A Síria é um país em crise econômica, social e humanitária, sob uma ditadura e que está parcialmente sob ocupação estrangeira.
A guerra civil já dura 12
anos e já produziu mais de 600 mil mortos e 4 milhões de sírios refugiados
somente na Turquia.
Pesquisas indicam
que 80% da população turca quer o retorno imediato dos sírios e isso pode influenciar
no fortalecimento de partidos xenófobos nessas eleições turcas. Há candidatos
ditos moderados que prometem “devolver” todos os sírios em até 2 anos.
Os sírios não foram para a Turquia como opção. Fugiram de uma guerra que a Turquia, ao invadir a Síria, ajudou a perpetuar.
A Human Rights Watch denuncia que o retorno, quando ocorre, normalmente não é voluntário. Muitos sírios foram presos e agredidos por forças turcas, além de serem forçados a assinar formulários de deportação e a cruzar a fronteira síria sob mira de armas.
A Turquia invadiu e ocupou parte do norte da Síria, ao mesmo tempo em que recebeu grande volume de recursos financeiros da Europa para impedir o acesso de sírios ao continente, e agora promove a deportação forçada de sírios para um país ainda em conflito armado.
A situação não está nada boa para os sírios, assim como para os iemenitas, sarauís e palestinos.