durou 21 anos

31 de março de 1964 foi uma noite que durou 21 anos, e deixou sequelas ao Brasil. Muitos dizem que se trata de uma divisão de comunistas e nacionalistas. Nada disso. Militares nacionalistas e legalistas foram perseguidos, torturados e até mortos pela ditadura que se implantou no país. A questão não era de comunismo, pois João Goulart era latifundiário e nunca foi comunista e nunca pretendeu implantar no país um sistema de tal natureza. Era nacionalista. Queria ver um país grande, economicamente forte e produtivo, uma população educada e culta e um país independente, não ligado umbilicalmente aos Estados Unidos, líder capitalista, nem à então União Soviética, que liderava o bloco de países comunistas. Queria integrar o bloco dos não alinhados, que inclui diversos países, inclusive da Europa e do qual a Índia, que se desenvolveu muito e hoje é uma potência tecnológica, é o mais forte exemplo. A intenção do golpe foi apagar as conquistas de Vargas e evitar que os trabalhadores tivessem mais acesso à cultura e educação. Foi um golpe orquestrado pela extrema direita que gozou de simpatia da direita e de setores militares e que contou com forte influência e interesse dos Estados Unidos. Os golpistas perseguiram a todos os integrantes do então PTB, que corresponde hoje ao PDT de Brizola. Muitos deputados desse partido foram torturados e mortos. O que fizeram não foi simplesmente um ato de vingança. Cometeram um ato que jamais poderíamos aceitar. Rasgaram a Constituição mais democrática que o Brasil conheceu até então, a de 1946, cassaram políticos populares e democraticamente eleitos e afogaram de vez a esperança de um Brasil mais próspero. Passados 50 anos, não recuperamos o que perdemos, principalmente o amor próprio de brasileiros. De lá para cá a educação tornou-se uma vergonha nacional. De lá para cá a cultura, incluindo a música, afundou-se no obscurantismo do desconhecimento e da falta de sentimento. O máximo que temos é um funk carioca sem letra, sem melodia e que só serve para alienar. De lá para cá o fazer política piorou, com mais corrupção e conchavos execráveis. De lá para cá o salário mínimo minguou, deixando o trabalhador com menor poder de compra. De lá para cá apagou-se a participação popular de verdade, com conhecimento de causa e deu lugar ao reivindicar sem motivo, sem conhecimento, sem causa à qual defender. De lá para cá o Brasil tornou-se um país mais dividido, mais fraco, mais colonizado e menos independente. O então Presidente João Goulart disse não à invasão de Cuba e buscava independência no cenário político internacional, buscando ampliar o comércio e, por consequência, aumentar a pauta de exportações. Lula tentou imitar Jango ao voltar-se ao Oriente Médio e África, enquanto que Dilma não teve visão de liderança nesse aspecto. João Goulart foi derrubado de 31 de março de 1964 a 1º de abril por um golpe ordinário, orquestrado pelo o que há de pior no país e no mundo. O Brasil vivenciou nesse período a maior penumbra de sua história, vivenciou silenciosamente o assassinato de João Goulart, em 1979, e começou a acordar em 1982, com as eleições diretas a governador. Brizola, Montoro e Miguel Arraes saíram vitoriosos nos seus Estados. Brizola, foi fundador do PDT, Partido Democrático Trabalhista, a maior e mais influente legenda de esquerda na década de 80. Era uma legenda nacionalista e voltada aos interesses desenvolvimentistas e trabalhistas. O PT, Partido dos Trabalhadores, estava surgindo forte, mas ainda não tinha a força do PDT, nem Lula, líder sindical de renome, tinha a influência e o respeito que Brizola possuía. Brizola havia sido governador do Rio Grande do Sul antes do golpe e resistiu bravamente a uma tentativa de derrubada de Jango em 1961, na chamada campanha da legalidade. Conseguiu unir no seu partido trabalhistas históricos, intelectuais como Darcy Ribeiro e comunistas como Prestes. Foi uma legenda de grande importância na luta pelas eleições diretas para presidente. Se fosse Brizola que tivesse disputado com Collor a vaga a presidente da República em 1989, quando perdeu para Lula por 0,5%, o Brasil vivenciaria uma outra história, sem impeachment e sem a quebra do Brasil. Brizola era imbatível no debate e na apresentação de ideias. Seria um grande presidente. Mas não teve essa chance. Aos poucos deixou de influenciar o cenário político e o PDT foi se apagando e perdendo seus líderes já idosos. Hoje, quase nada resta desse partido tão importante à história nacional. É um partido que julgo que não pode se apagar. Tem espaço na atual política, mas precisa revolucionar-se internamente. A ditadura apagou os grandes líderes, os grandes partidos, o grande Brasil, a bela música brasileira, a educação de qualidade, a saúde digna, a economia forte e crescente, um posicionamento independente e abriu oportunidades a golpistas, corruptos e a uma subserviência aos Estados Unidos e europeus nunca antes visto em nossa história. Não somos os mesmos. Perdemos 21 anos de nossas vidas e depois não soubemos trilhar o melhor dos caminhos. Estamos alcançando a democracia, mas precisamos de mais. Precisamos de Justiça Social, de menos violência, de mais segurança, de uma educação de qualidade a todos os brasileiros e brasileirinhos, de uma saúde que nos conforte, de um salário mínimo justo e real e de melhores condições a cada um dos brasileiros que vivenciam a alegria e o drama de morar nesse vasto e injusto País. Precisamos revolucionarmo-nos. Parar de lamentar e lutar por ideais para que os nossos filhos tenham um país mais digno. Precisamos ser menos egoístas e pensar mais nos brasileiros excluídos, que são muitos, desde as crianças abrigadas, os moradores de rua, os dependentes de drogas, os que trabalham como escravos, as vítimas de crimes... São muitos brasileiros que choram a todo instante porque o nosso país não é justo. E não podemos virar o rosto e os olhos a essa realidade. Precisamos mudá-la. Nesses 50 anos, dos quais 21 foram de escuridão plena, não conseguimos voltar ao que éramos, mas podemos inclusive avançar. Para isso não podemos esquecer quem somos, o que vivenciamos e o que precisamos mudar. Sabemos de tudo isso, mas não podemos esquecer, nunca! O Brasil é um grande país e você, assim como eu, sabe disso. Nós, agora, é que precisamos ser grandes e ajudar esse país a voltar ao seu rumo na história. Não tenho dúvida de que o Brasil poderá ser uma potência. Mas antes disso precisará ser justo com todos os seus cidadãos, sem hipocrisia e sem discursos fáceis. Precisamos ser brasileiros melhores. Você está disposto? Eu estou, podemos nos dar as mãos rumo a um Brasil de destaque. Vamos nessa, brasileiros. Outros brasileiros precisam de você!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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