A área de conflito se situa na região oeste da Guiana, ex-colonia britânica, onde foram descobertas grandes jazidas do óleo preto, o petróleo.
A região sempre foi reivindicada pela Venezuela. Agora com essa riqueza e a exploração da área por petrolífera dos Estados Unidos, os militares venezuelanos vêem o risco da área ser explorada indevidamente.
Os Estados Unidos ganham muito dinheiro com a região disputada e têm interesses econômico e geopolítico de que permaneça em poder da Guiana.
A presença de militares dos Estados Unidos na Guiana pode não ser o obstáculo imaginado para uma possível invasão venezuelana. Ao contrário, pode atrair para a região o grupo de paramilitares russos chamados Vagner, famosos por lutarem na África, Oriente Médio e Ucrânia.
Estrategicamente, o Brasil deve ampliar a presença militar terrestre na região fronteiriça, além de posicionar caças aéreos próximos, evitando qualquer extensão do conflito diretamente para o território nacional.
Diplomaticamente, o Brasil deve manter o canal aberto para a negociação com a Venezuela e a Guiana, devendo evitar fortemente que forças estadunidenses e russas ingressem na região. A presença de forças desses países pode fomentar ainda mais o conflito e arrastar os países envolvidos para uma guerra total.
O conflito entre Venezuela e Guiana pode, além de abalar ainda mais a economia dos países da América do Sul, aumentar em muito o ingresso de refugiados venezuelanos e, agora, até de guianenses em território brasileiro.
Além disso, a área amazônica brasileira como um todo pode estar em risco, seja de infiltração de paramilitares estrangeiros da Venezuela, do grupo russo Vagner, ou até da Colômbia, além de militares estadunidenses, seja ainda de narcotraficantes, seja de madeireiros ilegais e mineradores da Guiana, que se deslocariam para lá em razão do conflito no seu país. Isso é numa séria ameaça ao Brasil, podendo repercutir não só na área de florestas, mas nas próprias cidades brasileiras da região. Além disso, não se descarta o deslocamento involuntário de refugiados venezuelanos e guianenses para a região, em fuga desesperada.
A paz, além de ser objetivo nobre, é uma necessidade brasileira e um teste de fogo para a diplomacia brasileira e o governo Lula.