terça-feira, 16 de julho de 2024

O CRIME DE ÓDIO E O SHOW DE HORRORES


O amor, a comoção e a solidariedade estão em baixa. E não digo isso em razão das guerras, apenas, mas pelas cenas urbanas das grandes metrópoles e o exemplo que vem da maior potência militar do globo, a que alguns chamam - bem erroneamente - de maior democracia do globo. Quanto a ser democracia ou não, isso é assunto para outro dia. Trataremos aqui do show business, onde tudo vira motivo para tirar dividendos, seja de público, seja financeiro, seja político, nos Estados Unidos.

No mundo do ódio, também político, é a vitória e a aniquilação do outro que importam.

Vejamos a tentativa de assassinato do então pré candidato Donald Trump, e hoje candidato oficial pelo partido Republicano à presidência dos Estados Unidos.

De um lado, o crime de ódio perpetuado por um lobo solitário, com a tentativa de aniquilar um candidato, para dizer o mínimo, polêmico.

De outro, um candidato que, segundos após o disparo e ter um de seus ouvidos atingido de raspão, rapidamente ergue o punho e leva os apoiadores presentes ao ato de campanha ao delírio, se levantando, pulando e gritando, como se estivessem em um jogo e buscassem declarar vitória. Virou um show, de horror humano, de horror ético e de horror civilizacional!

A comoção era o que deveria se esperar. Mas os apoiadores eram torcedores em um show. A vida de Trump e o seu estado físico e de saúde não importavam ao público em êxtase. O show a que estavam presentes deveria continuar e o jogo continuou. O inimigo não era o ato de ódio, mas o adversário político, como advertia o punho erguido do candidato republicano.

O punho erguido, após a cena horrenda do tiro, atingiu o auge do show. Afinal, se está nos Estados Unidos, onde tudo vira show, mas atualmente de horror civilizacional.

Poucos se importaram com o Estado do ser humano Trump, a partir dele próprio.

A divisão política atingiu o ponto mais alto até agora visto. A torcida presente ao ato aniquilou o que havia de humano em Trump para transformá-lo em uma marionete e personagem chave de um triste jogo político em um país em decadência social, econômica e moral.

O show atingiu o ápice até agora possível, mas o show de horrores não acabou. Outras cenas virão em desfavor de um mundo minimamente civilizado, ao contrário do que víamos até alguns anos atrás.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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