Há uma grande diferença entre o que se diz e o que se faz, assim como existe um abismo entre o que se diz ser e o que efetivamente se é! E essa diferença aumenta exponencialmente quando se trata de homem público e, em especial, político.
Poucos governos foram, realmente nacionalistas, a ponto de defender os interesses nacionais. Os principais foram os variados governos de Getúlio Vargas, o governo de Juscelino Kubitschek o curto período de João Goulart, o de Ernesto Geisel, o de Itamar Franco, o de Dilma Roussef e o de Luis Inácio Lula da Silva. Pouco importa se eram de centro, direita ou esquerda. O fato é que defenderam os interesses nacionais em seus governos, não se rendendo ao charme poderoso e enganoso das grandes potências.
Não precisa ser muito esperto ou inteligente para perceber que essa divisão interna entre esquerda e direita não faz bem ao Brasil e defende mais de perto aos interesses de algumas potências estrangeiras. Muitos disseram ser nacionalistas, mas fizeram tudo o que as grandes potências queriam, seja por sedução ou por alinhamento ideológico entreguista ou até por pequenas e sucessivas corrupções.
Os interesses do Brasil vão muito além dos Estados Unidos, Europa, China e Rússia. O interesse econômico, geopolítico e de alcance de justiça social deveria ser a prioridade nas relações internacionais, mas muitas vezes não o é.
Getúlio fez muito pela industrialização e fortalecimento do Estado brasileiro, como nenhum outro fez, e mesmo assim tinha inimigos declarados na política nacional. Lula segue os passos de Getúlio e tenta reindustrializar o país. Foi ele que fez o acordo estratégico com a China ainda nos idos dos anos 2.000 e foi ele que nos inseriu nos hoje prestigiado e cobiçado BRICS. Lula tenta estatizar a indústria bélica Avibrás, a fim de preservar no Brasil todos os avanços tecnológicos que essa empresa privada conseguiu alcançar na área militar, contra a poderosa bancada financista e neoliberal.
Independentemente do líder do país se declarar de direita, centro ou esquerda, o que temos que observar são as suas ações em benefício do país e dos brasileiros e a sua luta pelo progresso e desenvolvimento. O resto são palavras e, como tais, não podemos considerar como sempre verdadeiras.
A divisão política e social entre direita e esquerda não nos faz bem em nenhum aspecto da vida individual, coletiva ou nacional e tampouco à nossa mente e alma. É uma divisão burra demais em que apenas os diminutos são capazes de enxergar alguma grandeza nela. E ela é a artimanha estrangeira criada para dividir e selar o nosso destino, mesmo com a potência natural, a grandeza territorial e humana que o Brasil possui, como quintal de outras nações.