sábado, 27 de julho de 2024

ALGUNS MOTIVOS EVIDENTES PELOS QUAIS O BRASIL NÃO CRESCE ECONOMICAMENTE E A POSSIBILIDADE DE FAZÊ-LO NESSE MOMENTO!

Que o Brasil é a 8ª maior economia do globo e um dos maiores exportadores de alimentos, de minérios e petróleo de todo o mundo, ninguém tem dúvidas. A pergunta é, se o Brasil movimenta todo esse dinheiro, então é um país rico? E a resposta, que nos parece óbvia, é não. 

O Brasil poderia tanto estar em uma posição melhor, entre as 4 maiores economias do globo, como ser um país realmente rico e ainda ter uma população culta, vivendo em condições dignas, sem miséria, fome e analfabetismo. Mas a nossa realidade é outra.

Mas qual é a causa disso? Na verdade são várias.

Internamente, a nossa elite não tem visão de Nação e responsabilidade social, preocupando-se apenas com o ganho, sem preocupar-se com a repercussão disso na esfera social e no futuro do país. E a vontade da elite reflete-se nas prioridades do Congresso Nacional. O Brasil é visto por eles como um território colonial a ser explorado. Para essa elite, não há uma visão de brasilidade e se sentem pertencentes aos países de seus ancestrais. O que importa para eles é ganhar dinheiro. Daí vem o financismo, com juros altos asfixiantes para industriais e todos os que têm dívidas. Com isso, a economia não gira o quanto poderia girar e crescer. E educação crítica não é prioridade. O máximo que propõem é educação profissionalizante, voltada ao mercado de trabalho.

Paralelamente, o Estado é visto como terra de ninguém e empresas públicas e os serviços prestados pelos servidores são cotidianamente criticados, na maior parte da vezes injustamente. E no meio do serviço público há uma elite que ganha tão bem quanto a elite da iniciativa privada e que não se sente pertencente ao quadro de servidores públicos, minando o próprio Estado-Nação internamente e de forma que nenhuma Nação, por mais forte que fosse, conseguiria fazer de forma exitosa diretamente.

E é nesse panorama interno, com a ajuda de grandes potências (explicarei a seguir) que cresce o neoliberalismo, bom apenas para os grandes conglomerados internacionais e os financistas de plantão, que prega a ruína do Estado e o fim das ações sociais, colaborando na ruína econômica do país, no desemprego, nas altas taxas de juro e na ruína do que restou do próprio Estado.

Por isso que sem participar de guerras, o Brasil sofre com crises econômicas, políticas e sociais.

No plano internacional, o Brasil é considerado amigo por inúmeros países, mas as Nações mais ricas, sejam os Estados Unidos, ou a França, ou a Inglaterra, veem o país como eterno fornecedor de alimentos e minérios, e com um público consumidor das desnecessidades que eles produzem. Para eles, somos colônia fornecedora de riquezas e que não pode se tornar independente econômica e politicamente. E todos eles boicotam o Brasil desde a sua independência, impedindo o fornecimento de armamentos de ponta e atrapalhando o progresso econômico do país, interferindo diretamente em nossa política interna, inclusive patrocinando direta e indiretamente tentativas de golpes de Estado contra governos nacionalistas (como o foram os de Getúlio Vargas, Juscelino, João Goulart e Ernesto Geisel e, de certa forma, os de Dilma Roussef e Lula) algumas delas exitosas e outras não. E nesse contexto a floresta Amazônica surge como pretexto fácil de dominação e controle do crescimento econômico do país, exercendo muitas ONGs um papel de interesse das grandes potências (não todas, obviamente).

O Brasil sempre foi visto pelos Estados Unidos como uma possível potência econômica que precisaria ser barrada, e por isso era chamado de Japão e China das Américas.

Mesmo diante desse panorama de submissão ao imperialismo, o brasileiro médio acha que criticar os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, as nações que praticaram as maiores atrocidades do globo, é um ato puramente esquerdista. Não. Ser contra o imperialismo e todas as suas formas é ser nacionalista e defender os interesses brasileiros. E é possível ser anti-imperialista de direita, não necessariamente de esquerda. Na Europa, a direita crescente é anti-imperialista, anti-OTAN e anti-Estados Unidos. 

Ser contra o imperialismo ocidental não significa apoiar o imperialismo de qualquer outro país, seja chinês ou russo, mas, sim, saber utilizar a crise e divergência entre esses países gigantes para se reposicionar e se libertar das amarras existentes.

É difícil um brasileiro criticar acidamente as grandes potências, tendendo a repetir os discursos formulados e amplamente disseminados pelas inteligências das grandes potências para manter a divisão interna dos países tutelados, como "anti-comunismo", "divisão esquerda-direita"... E com essa divisão interna, refletida diretamente no Congresso Nacional, nenhum governo, por mais nacionalista que seja, consegue colocar o país no rumo certo. As pautas nacionais não conseguem avançar.

O Brasil sofre com suas elites econômica, financeira, social, política, militar e do serviço público e com as ações imperialistas camufladas e dissimuladas no seio social.

Só uma cultura antiimperialista, como as existentes em Cuba e Vietnã serão capazes de propiciar ao país o necessário reerguimento social, econômico, político e da própria estrutura de Estado-Nação, aliados, obviamente, a um projeto desenvolvimentista.

Sem um Estado estruturado não teremos um Brasil rico, mas apenas alguns poucos brasileiros ricos que pensam exclusivamente em si. 

O Brasil precisa crescer para todos, e já, sendo capaz de resolver os seus problemas educacionais, sociais, de segurança e econômicos, aproveitando esse momento único, do surgimento do mundo multipolar!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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