É sabido que o racismo está crescendo em todo o
mundo e isso decorre da ascensão do dito nacionalismo de direita, incluindo aí
os grupos neonazistas.
Um relatório recém divulgado pelo Coletivo Contra a
Islamofobia na Europa, com sede na Bélgica, aponta que o aumento da islamofobia
está ligado à ascensão do nacionalismo nos países europeus.
Segundo o relatório, “a islamofobia na Europa é frequentemente negada e minimizada” e aponta para a necessidade da Comissão Europeia nomear coordenador para o ódio aos muçulmanos, para "combater eficazmente o ódio e o racismo promovidos pela extrema-direita", sendo necessário fazer mais na educação.
Só em 2022 o
Coletivo recebeu denuncia de 787 alertas sobre atos islamofóbicos, a maioria
ocorrida em espaços públicos, em especial as escolas.
Em 2021, segundo relatório do Conselho Nacional Sueco
de Prevenção ao Crime, 51% dos crimes de ódio foram praticados contra
muçulmanos. Em seguida aparecem os judeus, com 27%.
Na Suécia moram 16 mil judeus e 40% deles sofreram
atos antissemitas nos últimos 12 meses.
Mas esses ataques ocorrem principalmente contra as
mulheres desses grupos.
Rasmus Paludan, líder do partido de extrema-direita
dinamarquês Stram Kurs, chegou a queimar o Alcorão em frente à Embaixada da
Turquia.
Na Espanha não é
diferente. Lá, os crimes de ódio têm crescido desde 2014.
Só em 2021, a Polícia espanhola investigou 1802
crimes de ódio, com destaque ao racismo e à xenofobia, no país. No entanto, há
pesquisas que indicam que 80% dos crimes de ódio não chegam a ser
comunicados às autoridades da Espanha.
Contudo, a polícia espanhola foi capaz de solucionar 62% dos casos dos crimes de ódio que lhes são comunicados, um índice significativo e que, devido ao seu sucesso, pode ser capaz de frear os atos de ódio em território espanhol.