O tempo existe no campo físico. No campo absolutamente energético o tempo como conhecemos não existe.
O Universo, em sua enorme amplitude não é sólido, mas energético. Temos as denominadas matéria e energia escuras, e o que elas são? Até agora não há resposta por nós humanos para isso.
A matéria, como conhecemos, segundo os dados atuais, alcança apenas 4% do Universo. O resto nos é absolutamente desconhecido.
Dessa forma, não seria despropositado dizer que temos um Universo a descobrir e mundos a revelar.
Nesse profundo desconhecimento, repleto de incertezas, como pode haver a segregação e o preconceito? Não é despropositado, portanto, dizer que segregacionistas, racistas e preconceituosos são os seres mais obtusos e ignorantes, desprovidos da necessária Espiritualidade, sempre aberta à aceitação, acolhimento e difusão do amor.
Assim como os navegantes portugueses descobriram terras as mais diversas em locais os mais diversos, devemos fazer o mesmo no Universo, não para colonizar, como querem alguns, sempre presos à matéria e a essa limitada existência, mas, na leveza da Espiritualidade e do aprendizado, para compreender o nosso lar e a nossa existência.
O ser humano é provido de inteligência, e não só, mas da capacidade de repassar o conhecimento e descobertas pelas palavras a grupos presentes e futuros. Assim o foi com os ensinamentos dos antigos pensadores, dos filósofos, dos profetas e de Cristo. Com isso temos elementos para ampliação de nossas percepções.
A nossa missão básica, nessa existência, é compreender e descobrir, associando todas as revelações aos conhecimentos Espirituais que são amplamente conhecidos e difundidos.
A nossa missão não deveria ser sofrer, mas libertar-se. Libertar a inteligência, libertar o coração, libertar a Alma, o que provoca a aceitação, a compreensão e o conhecimento.
A diversidade de existências não acaba na matéria como conhecemos. Essa, como vemos, é apenas uma das revelações das possibilidades de vida e de existência.
Os elementos químicos que descobrimos dão vida e suportam a existência, todos eles. Cada elemento não existe sem um propósito, assim como nós. Tudo se relaciona e, de forma equilibrada, promove a vida. O desequilíbrio, sim, é a maior ameaça à vida, à paz, à saúde e a tudo que a ela seja essencial.
O desequilíbrio está na gradação equivocada, no exagero, na falta, no radicalismo, no desprezo, na ignorância e na omissão. O equilíbrio é algo absolutamente natural, mas deve ser também resultado da sabedoria que devemos sempre buscar.
A evidência de Deus não está na prova concreta que buscamos, na afirmação e na sua pretensa aparição, mas nos seguidos elementos de vida e nas inúmeras possibilidades, que jamais poderiam ser criadas por uma inteligência limitada ou pela matéria como a conhecemos, assim como do nada absoluto.
A vasta vida e o vasto Universo se originam de Deus, mas será Deus o big bang ou será este o primeiro ato de sua criação? Afinal, quem pode estar por detrás do Universo, senão Deus? Essa resposta só teremos numa escala de evolução altíssima. Por enquanto, ainda acreditamos intrinsicamente no Deus vingativo, embora com os ensinamentos de Fé tentemos buscar, ainda que de forma hipócrita ou falsa, o Deus amoroso. A busca, quase sempre em vão, tem sido incessante ao longo dos séculos.
O mundo não se resume ao que somos ou ao que temos. O mundo é uma explosão de diversidades e um infinito de possibilidades.
O multiverso tão falado, com suas possibilidades de vidas paralelas, não pode estar dentro deste mesmo Universo, tão vasto e, ainda, tão repleto de segredos para nós?
Nós vemos o Universo ou uma pequena parte dele? Se formos ampliando o olhar aliado ao conhecimento, certamente veremos novas possibilidades e, obviamente, novos mundos.
Enquanto não temos o conhecimento necessário, nos maravilhemos. A explosão de vida é algo único e que deve ser aproveitado ao máximo no campo material, onde podemos ter sensações únicas, que por desvio humano nos levam ao falso propósito da posse e do ter, que nos separa, em contraposição ao estar e ser, que nos une.
A casa de Deus tem várias moradas, e nós, que habitamos uma delas, mal a conhecemos e aproveitamos. A vida que temos, e sua vastidão de sensações e de relações, não pode passar em vão.
Pergunte-se o que é a vida. Ela é um experimento prático dos ensinamentos de Cristo, do campo Espiritual. Quando nos limitamos ao egoísmo e à valoração do ter e do poder, nos perdemos da Espiritualidade e nos prendemos a um campo que não é nosso, extremamente material, nos trazendo desvios morais e energéticos que acarretam também doenças no nosso campo físico.
A Terra, campo de experimentos, poderia ser o Paraíso, mas não o é por obra exclusiva do homem, que tem se limitado aos seus sentimentos ditos primitivos e falsas percepções.
Na vida material, o homem perde o pouco tempo que tem por tentar enxergar o mundo e a Deus de acordo com as suas vontades humanas egoísticas e não de acordo com a realidade da existência.
Para viver, liberte-se das amarras da intolerância, da ignorância e do egoísmo, e já estará dado o primero passo efetivo para a vida como ela deve ser.
