sábado, 6 de julho de 2024

IRÃ: PEQUENAS OU GRANDES MUDANCAS? DEPENDE DA ÓTICA DO INTÉRPRETE

Com uma baixa participação popular, de cerca de 50% do eleitorado, o Irã elegeu, em segundo turno, o seu mais novo presidente, o centrista Masoud Pezeshkian.
Médico, ex- Ministro da Saúde e membro do parlamento, Pezeshkian lutou na guerra Irã-Iraque e já deu aulas de teologia islâmica na universidade.
Descendente de armênios da província do Azerbaijão Ocidental, no Irã, Pezeshkian é muçulmano e pertence ao espectro centrista da política Iraniana, ou seja, é um reformista moderado e crítico ao uso obrigatório do hijab (véu muçulmano).
A mídia ocidental vê nele a esperança de mudança de rumos no Irá, com o afastamento do país persa das parcerias estratégicas com a China e a Rússia.
O que parece certo é que ele abrirá portas para um diálogo com o ocidente, sem enfrentar o todo poderoso Khamenei, responsável por garantir a sua participação no pleito eleitoral.
Pequenas reformas de costumes, sem ocidentalizar o país, podem vir a ser aplicadas, para aproximar os jovens da política e da própria religião, garantindo, assim, a continuidade da revolução islâmica de 1979. O presidente eleito sempre advertiu que medidas extremistas nos costumes, em especial a obrigatoriedade do uso do hijab, afastavam os jovens da Fé islâmica.
Pequenas, lentas e graduais reformas virão, não para mudar os rumos do Irã, mas para fortalecer e dar respaldo às decisões estratégicas adotadas até agora.
A população, em parte afastada da política, parece ser o alvo prioritário nessa fase da revolução islâmica.
Lembre-se que no primeiro turno houve participação de pouco mais de 40% do eleitorado e que cerca de 50% participaram no segundo turno.
E nesse contexto, o novo presidente foi eleito com pouco mais de 50% dos votos.
O Irã parece sair enfraquecido na visão estreita da mídia ocidental, mas se fortalece com um reformista moderado à frente do governo, sem alterar os rumos estratégicos da República islâmica, que são a ampliação de relações com países da região e o fortalecimento de suas forças militares para a defesa do país.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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