O Caminho para o Brasil está aí nesse mundo multipolar que, aos poucos se evidencia, com a perda do poder econômico e militar dos Estados Unidos e países da OTAN!
É evidente que os Estados Unidos continuarão a ser uma potência militar pelos próximos anos, mas a sua relevância nos âmbitos econômico e geopolítico está diminuindo, e isso é evidente, tanto pela situação difícil da Ucrânia na guerra indireta da OTAN contra a Rússia, quanto em Israel, até então considerado de aço e invencível.
O Brasil tem a escolha de poder continuar sendo vassalo dos Estados Unidos, permitindo que esse continue a ditar regras e até a praticar intervenções diretas e indiretas no país, sugando a nossa economia e evitando o avanço tecnológico e social consistente, ou pode investir em uma parceria mais forte e abrangente com países do chamado sul global, como Rússia, Índia, África do Sul, Países do Golfo e, principalmente, a China, nossa maior parceira econômica, de forma a adquirir autonomia tecnológica no fabrico de armamentos, receber investimentos para a coleta de água e esgoto pelo Brasil inteiro, aumentar a capacitação tecnológica de um número maior de brasileiros, para que possam, inclusive, receber melhores salários. Ao mesmo tempo, nessa segunda opção pelos países do sul global, o Estado brasileiro ainda teria fôlego para investir na parceria com universidades públicas para a atuação em áreas chaves, a fim de promover o desenvolvimento tecnológico para o fomento de nossa reindustrialização mais rápida e com alta capacidade de competição em pontos chave, onde poucos países estariam inseridos.
Porém, a escolha parece já ter sido feita por este governo, afastando-se do BRICS, isolando a Venezuela, evitando um esperado aprofundamento das relações com a China e largando a AVIBRÁS e a defesa nacional à própria sorte, aumentando a compra e dependência por equipamentos dos Estados Unidos, Israel e dos países membros da OTAN. O Brasil, nesse grupo, jamais seria visto como parceiro de alto nível, mas um país subserviente a fornecer alimentos, minério, petróleo e pessoas para serem exploradas pelo ocidente decadente.
Lula e Bolsonaro diferenciavam-se profundamente em questões internacionais, mas de um mês para cá o governo Lula tem surpreendido negativamente a todos que são da chamada esquerda raiz nacionalista.