quarta-feira, 23 de agosto de 2023

MISÉRIA E DESEMPREGO. UM PAÍS EM CRISE. SEMPRE É POSSÍVEL MUDAR, HAVENDO VONTADE!


Imagine cinco crianças se deparando com a realidade de hoje e a perspectiva de futuro.
Uma nascida na guerra da Síria, outra em um país pobre da África, uma terceira nos Estados Unidos, uma quarta no Brasil e uma quinta na China.
A que nasce na Síria, devido aos dramas da guerra, muito possivelmente, será crítica frente aos políticos e às potências mundiais, face ao caos que geraram no país árabe.
A que nasce em um país pobre da África, deverá ter uma consciência crítica frente àqueles que exploram os miseráveis, podendo se tornar rebelde ou submissa, como a que nasceu na Síria.
A que nasce nos Estados Unidos, crescerá em meio a um país economicamente decadente e estará cercada de defensores de extrema direita, imaginários de uma guerra contra o comunismo, como se este fosse o responsável pela derrocada de seu saudoso poder hegemônico.
A criança nascida no Brasil, pela proporcionalidade da miséria frente à população, deverá crescer na periferia das grandes cidades e, como em um país pobre da África e também dos Estados Unidos, se cercará de discursos religiosos de Igrejas neopentecostais e da visão extremada de direita que elas apregoam, ao mesmo tempo em que será diuturnamente cooptada por quadrilhas e organizações criminosas que se expandem no Estado cada vez mais diminuto ou incompetente que os governos de todas as esferas têm imposto à população.
Já a criança nascida na China, país responsável por vinte por cento da população mundial e pela maior economia do globo, se deparará com a prosperidade de um país que há poucas décadas vivia na miséria quase que absoluta. Essa, tenderá a achar que o socialismo e comunismo são os únicos sistemas capazes de propiciar a realização de sonhos.
Cada criança vê o mundo segundo as condições do meio em que foram criadas. 
As crianças nascidas em países pobres ou decadentes estarão sujeitas a uma maior influência do extremismo religioso e de direita e, muito possivelmente, a uma maior probabilidade de enfrentar confrontos armados e guerras ao longo de sua vida.
A criança nascida em um país de economia emergente e rica, a contrário, tenderá a enxergar um mundo com mais possibilidades.
Assim, numa análise crítica atual, seria fácil dizer que o comunismo e o socialismo venceram o capitalismo.
Contudo, tal discurso seria apenas aparentemente verdadeiro.
O capitalismo, certamente, está decadente e levando o mundo ao caos ambiental, humanitário e esiritual. O capitalismo inconsequente acelerou o aquecimento global e o uso de recursos ambientais que levaram à escassez ou poluição ambiental, inclusive da água potável, em muitos cantos do globo. E permitiu o crescimento da espiritualidade oportunista de muitas pseudo-Igrejas.
Mas o comunismo ou socialismo chinês não é um exemplo de sucesso espiritual ou do sistema econômico, até porque na China o governo é centralizado em um único partido, no caso o partido comunista, enquanto a economia é uma mescla do intervencionismo estatal com o capitalismo de mercado.
A China deu certo economicamente porque o governo agiu corretamente na economia, ou seja, planejou-a e não deixou de monitorá-la. Lá, portanto, não é um exemplo de comunismo ou capitalismo, mas de um Estado responsável pelo crescimento econômico, como orientador e promotor.
O Brasil, ao contrário, segundo os economistas mais "prestigiados pela mídia", deveria ter um Estado ausente e distante da economia. O resultado dessa ideia no mínimo equivocada vemos diuturnamente com o desemprego e a desindustrialização crescentes.
O Brasil só crescerá se o Estado (sempre democrático, de preferência), for um ator importante para promover o expansionismo e crescimento da economia em um setor ou outro, como no da tecnologia, que exige investimentos em educação especializada. Um Estado omisso apenas assistirá passivamente ao interesse do mercado: crescer naquilo que está dando lucro, sem precisar arriscar em novas áreas. Para que o país tenha indústrias de tecnologia ou de outras áreas determinadas, a promoção e orientação do Estado na economia é vital. Sem isso veremos o que já está a ocorrer há décadas. Concentração do capital e das indústrias em pequenos grupos econômicos.
Não há mágica. 
O Brasil é um país com grande número de pobres, miseráveis e desempregados, mas poderá crescer economicamente apenas se o Estado participar efetivamente como promotor do desenvolvimento. Ciro Gomes já falava nesse modelo, que foi adotado de forma mais simples por Getúlio Vargas e Geisel, que propiciaram a criação de grandes indústrias, responsáveis por grande parcela da economia até hoje.
As crianças se submentem à realidade que as cerca, mas sempre é possível mudar havendo vontade!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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