Israel parece não ter limites. Pagers, walk talkies e outros artefatos foram espalhados pelo Líbano com micro explosivos pelo governo de Netanyahu. O alvo foi e é a população libanesa, seja do Hezbollah, ou não. Morreram civis e criança por conta da engenhosidade israelense de acionar os explosivos por onda de rádio.
Embora a mídia ocidental diga que o alvo era os militantes do Hezbollah, a população civil, em especial da área médica foi bastante atingida. O motivo? Pagers são usados em larga escala por profissionais da saúde, e não é só no Líbano, mas até nos Estados Unidos.
Os artefatos, muito possivelmente, não foram adulterados durante a produção, mas no longo trajeto de distribuição e comercialização. Por isso, apenas lotes específicos, destinados ao Líbano, explodiram ao mesmo tempo.
Há como se apurar qual foi o possível momento da adulteração. Basta vontade política para tanto.
Embora Israel reste silente, agentes israelenses informaram órgãos dos Estados Unidos sobre as ações, ações essas que extrapolaram qualquer limite ético e de respeito à legislação de proteção a civis.
O ato inconsequente e criminoso de Netanyahu terá consequências práticas. Além da morte de civis libaneses, a metodologia utilizada pode vir a ser utilizada para a desestabilização de governos no mundo afora, inclusive de Israel. Basta colocar micro explosivos em produtos importados, ou não, utilizados pela população civil.
Ou o mundo repreende Netanyahu por mais esse crime de guerra ou ninguém estará a salvo nesse mundo complexo e sem punições a déspotas e criminosos de guerra.
O ato praticado por Israel contra os libaneses, incluindo muitos civis, é terrorismo de Estado.
Israel, sobre o comando de Netanyahu, mostra ao mundo, sem meias palavras, o que é um Estado Terrorista que ninguém consegue ou quer frear.
A pergunta que se deve fazer é qual o próximo ato contra a legislação internacional e o direito humanitário que Netanyahu mandará praticar? O próximo crime de guerra a ser praticado pelo impune Estado de Israel é apenas uma questão de tempo.
As vítimas somos todos nós, expostos aos riscos de guerras sem quaisquer limites.