O Brasil, em questão de
cidadania, é incipiente. E em questão de política, é privatista.
O público, no Brasil é apropriado
pelo particular, desde as terras públicas ao poder das instituições.
Somos um país que deve sofrer uma
reforma forte, grande, uma revolução sem armas e sem sangue.
Desde a nossa colonização o
brasileiro pensa primeiro nele. O brasileiro, no geral, pouco pensa no coletivo
e no país, por isso o conhece tão pouco.
Essa forma de pensar e agir se
reflete também na política, onde muitos congressistas atuam não por ideal ou
amor ao país, mas por interesses financeiros muito próprios.
As instituições não servem à
democracia, mas na maior parte das vezes aos interesses daqueles que a dirigem,
buscando prestígio, maior influência e mais poder. A instituição, em si, é
deixada de lado.
Assim é o nosso Brasil. Um país
em que o espaço público e até o poder público são apropriados por interesses
particulares.
Como mudar isso? Através da
educação, bons exemplos e responsabilização civil e penal. É necessário que
aquele que se apropriou indevidamente do espaço ou poder público, seja
responsabilizado. E não se mudará rapidamente. A concretização dessas
transformações levará gerações, mas é necessário que se inicie esse longo
processo o quanto antes.
É possível que o Brasil seja, a
longo prazo, uma democracia consolidada com instituições fortes e que a forma
do brasileiro de enxergar o país e do político de conduzir suas ações mude, para
melhor, evidentemente, em uma espécie de salto quântico tão aguardado.