quarta-feira, 24 de setembro de 2014

SERES QUE NÃO RESPIRAM O AR DO UNIVERSO

Seres que respiram a poeira do vazio e não o ar do Universo

Não sei o que se passa na cabeça doentia de algumas pessoas.

Não sei se é sintoma de uma geração ou fruto do sistema que a sociedade adotou.

O fato é que essas pessoas a que me refiro são frias, insensíveis, àqueles que elas julgam diferentes, seja pelo o que for. Se disser respeito à condição social, então, a coisa se agrava, pois pior do que a repulsa é a cortante indiferença que nutrem pelos que nada têm.

Esses seres que vivem numa novela, no mundo de Alice ou no sonho hollywoodiano, culpam os diferentes pelas condições de vida, como se esses pudessem trilhar caminhos diferentes numa sociedade tão hipócrita, protetora dos que possuem algum tipo de poder e segregacionista àqueles que pensam e agem diferentemente.

Aos descamisados resta a fé, o ar da paciência e da sabedoria, além da resistência e a própria persistência em querer viver.


Aos que me refiro, somente resta vivenciar os últimos momentos da encenação, já que a vida é muito mais rica, diversificada e múltipla em caminhos e opções do que o mundinho quadradinho que restou desenhado no umbigo sem graça de cada um deles ou no ar viciado que nada vivifica. Quando acordarem, poderá ser tarde, pois haverá poucos instantes ainda a permitir viver e respirar o ar do Universo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O GIGANTE PAÍS DE SONHOS E DOS SONHOS

O gigante do sul acordou em campo e mostrou garra e união.

O gigante do sul, como é chamado o Brasil pelos seus irmãos latino-americanos, tem uma história sofrida, mas, quando quer, sabe lutar com garra e vencer.

Esse gigante que sofreu com a colonização, a escravidão, a matança de grupos indígenas, a exploração comercial, a prostituição de suas crianças e mulheres, com guerras que não quis, com a destruição das suas matas e aparentemente das suas riquezas, com a exportação de mão de obra barata e a saída de muitas de suas cabeças pensantes, com alguns políticos vendidos aos interesses estrangeiros, com séculos de falta de investimento em educação, saúde e tecnologia, ainda sofre de baixa autoestima.

Mas o Brasil, nome que vem de brasa, e o seu povo são fortes, são fogo, são guerreiros.

O Brasil, desde a independência, conseguiu manter-se unido, mesmo com a forte e permanente interferência de interesses alienígenas em suas questões internas.

 Foi um brasileiro que levantou voo e fez o mundo sonhar com as asas dos pássaros.

Foram brasileiros que escreveram livros que encantaram e ainda encantam o mundo.

São os brasileiros um povo musical, com músicas de qualidade reconhecida no mundo inteiro.

A ginga é coisa típica do Brasil e dos brasileiros, assim como as novelas que fazem pessoas e famílias inteiras, do planeta terra inteiro, sonharem e pararem o que estão fazendo para acompanhar mais um capítulo da história fantástica criada por esses artistas.

O cine-documentário brasileiro é um dos mais respeitados no mundo da sétima arte. É referência nas escolas.

Foram os nossos escravos que inventaram a feijoada, uma das comidas mais conhecidas do Brasil no mundo afora. Também foram os nossos irmãos afrodescendentes que criaram a mundialmente conhecida capoeira, arte guerreira tipicamente nossa. E foram os escravos muçulmanos, aqui no Brasil, em plena Bahia, os primeiros a lutar aqui no nosso solo pela dignidade e o absurdo da prisão física, psíquica e da alma.

Fomos uma grande potência durante o império e por isso não sofremos invasões que poderiam nos destroçar.

Fomos um forte atrativo econômico e social às pessoas de todo o mundo e de todos os continentes. Daí, ao lado dos negros, índios e portugueses, vieram europeus, asiáticos, árabes e judeus, e nos tornamos multirraciais e um dos países símbolos da miscigenação possível e fantástica.

Sofremos com guerras internas fratricidas que nos marcaram, e em todos os cantos do país. Muitas eram por sonhos, outras por devaneios, mas sempre recheadas de muita vontade de mudança. Essa triste marca da guerra cedeu à vontade de fazer paz, sempre que possível.

Os nossos pracinhas, mesmo sem roupas adequadas para enfrentar o forte frio, foram à Europa para lutar pela liberdade de pessoas do Mundo inteiro contra os nazistas e os fascistas, e venceram os exércitos poderosíssimos da Itália e da Alemanha.

Sofremos com ditaduras apoiadas por interesses externos que tentaram, com tortura e muita censura, apagar a magia musical, das artes, da literatura e do encantamento brasileiro. Não conseguiram.

Hoje somos uma das maiores democracias de todo o mundo. Motivo de orgulho, pois há 30 anos ainda vivíamos sob um regime repressivo.

Os nossos pesquisadores, mesmo sem apoio, têm criado e descoberto grandes passos para o avanço da humanidade, principalmente na área médica. Nossa indústria aérea é uma das maiores do mundo.  Temos grandes empresas na área alimentícia. E somos grandes exportadores de produtos agrícolas e de pecuária, além de minério e petróleo. Exportamos ao mundo inteiro a arte do combate nas selvas e contra guerrilhas.
Temos uma grande desigualdade social e enfrentamos diuturnamente a dor de ver irmãos abandonados ao frio e ao perigo das ruas, sem cuidados e sem alimentos ou água, ao mesmo tempo em que sorrimos ao nos confortarmos em sermos a 7ª maior potência econômica de todo o mundo.

Somos um país de contrastes. Contrastes econômicos, culturais, sociais, educacionais. Contrastes na nossa formação. Contrastes às vezes fantásticos, às vezes horrendos. Ainda temos que caminhar, e muito há que mudar.

O Brasil não parou por aí. Nem vai parar.

O Brasil é enorme. O mundo sabe disso. Só falta a nós, brasileiros, olhar para o nosso país e pretender fazer algo melhor por ele e pelos nossos irmãos que não tiveram acesso aos cuidados de um lar, à educação, à saúde adequada e à cidadania. Precisamos fortalecer as instituições e enfraquecer todas as formas de corrupção, inclusive os laços de indicação no serviço público. São tantas as carências, e tantas as possibilidades para o nosso povo e o nosso país.

A seriedade, o amor e a fraternidade podem nos fazer muito melhor!

Os escravos que para cá vieram sem qualquer liberdade, os índios aprisionados e os europeus que vieram em busca de sobrevivência ou de uma vida melhor, ainda que com o tempo, passaram a ter sonhos. Inicialmente básicos, esses sonhos se transformaram em pretensão de liberdade e de prosperidade. E daí surgiu o Brasil, um país de sonhos e dos sonhos.


Podemos fazer aqui uma grande Nação, com um povo mais consciente de seu passado, das suas necessidades e do seu futuro, sempre com mais união, com mais respeito ao próximo e a esse grande país. 

Eu quero e acredito nisso, e você?

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

INTERESSES INTERNACIONAIS POR TRÁS DAS ELEIÇÕES A PRESIDENTE

foto: site do IPEA
Nessas eleições o que está em jogo não é apenas o futuro do Brasil, mas de todo o bloco anti-imperialista formado pelos BRICS e países periféricos.

Os Estados Unidos e a Europa sofrem um forte declínio econômico. Mas isso não os torna menos ofensivos na defesa dos seus interesses. Ao contrário. Formaram várias frentes de luta em prol de seus interesses.

Comecemos com uma análise da situação no Brasil.


Brasil

O Partido dos Trabalhadores iludiu grande parte dos seus eleitores. Não fez as reformas que prometeu, criou enormes multinacionais brasileiras em prejuízo das pequenas empresas que poderiam, ao receber dinheiro do BNDES, crescer e com isso criar ainda mais empregos, de forma a fomentar a economia como um todo com o aumento de compras de produtos de primeira necessidade e pequenos supérfluos. E ainda se envolveu em esquemas de corrupção.

Não que os outros partidos não se envolvam em corrupção. Se envolvem, sim, e com frequência, mas a mídia não possui o mesmo interesse em sua cobertura.
O PT errou, e bastante. Mas também acertou.

Com Lula houve um vital crescimento do comércio exterior e de parceiros econômicos. O Brasil chegou a lugares nunca dantes navegados e aumentou sua parceria com os outros integrantes dos BRICS, inclusive em matéria estratégica e militar. A democracia chegou ao seu ápice.

Com Dilma houve certo recrudescimento econômico, como se houvesse medo em se expor. Com isso, houve a diminuição no comércio e, por consequência, o crescimento pífio do PIB. A manutenção e ampliação dos programas sociais de Lula foram um acerto sob vários aspectos (principalmente o de justiça social) e permitiram que a economia não entrasse em colapso.  Além do que, a enorme liberação de recursos aos governos estaduais e municipais, não foi acompanhado e fiscalizado de perto, o que facilitou que os dividendos de tais obras recaíssem apenas sobre os governos locais.

Hoje o governo Dilma chega próximo de seu fim. O sucessor pode ser uma ex Ministra de Lula, ligada ao capital nacional e internacional, ou um integrante de um partido com uma visão extremamente privatista e também ligado ao sistema financeiro.

As indústrias brasileiras, mais uma vez, ficarão órfãs. E com isso virá a recessão, já que o que cria empregos e desenvolvimento tecnológico não é o sistema financeiro por si só, mas o desenvolvimento industrial nacional. As indústrias crescendo, aumenta-se o número de empregados, o consumo dispara e o setor de serviços volta a crescer. É disso o que o Brasil precisa.

Antônio Ermírio de Moraes foi um exemplo de brasileiro nacionalista que defendia a capacidade de expansão industrial como motor do crescimento de empregos e, por consequência direta, do Brasil.

Mais empresas não implicam apenas em mais empregos, mas na especialização da mão de obra e no investimento em tecnologia. Aí, se houver um governo nacionalista, como foi o PT de Lula, e o País fizer o investimento certo e necessário, se tornará uma potência tecnológica, como hoje o são alguns parceiros dos BRICS e os Estados Unidos.

Há um mês, quando Eduardo Campos compunha o cenário político, Dilma seria eleita no primeiro turno. Hoje, com a morte do líder pernambucano, Dilma encontra-se em situação crítica. Há a possibilidade da atual presidente não ganhar no segundo turno que pelas pesquisas de opinião já é dado como certo.

A morte de Eduardo Campos é uma incógnita e não há quem descarte que foi uma ação planejada de ações de espionagem internacional. Leia-se CIA. É o que defende o jornal russo Pravda, que cita que propriedades confusas e irregulares de aeronaves, como ocorre com a que causou a morte de 7 passageiros em Santos, incluindo o neto do socialista Miguel Arraes, faz parte dos métodos utilizados pela CIA.

Particularmente não acredito muito nessa possibilidade, mas não a descarto totalmente, já que há testemunhas que viram a turbina esquerda do avião cessna pegando fogo, o que poderia caracterizar algo não condizente com o erro humano que querem imputar ao piloto.

Abro parênteses para salientar que as manifestações de junho de 2013 no Brasil, tão divulgadas no facebook e que redundaram na enorme queda da popularidade da presidente e da crença de um Brasil próspero, mereceriam um estudo a parte. Fecho parênteses.

Não é demais destacar que aos Estados Unidos interessam um Brasil mais comedido no plano internacional e que se afaste da Argentina, Bolívia, Equador, Venezuela, Síria, Irã, Rússia, China, Índia e África do Sul. Querem um Brasil que não opine sobre as questões iranianas e palestinas, que se afaste das decisões russas e chinesas adotadas no plano internacional, e que ainda seja mais refratário às questões humanitárias, em especial às dos refugiados de guerra. Também não é interessante ao Tio Sam o forte laço econômico que o nosso País mantém com a China, sua principal rival econômica.

Com a reaproximação do Brasil e da Índia, como já vem ocorrendo com este, os BRICS, integrados pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, perderiam não apenas o seu poderio econômico, mas o político.


Venezuela e outros países da América Latina

A crise na Venezuela surgiu logo após a morte do líder carismático Chàvez. Para os Estados Unidos, certamente, o problema não foi o fornecimento de combustível a Cuba, a contratação de médicos cubanos e os programas sociais e culturais implantados pelo pacífico revolucionário Chàvez, mas a sua ingerência em questões geopolíticas, em especial na América do Sul e no Oriente Médio. Os Estados Unidos ainda veem a Venezuela como extensão, em continente americano, dos interesses do Irã, da China e da Rússia. Basta ver os acordos militares e estratégicos firmados pela Venezuela com esses países asiáticos. A mesma preocupação recai com os menos atuantes Brasil, Equador, Bolívia, Argentina e Uruguai.

Paraguai e Honduras sofreram processos políticos tormentosos, que alguns denominam de golpes, e com isso se reaproximaram rapidamente dos Estados Unidos, após o afastamento dos presidentes de Esquerda. É bom recordar que tais países possuem bases militares estadunidenses.

Há sério risco de golpe institucional na Venezuela, e na Argentina e no Brasil a ingerência do sistema financeiro global poderá levar à vitória da oposição.


Síria, Iraque, China e Rússia

Os Estados Unidos desde o primeiro momento incentivaram as manifestações populares contra aqueles governos que considerava inimigos no mundo árabe. Quando as citadas manifestações que, iniciavam-se pacíficas, não avançavam nos países inimigos, adotava ou a invasão militar com apoio de outros países ditos libertários, como fez na Líbia, ou o incentivo aos opositores, como fez na Síria e também, mas aí sem êxito, no Irã.

Nos países amigos, Emirados Árabes e Catar, sequer fez qualquer observação sobre as manifestações havidas e menos ainda sobre o envio de soldados sauditas para abater opositores do governo nos Emirados.

Há notícias bombásticas na mídia próxima do Irã e da Rússia de que um ex-candidato derrotado pelo partido Republicano a presidente nos Estados Unidos se reuniu em 2013, de forma ilegal, na Síria, com líderes da oposição, incluindo aí o atual líder do EI, antigo ISIL, que já era considerado o 5º maior terrorista do mundo desde 2011. Há fotos desse encontro em vários sítios da internet.

O motivo desse apontado apoio dos Estados Unidos, estratégico e com armas, ao lado da Arábia Saudita, que também fornecia dinheiro, era não apenas o afastamento de Assad da presidência da Síria, mas, com esse grupo radical sunita, afetar diretamente os xiitas do Iraque, permitindo a divisão do território e, em seguida, o inimigo governo iraniano.

Eram fornecidos tanto dinheiro e tantas armas que iam pessoas de muitos países guerrear no Iraque (sabe-se lá pelo o que) e na Síria (contra o governo Assad). Essas pessoas normalmente entravam ou pela Jordânia ou pela Turquia. A Turquia também apoiou os radicais sunitas, visando o enfraquecimento estratégico do Irã e levando o forte movimento curdo em seu país se envolver em questões na Síria e no Iraque, como já ocorre.

Por outro lado, o interesse dos Estados Unidos é fragmentar os atuais territórios da Síria e do Iraque, assim como já está concretizando na Líbia e, segundo dizem alguns especialistas, poderá fazer o mesmo dentro de poucos anos no território da sua atual parceira militar Arábia Saudita.

Os Estados Unidos defendem um enfraquecimento dos países árabes e o surgimento de nações novas, como o Curdistão no Iraque, com parte do território sírio. E isso, em princípio, favoreceria Israel, com vizinhos mais fragilizados e com menor potencial de fogo.

O temor dos russos e chineses é que nacionalistas islamitas de seus países estejam treinando no Iraque e na Síria, com apoio da CIA, para ulteriormente integrar e fomentar movimentos terroristas de libertação nas suas áreas de maioria muçulmana. Com isso, haveria abalo político e econômico nesses importantes países dos BRICS.

Por outro lado, a Rússia e a China já sofrem com a proximidade das bases estadunidenses no Japão, na Coreia do Sul, no Afeganistão e no Paquistão. Por isso são radicalmente contra qualquer invasão no Irã, que merece um estudo a parte.

Rússia e China já se encontram cercadas militarmente e têm receio de que fiquem sem acesso a gás e petróleo (aí apenas a China) desses países.

A Rússia também vem enfrentando a questão da Ucrânia e da proximidade das bases da OTAN do seu território. Só um leigo acharia que isso não tem um sentido estratégico. Tem. E muito. Há a tentativa de isolar a Rússia e assim enfraquecê-la política e economicamente.

O Brasil é um grande fornecedor de minérios para a China. A eventual reaproximação desmedida do Brasil com os Estados Unidos pode afetar os interesses chineses, que são os maiores parceiros comerciais dos brasileiros.


BRICS

Rússia, China, África do Sul e Brasil são hoje integrantes dos BRICS e importantes representantes da esquerda mundial. A Índia, também integrante dos BRICS e vizinha da China (e também do Irã, inimigo dos Estados Unidos), assume uma posição intermediária e mais próxima dos Estados Unidos.

Esse bloco reúne algumas das maiores economias atuais do planeta e são um forte obstáculo às ações hegemônicas dos Estados Unidos e dos seus seguidores europeus.

A desunião dos integrantes dos BRICS parece ser interesse prioritário não só dos Estados Unidos, mas dos integrantes da Comunidade do Euro, que, embora a mídia atualmente não divulgue a questão,  também sofrem com a forte crise econômica.


FUTURO

A questão é saber se deixaremos que o Brasil, sob uma nova direção, permita mais que a desindustrialização massiva, o próprio desmantelamento dos BRICS e da estratégia geopolítica e econômica traçada por esse importante e mundialmente invejado grupo.

Entendo que a questão envolve a prioritária defesa dos interesses nacionais. E opto por ficar na defesa destes.


E vigiemos a presidente já no primeiro dia de governo para que corrija erros, olhe adiante, reestabeleça laços econômicos no mundo afora, participe ativamente do Mercosul e dos BRICS e assim permita ao Brasil crescer com prosperidade para cada um de nós brasileiros.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

RESPONSABILIDADE DA HUMANIDADE

foto: The Guardian
A guerra na região que hoje envolve a Síria e o Iraque deve nos preocupar.

Os rebeldes do chamado EI, nova denominação ao ISIL, estão matando pessoas de forma gratuita, através da degola, da crucificação e também por outras formas cruéis por puro sadismo, e não em combate.

A esse exército truculento e cada vez mais poderoso se juntam pessoas de todo o mundo. Dizem que em solo sírio já são seguramente mais de 50 mil pessoas que, unidas, praticam o terror na terra onde os peregrinos difundiram as mais antigas religiões. Arábia Saudita, Catar e Estados Unidos são acusados de, até recentemente, fornecer dinheiro e armas a esse grupo que devasta a paz.

Esse grupo sanguinário mata crianças, mulheres, idosos e homens. E ainda é acusado da prática indiscriminada de estupros. Persegue minorias, inclusive de religiões mágicas, que guardam segredos praticamente desconhecidos pela grande parte da Humanidade, como dos Mandeus e os Iazidis.

O que mais preocupa é que recentemente saiu a informação de que um ex candidato derrotado à presidência dos Estados Unidos, Jhon McCain, teria se reunido em 2013, de forma secreta e ilegal na Síria, próximo da Turquia, com líderes da oposição ao governo sírio, incluindo o atual líder do EI, Abu Backr Al Bagdad, procurado desde 2011 pelo governo americano como um dos cinco mais perigosos terroristas.

A preocupação de alguns países asiáticos é de que os Estados Unidos estejam forçando, através das ações desse grupo (EI) e de sua visível capacidade de receber e formar terroristas, tanto a formação de terroristas islâmicos que poderiam em breve agir de forma mais contundente em território chinês e russo, com áreas específicas povoadas por maioria muçulmana, como a própria criação do Curdistão, que reuniria, em princípio, significativas partes do território sírio e iraquiano, e que ainda abrangeria terras turcas e iranianas, onde há a presença da etnia curda. A doação de armas de forma massiva a militantes curdos e não ao governo do Iraque, sob o pretexto de que o governo do Iraque não une as etnias de seu país, ajuda a dar credibilidade a essa última suspeita.

Independentemente das questões geopolíticas, a matança indiscriminada, a perseguição a minorias religiosas, o deslocamento de milhões de pessoas, em busca de refúgio e o perigo à integridade aos sítios arqueológicos milenares nos impõe o dever de agir.

A humanidade não corre apenas o risco de apagar parte significativa de sua história, representada por obras humanas com milhares de anos; mas de enterrar costumes que se transformaram em segredos religiosos; de ver de perto a maior leva de refugiados desde a segunda guerra mundial, como já ocorre na Síria; e de presenciar a matança de milhões de pessoas privadas de tudo.

Ou a humanidade demonstra ter responsabilidade ou o caos estará próximo de todos nós, não apenas com o terrorismo que se dissemina pelo ódio a tudo que existe, mas com o pior sentimento que poderíamos enfrentar, o da indiferença. Assistir a essas atrocidades inertemente não significa apenas a morte da esperança e da solidariedade, mas o suicídio da própria humanidade e o passo necessário para darmos vez a seres menos asquerosos e mais antigos, inofensivos e resistentes que o homem, as baratas que, escondidas nos esgotos e nas paredes, passarão por cima de nossos cadáveres e da nossa história e, como ônus, herdarão o inferno que criamos, para, numa reciclagem natural, reerguer e reestruturar a terra, permitindo sobrevida aos seres que conseguiram resistir ao massacre imposto pela nossa raça.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________