sábado, 28 de setembro de 2024

DIANTE DO CRESCIMENTO MILITAR RUSSO E DO AVANÇO ECONÔMICO E MILITAR CHINÊS, ATÉ QUANDO OS ESTADOS UNIDOS CONTINUARÃO A AJUDAR ISRAEL?


Os Estados Unidos estão desesperados ao se depararem com o crescimento econômico chinês e também russo. Enquanto o crescimento da China ameaça a liderança americana, o crescimento russo, em meio à guerra e sob as maiores sanções já aplicadas por Washington, demonstra a ineficácia parcial dessas medidas severas e cruéis, que continuam a atingir, em menor grau que a Rússia, Irã, Síria, Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e a própria China, dentre outros países.

O poderio bélico dos Estados Unidos não tem diminuído, mas os de outros países, como Índia, China, Rússia e Irã tem aumentado, ameaçando a longa hegemonia militar americana.

Hoje, a frota da marinha de guerra da China já supera a dos Estados Unidos, embora este último mantenha a liderança em porta-aviões, com 13, enquanto a China tem apenas 3 e a Rússia 1.

A China aposta em porta-aviões para garantir a navegação no mar da China, sem pretensões fora da sua área de influência, enquanto a Rússia aposta em submarinos para superar a capacidade dos Estados Unidos no mar.

A guerra da Ucrânia, com o fracasso da política beligerante dos Estados Unidos e dos países membros da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, perante a Rússia, evidencia que o poder militar dos Estados Unidos, hoje, embora continue gigantesco, já não é o mesmo daquele dos anos 1980.

Por outro lado, os Estados Unidos continuam gastando muito com a Ucrânia e Israel, em meio a essas guerras regionais, diminuindo a sua capacidade de financiar o seu próprio poder bélico.

Os Estados Unidos gastam por ano, com o financiamento militar a Israel, 15% do seu orçamento de defesa, segundo o site Axios.

Segundo a Axios, desde a fundação de Israel, os Estados Unidos já doaram (a fundo perdido, e não emprestaram) mais de 130 bilhões de dólares a Israel.

O Comitê Judaico Americano, diz que os Estados Unidos ajudam militarmente mais de 100 países, mas doam anualmente – a fundo perdido – e não emprestam - US$ 12,5 bilhões a Israel e que, agora, em meio à guerra, fizeram a doação extra de mais de US$ 14 bilhões de ajuda militar. 

Tudo isso é muito dinheiro, mas não é só isso que afeta a capacidade de crescimento militar dos Estados Unidos.

Dispor tantas bases no Oriente Médio, enviar frotas de porta-aviões e navios auxiliares, aviões e militares, além de todo o complexo de inteligência militar e civil para ajudar Israel, representa um gasto diário muito grande, enquanto o potencial da economia dos Estados Unidos diminui em relação à da China.

Por outro lado, desde 1980 os Estados Unidos estão perdendo a sua capacidade de produção de navios e armamentos, muito em razão do neoliberalismo promovido pelo governo Reagan, enquanto a Rússia, também capitalista, continua a garantir a produção para garantir a defesa nacional, como explica em seus vídeos o analista militar Robinson Farinazzo, do Canal Arte da Guerra.

Mesmo na produção de insumos militares, os Estados Unidos têm, hoje, capacidade inferior à da Rússia e da China.

Os Estados Unidos têm diversos aliados importantes na região do chamado Oriente Médio, como Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Jordânia, além da Turquia, que tornam o Estado de Israel não essencial ou  vital para os interesses dos Estados Unidos na região.

Se os países islâmicos citados mantêm relações comerciais com a China, Israel também o faz, não sendo necessariamente uma extensão dos Estados Unidos na região, mas mais um país aliado. A diferença é que o lobby sionista é muito forte nos setores financeiro, produtivo e politico dos Estados Unidos

Nesse contexto, pode-se concluir que Israel, que suga grande parte do orçamento militar estadunidense e que não é tão essencial quanto o que se apregoa, está ajudando a enfraquecer militarmente os Estados Unidos e a sua hegemonia, que também sofre abalos na economia.

Daí as perguntas a seguir. Diante desta realidade, até quando os analistas de segurança militar dos Estados Unidos recomendarão ajudar Israel? Mais. Mesmo sob pressão do grande lobby sionista (que não se confunde com a religião judaica) e também cristão-sionista das Igrejas neopentecostais, até quando interessará às lideranças políticas dos Estados Unidos ajudarem militar e economicamente Israel? Mais. Netanyahu já teria avaliado tal questão e por isso está gastando tudo o que tem e o que não tem contra os palestinos e a resistência do Hezbollah? Tais possibilidades poderiam fazer com que o governo terrorista e extremista de Netanyahu enpregasse armamentos atômicos em suas guerras?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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