terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CRIMES. ESCOLAS. ENSINO DE QUALIDADE. PARTICIPAÇÃO POPULAR. ALGO A VER?

CIEPS - Rio de Janeiro
Os crimes bárbaros praticados em escolas, com assassinato de crianças, e também os sequestros, as mortes de policiais, as atrocidades praticadas contra os amantes (sejam homens ou mulheres) e outros crimes chocam a população mundial, como não poderia ser diferente.
Um local que deveria ser quase sagrado, como o ambiente escolar, é alvo frequente de assassinatos em massa nos Estados Unidos. Como se sabe e é dedutível, a maior parte dos assassinos tem problemas psiquiátricos graves. Já no Brasil, o assassinato em série nos colégios não é tão rotineiro, mas outros crimes são frequentes, como o tráfico nas escolas ou próximo delas, o porte de armas em salas de aula, e a falta de seriedade no trato da educação. Esta despreocupação do poder público, segundo interpretação da Constituição Federal, poderia implicar até no impeachment do governante. Todos os crimes citados são frequentes, sem dúvida alguma. Mas será que há pretensão de elidir tais práticas delitivas?
O que me preocupa é que o ambiente escolar tenha sido o alvo predileto de malucos e de inconsequentes, aqui e lá. Educação deveria ser levada a sério e o respeito pelas crianças e adolescentes também. Nos Estados Unidos, há a pretensão de alterar a Constituição Federal deles para não ser permitido que qualquer pessoa tenha uma ou quantas armas quiser, justamente para evitar que inconsequentes atirem em outra pessoa. Aqui, se houver alteração, provavelmente seja para retirar a responsabilidade do governante pelo ensino de baixa qualidade (na verdade, desconheço qualquer pretensão neste sentido).
O que me choca é ver crianças mortas, sem dúvida, mas também, e o que é um indício preocupante, é que isso ocorra em escolas.
Será que os ambientes escolares andam desvalorizados aqui e nos EUA?
Que no Brasil não se respeitam as escolas e os professores (além dos alunos), não tenho dúvida alguma. O Poder Público não tem sido devidamente compelido pelo Judiciário ou pelo Ministério Público para que propicie um ensino de qualidade. Para alguns, bastariam os recursos. Nisso eu ouso discordar, face à existência constitucional do princípio da eficiência, que exige não apenas investimento, mas ação pontual suficiente, ou seja, ensino de qualidade.
Enquanto o Poder Público não for compelido a prestar um serviço educacional de qualidade, não se mudará muita coisa nas escolas. No "status quo" do sistema educacional, os alunos tenderão a ir ás escolas apenas para preencher o tempo, totalmente desmotivados e sem enxergar na escola o lugar mais apropriado para superarem as desigualdades existentes. Os pais, não vendo resultados, não respeitam as escolas e os professores, como se estes fossem os responsáveis pelas mazelas do ensino. Aos professores resta a agressão física e verbal dos alunos. Ou seja, uma inversão de valores. E perante isso a sociedade fecha os olhos.
Cabe à sociedade exigir uma ação efetiva nas escolas, em todos os sentidos, como ensino de qualidade; ensino em período integral; melhor remuneração dos professores; melhor preparo dos docentes, contando com cursos de atualização; segurança escolar; participação da família no ensino dos seus filhos etc... Isso é apenas o início. Com maior participação, os crimes (praticado contra a sociedade - ensino sem qualidade; os professores - agressão verbal e física; o tráfico e o porte de armas nas escolas) em âmbito escolar tenderão a diminuir. O reflexo disso será um ensino melhor e uma escola mais segura e adequada ao seu propósito de ensinar.
Fora isso, a criminalidade deve ser combatida com mais policiais na rua, melhoria e aperfeiçoamento dos setores de inteligência policiais (com melhora na obtenção de dados) e efetiva participação popular. O combate à criminalidade não se faz apenas por ação do governo, cabe à sociedade fazer a sua parte, sim fingir que não vê o que acontece. A maior participação pode ser tanto pela denúncia dos crimes, delação dos atores, como pela cobrança de ação na região em que mora ou trabalha. Hoje, muitos fingem não ver o assalto que ocorre ao motorista que está próximo. Essa falta de vínculo do cidadão com a cidade em que mora é a ruína de qualquer sensação de integração ou segurança. Parece ser crível que a efetiva ação e participação da sociedade darão uma sensação de maior segurança efetiva, pois qualquer vítima poderia contar com outro popular próximo. Não que o popular devesse portar arma ou reagir. Nada disso. Mas participação no sentido de chamar a polícia, seguir à distância os criminosos e também exigir ação do poder público, ou seja, exercer a cidadania. E exigir faticamente, indo à imprensa, perante o Poder Legislativo, o Ministério Público e até ao Executivo. É assim que funciona a democracia: através de pressão popular, algo que o brasileiro, ao contrário dos nossos vizinhos latino americanos, não está muito acostumado.
Para ter educação de qualidade e segurança não há mistério. O que precisa é sermos sérios. O povo deve fazer a sua parte, ou seja, participar e denunciar, e o governante executar suas obrigações de forma eficiente, sem pestanejar.

ET: Os CIEPS (da foto), criados por Darcy Ribeiro e com desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer, foram grandes escolas revolucionárias no Rio de Janeiro, com educação em período integral e de qualidade. Contudo, devido ao alto custo, governantes pós Brizola, deixaram de aplicar os recursos na área educacional, optando por obras com retorno eleitoral.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DIA MÍSTICO

Para quem acredita em numerologia, hoje é um dia para lá de especial. 9?? Número de sorte para muitas fés.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

VIVER NA LUA

foto: internet/com edição
Viver na lua não significa, necessariamente, viajar na maionese.
É voar alto demais, pra lá das nuvens e próximo dos sonhos!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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