quarta-feira, 22 de março de 2023

AS DÉCADAS PERDIDAS GEOPOLITICAMENTE PELA RÚSSIA

Em questão de geopolítica, a herdeira maior da extinta União Soviética e do seu poderio bélico, incluindo aí o maior número de armas atômicas, deixou de atuar condizentemente por 25 anos, cedendo incrível espaço geopolítico aos Estados Unidos e à própria OTAN.

O hoje temido Putin é um bom jogador de xadrez geopolítico, mas cometeu erros, bem como os seus antecessores Bóris Ieltsin e Dmitri Medvedev.

A União Soviética ruiu em 1991 e a Rússia permaneceu quieta até 2014, quando ocorreu um golpe na Ucrânia pró OTAN.

A Rússia se silenciou perante a primeira invasão do Iraque, perante a segunda invasão do Iraque, a invasão do Afeganistão, perante a invasão da Líbia e só começou a agir em 2014, quando o seu aliado na Ucrânia foi destituído por um golpe com apoio dos Estados Unidos e após quatro anos de guerra na Síria, quando os Estados Unidos e agentes britânicos e franceses já se encontravam em território sírio, e isso por medo de perder a sua base naval estratégica no Mar Mediterrâneo, situada no país árabe.

A Rússia só agiu àquela época porque foi forçada a agir, pode-se dizer. Na atual guerra da Ucrânia, no entanto, a Rússia agiu preventivamente, para proteger as suas fronteiras do poderoso armamento atômico dos Estados Unidos, França e Inglaterra, além da própria OTAN. Não estou justificando a invasão da Ucrânia nem a morte dos ucranianos, mas a Rússia temeu que armamentos atômicos dispostos na Ucrânia pudessem vir a atingir todo o território russo, ao menos essa é a versão contada pelos russos, além da sensibilização da população russa pela suposta perseguição aos falantes da língua russa, os russófonos, na Ucrânia tomada por milícias, muitas delas neonazistas.

Na Ucrânia há, ou havia, uma grande comunidade de russos e descendentes.

A ação tardia da Rússia na Ucrânia em 2014 e na guerra da Síria, e a omissão perante as invasões dos Estados Unidos e OTAN aos seus antigos aliados no Oriente Médio e Norte da África, levaram a Rússia a ter perdas consideráveis na geopolítica mundial e hoje ela vê os reflexos disso na repercussão negativa de sua invasão e as fortes sanções aplicadas.

A China depende do apoio militar russo num eventual conflito com potências ocidentais, mas não quer participar da guerra na Ucrânia nem fornecer armas aos russos. Pelo contrário, deseja por fim àquela guerra o quanto antes, sabedora da sangria que ela está a acarretar não só ao seu parceiro estratégico, mas a grande parte da economia ocidental, prejudicando a comercialização de produtos chineses.

A Rússia está com a economia enfraquecida e tenta movimentar a poderosa indústria bélica nacional.

Os Estados Unidos deram um xeque mate à Rússia, ao menos pensam isso, mas a Rússia age para enfraquecer a economia dos Estados Unidos, juntamente com a China, ao incentivarem o pagamento em moedas desses países. E os Estados Unidos investem enormes quantias de dinheiro na Ucrânia, além de vender armas a esse país.

Os maiores prejudicados são a Ucrânia e a economia dos países da Europa. E as duas grandes guerras só tiveram início por conta de crises econômicas existentes na Europa. O risco do conflito militar entre Ucrânia contra a Rússia corre o sério risco de se ampliar rapidamente. Daí a ação da China para buscar diálogo pela paz imediata. Falta conversação com Índia, Turquia e Brasil.A Rússia pode ser uma potência militar e nuclear.


Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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