A França foi um
dos maiores impérios e um dos países colonialistas dos últimos séculos. Teve
colônias nas Américas, de norte a sul, na África, no Oriente Médio, na Ásia.
Enfrentou duras guerras contra a Inglaterra, a Rússia, a Argélia e o Vietnã,
dentre outras, esses dois últimos países eram suas ex-colônias.
A França ainda detém certa relevância na África, com suas ex-colônias,
que começam a se insurgir e a expulsar militares franceses.
A França é um dos 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e
uma das poucas potências nucleares do globo.
A França ainda exportou técnicas sanguinárias de tortura que praticava
na Argélia para as ditaduras militares brasileira e chilena.
A França é a sétima maior potência econômica do globo e a terceira maior
fabricante de armas do mundo, só perdendo para os Estados Unidos e Rússia.
A França e toda a Europa se tornaram dependentes dos Estados Unidos,
principalmente pelo organismo militar anacrônico chamado OTAN e pelas bases
militares dos Estados Unidos espalhadas por praticamente toda a Europa. A
queda, ainda que gradual, dos Estados Unidos afeta toda a Europa e a França já
percebe isso pela derrocada da Ucrânia frente à Rússia, com a dificuldade de
Israel vencer o Hamas em Gaza, com a perda de relevância dos Estados Unidos e
também pelo empobrecimento europeu e o surgimento do mundo multipolar.
Nesse contexto, a França se aproxima do Brasil e da China e manifesta interesse
nos BRICSs. No ano passado, Macron queria participar de uma reunião do grupo.
A esquerda e a direita criticam Macron, mas de bobo ele não tem nada e
busca amparar-se no bloco que muito possivelmente se sagrará exitoso a partir
da segunda metade deste século.
O Brasil tem muito a fornecer à França, a começar pelo urânio. A China é
uma parceira comercial importante e será a grande e principal potência global
dentro de pouquíssimos anos. O BRICS se tornou um bloco poderoso, com grandes
produtores de petróleo e gás e potências nucleares.
Muitos se preocupam com a Ucrânia e com Israel, mas é a hoje menos
importante França que poderá fazer a diferença.