domingo, 31 de agosto de 2008

O MAIOR ENGODO MUNDIAL

Neste mundo já tivemos duas Itálias, dois Vietnãs, duas Alemanhas e quase dois Estados Unidos com a guerra da secessão. Porém, as divisões ainda remanescem na China e na Coréia. O problema não é tanto o território desses países que diminui, atingindo via transversa a sua importância geopolítica e econômica, mas sim a população. Pessoas integrantes de uma mesma família se separam à força, e isso não é exceção, é regra nestes casos. Enquanto algumas pessoas de uma mesma origem permanecem de um lado da fronteira fictícia, demais integrantes observam à distância da outra margem. A causa disso não é natural, é humana.


É o mundo em que vivemos, globalizado, mas nem tanto. Unido apenas na pretensão econômica, mas não de cada ser humano.

As potências colonialistas, como Espanha, Inglaterra e França, dividiram a América Latina, a África, a Ásia e o Oriente Médio de forma totalmente irresponsável, unindo tribos inimigas, separando etnias e fazendo divisões com régua, sem respeitar as formações naturais. Hoje ainda vemos o resultado disso nas inúmeras guerras não hollywoodianas dos miseráveis ou pobres no mundo afora.

Os antigos impérios foram negligentes na divisão dos territórios colonizados. E são esses mesmos países com resquícios imperialistas que fomentam a globalização econômica mundial, sempre às custas da população daqueles territórios que já foram objeto de terrível colonização.

Surge daí a aberração: os que fomentaram a divisão equivocada de países tentam unir a população mundial não em um único território, mas naqueles fragmentos de terra demarcados pelos hoje donos da economia mundial.

Antes, as potências coloniais extraiam o ouro e os escravos das colônias. Hoje, elas extraem a fé, o dinheiro e a força produtiva. A tão falada globalização serve de fonte de canalização de lucro para as grandes corporações dos países que há anos comandam os rumos do planeta.

Na verdade, a globalização serve justamente para multiplicar o capital dos detentores do poder, separando os ricos dos miseráveis, em escala global, às custas da degradação da natureza e do próprio espírito crítico e cultural do ser humano.

Após tudo isso, não há como não concluir que a globalização é o maior engodo mundial, com viés separatista, sim.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O POETA

A poesia não surge meramente das palavras, mas principalmente da capacidade de visualizá-la no meio das letras dispostas. O verdadeiro poeta tem que ter a capacidade de permitir a fácil visualização daquilo que poucos poderiam, em princípio, enxergar.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O HUMANISMO EXIGE QUE SE PENSE NO TODO

Devemos pensar no todo, mas não podemos deixar de pensar em cada ente e nas poesias envolvidos nas questão sob análise.

Quando se fala em desenvolvimento, pensamos nas construções de hidrelétricas e nos esquecemos da natureza e dos que viveram por anos na terra a ser submersa. Também nos esquecemos dos empregos que aquela terra e água não barrada gerava à população. Ao se decidir, tem que se ponderar todos os lados para haver o equilíbrio necessário.
A sensibilidade demonstrada pela visão do mais fraco é importante, mas talvez não decisória. A racionalidade do progresso é importante, mas também não é suficiente para emitir-se uma decisão.
No equilíbrio da análise dos pontos de vista, das questões em jogo e dos detalhes de sensibilidade é que vêm a decisão menos injusta.
Jamais podemos esquecer que vivemos para tornar a vida humana menos indigna sob todos os aspectos. O progresso econômico pode ou não implicar na maior ou menor indignidade. De certo, a dignidade somente vem à baila quando se respeita o ser humano e os sonhos, vontades e necessidades de cada um dos que se apresentam com problemas a serem solucionados.
Ditaduras e visões voltadas apenas à economia podem solucionar problemas de desenvolvimento econômico, mas jamais o desenvolvimento humano e de humanidades.
Por isso, ver uma lágrima e sensibilizar-se é a melhor maneira de colocar em uma balança os pesos envolvidos na decisão.
Ao administrador público cabe considerar essas necessidades dos que serão administrados. Afinal, é administrador público e não de interesses privados.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

UM FUTURO AUTORITÁRIO

O mundo caminha para um autoritarismo sem precedentes.
O puritanismo defendido por parte da população mundial; algumas pesquisas que escondem a finalidade eugênica; a prisão dos que procuram refúgio econômico; a corrida armamentista entre as grandes potências; os discursos agressivos das potências imperiais; a derrocada econômica dos países que lideraram o mundo por muito tempo; e a eleição de figuras direitistas não deixam margem a dúvidas: o mundo corre o risco de viver momentos piores do que os das décadas de 30 e 40 do século passado, quando o fascismo e o nazismo demonstravam força e assustavam o planeta inteiro. Antes eram poucos países com economia forte que resolveram enfrentar os grandes impérios. Hoje, são os grandes impérios que estão em uma derrocada e adotam posições extremistas, tentando preservar os poderes que lhes restaram.
Não é difícil imaginar que em menos de uma década países como os Estados Unidos, França, Inglaterra, Japão e outros se unam para enfrentar potências emergentes, onde se inclui o Brasil.
Hoje, os países imperialistas lutam pelo domínio da energia que propicia alavancar a indústria nacional e invadem o Afeganistão (possui uma das maiores reservas de gás do planeta) e o Iraque (segundo maior produtor de petróleo do mundo), dominam o Kwait (um dos maiores produtores de petróleo), a Arábia Saudita (maior produtora de petróleo do mundo) e ameaçam invadir o Irã (segundo maior produtor de petróleo do mundo) e fazem ameaças veladas à Venezuela.
Quando a energia não for suficiente, partirão para atacar outros países, sob outros pretextos, evidentemente. Numa última cartada enfrentarão nas armas os potenciais ameaçadores da sua hegemonia.
Não pensem que serão eles os libertadores, mas os sufocadores, aqueles que ganharam dinheiro vendendo armas a terceiros agora utilizarão dos seus artefatos para tentar a última chance de perpetuarem-se no poder. Os excessos, as teorias racistas e as mentiras estampadas na imprensa serão uma cruel realidade dos tempos vindouros.
Alguém duvida?

sábado, 2 de agosto de 2008

A "ADORAÇÃO" DE ALGUMAS FORÇAS ARMADAS E O PERIGO IMINENTE DE NOVOS EXCESSOS


Veja quantas pessoas dizem gostar da IDF, as Forças Armadas israelenses, no Orkut. São muitas E o Orkut, embora não sirva de instituto de verificação real, é uma boa amostragem de como as pessoas, ou algumas delas, pensam.
A maioria gosta não porque o IDF represente a proteção do Estado judeu, mas porque sinaliza força, muitas vezes desmedida, a mesma que já esteve presente com os soldados romanos, espanhóis, ingleses, alemães e que permanece com os estadunidenses.
Essa admiração poderia ser nobre se o exército de Israel não atingisse civis e não fosse provocador. Lembrem-se da guerra do Líbano em 2006, quando houve o bombardeio de todo o Líbano, sob a alegação de retaliação ao Hezbollah. Dessa guerra morreram mais de 900 civis, a maior parte composta por mulheres e crianças, diretamente atingidos por "ataques aéreos indiscriminados de Israel – e não o uso de escudos humanos por parte do Hezbollah", segundo atesta a Human Rights Watch. A mesma organização de Direitos Humanos denuncia que "as IDF deliberadamente atacaram bairros inteiros porque eles eram considerados pró-Hezbollah, em vez de alvos militares específicos do Hezbollah, como exigido pelas leis de guerra".
Também houve o uso pelo IDF de munições de fragmentação, muitas fornecidas pelos Estados Unidos, o que também não é admitido pela Legislação Internacional.
E, mesmo frente a todos os abusos, há os que admiram aqueles que praticam excesso, como Stalin (e não Lenin, como constou aqui originalmente), Hitler, Gestapo, IDF. Coisas de pessoas que buscam a demonstração de poder e de força. Freud, que era ateu de origem judaica, poderia explicar.
E antes que venha ataque deliberado, um aviso: sou plenamente a favor dos judeus e de suas tradições, o que não se confunde com a defesa dos excessos praticados pelas Forças Armadas de um país que trilha o imperialismo. O meu avô, que era sírio e morava no Bom Retiro, recebeu os irmãos judeus vindos da Europa nos anos 40, fugidos das ameaças dos horrores nazistas. Hoje, se fosse vivo, certamente choraria pelos parentes perdidos nas guerras imbecis que assolam o Oriente Médio, mas nunca deixaria de abraçar o irmão refugiado ou o irmão injustiçado, seja ele de qual religião, etnia, cor, sexo, opção política ou idade fosse.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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