O jornalista judeu Edwin Black já escreveu livros
fantásticos, como o aclamado A Guerra contra os Fracos, que revela que a
eugenia, como ideia de superioridade genética e de raça, adotada nos campos de
concentração, teve início nos Estados Unidos.
Ele também escreveu “Haavara, O Acordo de Transferência”,
onde revela um esquecido acordo denominado “Haavara”, entre representantes
sionistas e nazistas, em 1933. A própria CONIB, Confederação Israelita do
Brasil, que tem sido forte representante do sionismo no Brasil, revela a
importância do livro em seu site.
Haavara significa transferência,
em hebraico.
Mais crítico, o escritor
espanhol IVAN GOMEZ AVILES, denuncia
em seu livro ainda não publicado no Brasil, “El Acuerdo Haavara”, o acordo que um grupo de sionistas alemães fez
com o governo nazista recém empossado, para salvar judeus ricos e povoar a
então palestina sob o Mandato Britânico. Com o acordo, 60 mil judeus sairiam da
Alemanha, com apenas parte de seus bens, para a Palestina britânica, com o
compromisso de aquisição de produtos e matérias primas alemãs a serem
exportadas para a Palestina. Com as mercadorias em mãos, já na Palestina
britânica, os judeus alemães poderiam vendê-las e assim recuperar o dinheiro
investido.
Esse tratado revela: 1) que
o sionismo alemão agiu para beneficiar a emigração da Alemanha de judeus ricos,
com recursos financeiros, sem negociar a saída de todos os judeus alemães do
país, cuja maioria foi submetida aos horrores da perseguição e dos campos de
concentração; 2) que o sionismo alemão agiu articuladamente com o governo
britânico para aumentar a pequena população judaica da Palestina britânica; 3)
que o nazismo, de certa forma, ainda que bem limitada, e graças à ação dos
sionistas alemães, incentivou a formação do futuro Estado de Israel, que até
então era ideia contida entre os sionistas e os britânicos (Declaração Balfour,
de 1917).
A Declaração Balfour é uma carta datada de 2 de novembro de 1917, escrita por Arthur James Balfour, que ocupava o cargo de secretário dos Assuntos Estrangeiros da Grã-Bretanha, e que foi endereçada ao Barão de Rothschild, então milionário e líder sionista e da comunidade judaica do Reino Unido, onde era declarada a intenção do governo britânico de estabelecer uma Nação Judaica na Palestina até então otomana. O mandato britânico da Palestina se estabeleceu de 1920 a 1948.
Para os racistas e antissemitas europeus, criar um estado para judeus longe de lá, e se verem livres dessa etnia, era uma oportunidade que julgavam ser grandiosa. Mas viram mais que isso, outra oportunidade, a de colocar brancos, europeus, no meio das bacias de petróleo dos morenos árabes e controlar, pela força, os países produtores, garantindo, assim, energia para o capitalismo estadunidense e europeu. Oportunidade social e geopolítica rara, na concepção do imperialismo. Os soviéticos também apoiaram a ideia, crentes de que pensionistas de esquerda seriam líderes eternos de Israel. Foi a origem do caos, da catástrofe para os palestinos e de tantos problemas políticos e sociais para os demais povos da região.