Inicialmente,
através de agências sauditas, acreditou-se que os Estados Unidos estivessem
envolvidos nos ataques com drones neste domingo a instalações militares iranianas.
Posteriormente, o Washington Post relatou que a ação teria partido de Israel.
Nesse cenário, há que se recordar que há poucos dias, Israel participou, junto com os Estados Unidos, de simulação de ataques a instalações nucleares iranianas.
O governo do Irã, porém, não se manifestou quanto à autoria do ataque, mas disse que abateu um dos drones através de sua defesa aérea, enquanto outros dois veículos não tripulados teriam sido destruídos pela malha de proteção colocada ao redor e acima da instalação militar.
Não se sabe sobre as classes de drones que teriam sido utilizados. O certo é que o Irã irá estudar os restos dos drones abatidos, a fim de avaliar o nível de tecnologia usado na empreitada.
O atacante, seja os Estados Unidos ou Israel, ou uma ação conjunta desses países, percebeu que ataques com drones para a destruição de determinadas instalações militares iranianas, incluindo aí as nucleares, não terão sucesso, salvo se voarem a altíssimas altitudes ou se forem usados caças, o que dificultaria a ação e colocaria em risco as caríssimas aeronaves e os agentes envolvidos, considerando-se a larga linha de defesa antiaérea iraniana.
Israel possivelmente fez um teste para verificar a defesa iraniana, talvez para preparar um ataque maior em breve.
Nesse
jogo de estratégias, há que se observar que o Irã possui drones furtivos mais
avançados que os israelenses e que, ao menos por enquanto, a força aérea
israelense é imensamente superior à do Irã, sendo que este receberá dentro de 1
ano unidades do avançado Su-35s russo, o que complicará a partir de então qualquer
ação aérea de Israel próxima ao Irã.
Enquanto ataques por drones exigirão apoio tático de aliados de Israel, seja dos Estados Unidos, seja dos curdos iraquianos, seja do Azerbaijão, as ações de caças tripulados envolverão grande risco, pela grande distância envolvida, seja por exigir sobrevoo sobre países inimigos, seja por ter de evitar a forte defesa antiaérea do país persa.