sábado, 23 de dezembro de 2023

A POSSÍVEL AMPLIAÇÃO DA GUERRA PARA ALÉM DA PALESTINA E ISRAEL E A PAZ VERDADEIRA!


Israel está em guerra contra a Faixa de Gaza há quase três meses e não conseguiu vencer o Hamas, que ainda é capaz de se defender, bombardear Israel e manter presos reféns israelenses.

Alguns analistas militares dizem que o Exército de Israel age mais como força policial do que militar propriamente dita e tem uma característica de insubordinação, que tem levado muitos comandantes à morte. Inclusive, há a suspeita de que o Exército de Israel esteja sofrendo pesadas baixas na guerra em Gaza.

O governo israelense sempre usou tons agressivos contra os seus vizinhos. Netanyahu disse que exterminaria o Hamas e que se o Hezbollah atacasse Israel, varreria o Líbano do mapa.

Por outro lado, o Hezzbollah tem atacado com mísseis o norte de Israel, que tem respondido com ataques a vilarejos libaneses.

Recentemente, Yoav Gallat, ministro da Defesa de Israel, deu um ultimato para que as forças do Hezbollah voltassem 20 quilômetros para dentro da fronteira do Líbano, sob pena de um ataque a todo o Líbano.

Caso ocorra a invasão das fronteiras, seja pelo Hezbollah, seja por Israel, tal conflito caracterizará o fracasso da UNIFIL, força de pacificação da ONU situada no sul do Líbano. Aliás, Israel tem desrespeitado a ONU há décadas, desafiando suas resoluções e, agora, põe o organismo multilateral sob joelhos, matando mais de uma centena de funcionários das Nações Unidas sem qualquer sanção por parte do Conselho de Segurança.

Embora Israel tenha levantado o tom de voz, analistas dizem que Israel apenas teria sucesso com bombardeios aéreos ao Líbano, destruindo cidades e matando civis, muitos civis. Porém, nos combates terrestres, ainda que Israel disponha de um milhar de tanques modernos, artilharia e muito dinheiro dos Estados Unidos, o Hezbolah tenderia a se sair melhor, por suas táticas de guerrilha e experiência na guerra da Síria, podendo até mesmo bombardear cidades israelenses, invadindo Israel e até tomando cidades.

O Líbano está numa situação econômica deplorável e o governo libanês certamente não deseja ingressar numa guerra suicida que afundaria ainda mais o seu país, e Israel sabe bem disso. Porém, se Israel invadir o Líbano, aí não restará outra alternativa ao governo libanês se não ingressar na guerra, em defesa de seu território. Israel também sabe bem disso.

O tom agressivo pode ser apenas retórica de guerra e também servir para acalmar os ânimos da desapontada população israelense com as ações ineficientes e financeira e humanamente caras de Netanyahu.

Os Estados Unidos têm alertado Israel de que a matança de civis têm colocado o mundo oriental majoritariamente a favor dos palestinos, dividindo ainda o ocidente. E isso tem acarretado a diminuição do poder de influência dos próprios Estados Unidos.

Por outro lado, os Estados Unidos enviaram uma frota naval e dois porta-aviões para a região, têm atacado milícias xiitas na Síria e ameaça combater as forças Houthis no Iêmen. 

A guerra tem afetado severamente a economia israelense, e os ataques houthis a navios na região do Mar Vermelho, que banha o Estado judeu, tem agravado severamente isso.

Porém, se os Estados Unidos ingressarem na guerra direta contra os Houthis, a própria economia dos Estados Unidos pode estancar ou entrar em recessão, afetando a popularidade interna de Biden e facilitando ainda mais a vitória de Trump nas eleições de 2024.

A guerra no Oriente Médio, desde o início, se mostrou um grande tabuleiro de xadrez. Israel avançou peças demais ao longo do tempo, sob o apoio estadunidense e o silêncio de grande parte das nações. Agora, o jogo entra em uma fase de movimentações chaves, decisivas. Irã e Rússia apenas observam a movimentação de Israel e de nações ocidentais submissas ao império estadunidense.

Enquanto os Estados Unidos protegem incondicionalmente o governo extremista de Israel, morrem muitos israelenses e palestinos, com risco de aumentar a área em conflito e com o aumento de baixa de todos os lados.

A paz, de fato, somente será alcançada com a criação do Estado da Palestina com fronteiras anteriores à guerra de 1967. Para o Exército de Israel seria muito mais fácil combater um exército convencional do que militantes que lutam através de guerrilhas. Mas a pergunta que se faz é: o governo de Israel estaria interessado de fato na paz ou quer a guerra para se expandir até conquistar a grande Israel bíblica, alcançando áreas egípcias, sírias, libanesas e jordanianas, além da Faixa de Gaza e Cisjordânia? O governo extremista sabe que está em um momento chave, do é tudo ou nada, e manipulam os Estados Unidos como podem.

O momento não é de torcida, como nunca foi. Hoje, a criação do Estado da Palestina, autônomo e soberano, é de rigor, seja para propiciar que palestinos não passem fome e humilhação e alcancem justiça, seja para a paz e prosperidade para israelenses e palestinos. O fim do conflito não se alcança com a vitória temporária de um dos lados, mas com a criação do Estado da Palestina ao lado de Israel. O mundo todo sabe disso há 75 anos, mas nunca é tarde para se alcançar a paz verdadeira.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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