O mundo anda muito estranho, e não é de hoje!
Muitos dos que dizem pregar as palavras de Cristo, jogam pragas e desejam mal àqueles que julgam ser moralmente inferiores.
Muitos dos que professam religiões, não almejam a elevação espiritual, mas a pronta riqueza material como prêmio individual não por uma bondade praticada, mas pela cooptação moral.
Os Estados Unidos, ameaçados economicamente pela China, optam por promover, através de terceiros, leia-se Europa e OTAN, além dele próprio, um perigoso jogo de xadrez bélico, com a retaguarda de ogivas nucleares, contra a Rússia, ao mesmo tempo em que promove o rearmamento da ilha de Taiwan, que ele próprio já havia reconhecido ser parte integrante da China que conhecemos.
O Brasil, que já sofreu com algumas ditaduras e com alguns déspotas, ainda se divide entre os que defendem um governante e os que são intransigentes na defesa de um ex-governante, sem discutir a fundo o nosso futuro.
Israel, terra de um povo que já sofreu com guerras e perseguições, é governado por um líder extremista e belicista, além de segregacionista e que implementa práticas que lembram o apartheid.
Mas o que mais me assusta é um diplomata de Israel, sediado em Kiev, Michael Brodsky, discursar em defesa dos apoiadores do nazismo, como se eles pudessem ser chamados de herois. No caso, ele se referia a Stepan Bandera e outros colaboradores ucranianos que lutaram ao lado dos nazistas na segunda guerra mundial.
Um representante diplomático do país de um povo que sofreu seriamente com o nazismo defender quem lutou pelo nazismo e ao lado dos nazistas não é apenas um contrasenso, mas desconhecimento da própria história e das dores de seu povo.
Nazismo não é apenas um mal em si. Como doença epidêmica, ele se alastra e corroi os valores humanistas e a própria humanidade, perpetrando em mentes doentias a ideia de superioridade moral e genômica, como se fossem eles deuses encarnados.
O nazismo, hoje, queiramos ou não aceitar, está enraizado no comportamento de alguns líderes políticos, de alguns líderes religiosos, dos integrantes de alguns partidos políticos, e até em comportamentos e valores sociais, e não nos damos conta ou simplesmente não queremos perceber. O mal não se avizinha, mas já está aqui em nós, tomando conta do que resta da humanidade.
O fim dos tempos da humanidade, do humanismo e dos valores das verdadeiras religiões (sim, pois há algumas falsas, que pregam o desamor) está mais próximo do que nunca! Será esse o fim bíblico ou será a mera extirpação da vida humana, continuando o planeta e o Cosmos a gerar outros tipos de vida mais harmônicos?
