A sociedade e os seus avanços tecnológicos acompanham os interesses da classe dominante, sedenta por mais lucro e menos empregados.
É o capitalismo hard, sem qualquer preocupação com o ser humano, mas com aquilo que lhe traz mais dividendos e lucro.
Os mais prejudicados com tudo isso serão aqueles que receberam, em algum momento de sua vida, um atendimento mais humanizado e personalizado, ou seja, aqueles que já estão ou se encontram próximos de serem rotulados como idosos, que ao mesmo tempo pouco importam para o mundo sedento por produção e lucro.
Os mais novos, entorpecidos com a ausência de contato pessoal em quase todos os atos da vida civil, não contestam nem sabem da possibilidade de humanizar os atendimentos.
Os tempos serão casa vez mais difíceis para os que têm mais idade e os que carecem de mais atenção por alguma questão social, financeira ou de saúde.
Os avanços não servem à humanidade, mas àqueles poucos que exploram a coletividade.
O capitalismo doentio não apenas acelerou e potencializou o aquecimento global, mas está a acarretar a própria desumanização do ser humano.
Não é por outro motivo que muitas igrejas surgidas na égide do capitalismo não pregam a compaixão e o amor, mas apenas a prosperidade financeira.
O sistema está doente e carece de uma reformulação, sob pena de vir a ocasionar, muito em breve, a possibilidade de extinção da humanidade.