quarta-feira, 11 de outubro de 2023

TORCIDA POR UM PAÍS, UM POVO OU ATÉ UMA FORMA DE VIVER NÃO COMBINA COM A PAZ, QUE IMPLICA EM CONCESSÃO.

A direita e a maior parte da grande mídia vive uma torcida louca pela retaliação israelense, como se do lado palestino também não existissem inocentes, crianças, mulheres e idosos.

Israel tem o direito de se defender, não de retaliar. Retaliação é contra um Estado soberano, o que inexiste em Gaza, área que depende do fornecimento dos serviços de luz, gás e água de Israel, dos aeroportos em Israel, da entrada de recursos que passa, primeiramente, pelo sistema financeiro de Israel, da autorização de Israel para a importação de produtos, muitos deles proibidos, como o chocolate e tantos outros itens de materiais de construção.

O que esse posicionamento da direita e de grande parte da mídia evidencia é uma torcida, uma tomada de partido que desdenha qualquer solução ao conflito que não seja a que interesse ao governo extremista de Israel, país composto em grande parte por descendentes de europeus, de russos e loiros.

Não há como não se comover com as mortes de civis havidas em Israel, mas também não há como não se comover com a morte dos palestinos do outro lado. Se por um lado a ação do grupo Hamas pode ser considerada de terrorismo, por outro lado as ações de Israel ao longo da história também deveriam ser consideradas como terrorismo de Estado, ao prender e assassinar jovens, muitos deles crianças, ao proibir o ingresso nos territórios palestinos de itens de sobrevivência. E, agora, sob o silêncio de grande parte da mídia, o governo extremista de Netanyahu destruiu dois hospitais em Gaza, um mantido pelo Médico Sem Fronteiras e outro pelo governo da Indonésia.

A única medida apta a resolver a questão e por fim às causas do conflito é a criação do Estado Palestino, ainda que 75 depois da Resolução da ONU que assim determinou. Mas a grande mídia não toca neste assunto. A invasão e ocupação sistemática por Israel de áreas palestinas tem sido repelida pela ONU, mas os Estados Unidos vetam qualquer ação efetiva contra o Estado de Israel.

O que ocorreu em Israel é triste e lamentável, e poderia ser evitado, não por ações sensacionais de um serviço secreto inflado pelo ego ou por um exército todo poderoso, mas pela criação do Estado Palestino, único meio de se alcançar a paz.

Ademais, Israel lutar contra guerrilheiros é uma coisa. Lutar contra um Estado é outro tipo de luta, muito mais fácil para o armamento complexo e de última geração que Israel possui.

Mas a paz e o Estado da Palestina não interessam à direita internacional, sedenta historicamente por guerras e subjugação de pessoas, de etnias e de povos.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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