Neste mundo já tivemos duas Itálias, dois Vietnãs, duas Alemanhas e quase dois Estados Unidos com a guerra da secessão. Porém, as divisões ainda remanescem na China e na Coréia. O problema não é tanto o território desses países que diminui, atingindo via transversa a sua importância geopolítica e econômica, mas sim a população. Pessoas integrantes de uma mesma família se separam à força, e isso não é exceção, é regra nestes casos. Enquanto algumas pessoas de uma mesma origem permanecem de um lado da fronteira fictícia, demais integrantes observam à distância da outra margem. A causa disso não é natural, é humana.
É o mundo em que vivemos, globalizado, mas nem tanto. Unido apenas na pretensão econômica, mas não de cada ser humano.
As potências colonialistas, como Espanha, Inglaterra e França, dividiram a América Latina, a África, a Ásia e o Oriente Médio de forma totalmente irresponsável, unindo tribos inimigas, separando etnias e fazendo divisões com régua, sem respeitar as formações naturais. Hoje ainda vemos o resultado disso nas inúmeras guerras não hollywoodianas dos miseráveis ou pobres no mundo afora.
Os antigos impérios foram negligentes na divisão dos territórios colonizados. E são esses mesmos países com resquícios imperialistas que fomentam a globalização econômica mundial, sempre às custas da população daqueles territórios que já foram objeto de terrível colonização.
Surge daí a aberração: os que fomentaram a divisão equivocada de países tentam unir a população mundial não em um único território, mas naqueles fragmentos de terra demarcados pelos hoje donos da economia mundial.
Antes, as potências coloniais extraiam o ouro e os escravos das colônias. Hoje, elas extraem a fé, o dinheiro e a força produtiva. A tão falada globalização serve de fonte de canalização de lucro para as grandes corporações dos países que há anos comandam os rumos do planeta.
Antes, as potências coloniais extraiam o ouro e os escravos das colônias. Hoje, elas extraem a fé, o dinheiro e a força produtiva. A tão falada globalização serve de fonte de canalização de lucro para as grandes corporações dos países que há anos comandam os rumos do planeta.
Na verdade, a globalização serve justamente para multiplicar o capital dos detentores do poder, separando os ricos dos miseráveis, em escala global, às custas da degradação da natureza e do próprio espírito crítico e cultural do ser humano.
Após tudo isso, não há como não concluir que a globalização é o maior engodo mundial, com viés separatista, sim.