As guerras movimentam a economia. Tal afirmação pode ser verdadeira, mas satisfaz aos anseios da humanidade?
O capitalismo sempre produziu guerras e continuará a produzi-las, escondendo a grande locomotiva de sua perpetuação, a indústria bélica, seguida da indústria oculta das drogas ilícitas, a que se segue a das drogas líticas, ou farmacêuticas.
São essas grandes "indústrias" que movimentam a economia atual do globo. Mas isso tem feito bem à humanidade?
Pessoas ainda morrem em guerras, são vítimas de crimes horrendos, morrem de fome, são largadas nas ruas, ao mesmo tempo em que se polui o ar, a terra, as águas e o espírito, além de destruir a natureza.
Com esse capitalismo beligerante e destrutivo a humanidade está próxima do fim, assim como o próprio planeta.
O comércio antigo, dos fenícios e posteriormente da rota da seda, com toda a problemática envolvida e existente à época, era capaz de permitir o conhecimento recíproco dos povos, pacificando regiões turbulentas.
Hoje, o comércio visa tão somente submeter outros povos aos interesses mesquinhos de organizações e países, pouco se importando com questões sociais ou culturais. A indústria bélica não se preocupa com união alguma, mas com a venda massiva de seus produtos, de forma absolutamente inconsequente e criminosa. A indústria das drogas ilícitas, como se sabe, destrói vidas, famílias, sociedades, criam problemas sociais em países ricos e agravam os problemas sociais dos países pobres.
Será que o capitalismo, com todo esse caos criado, continua a ser a solução para os problemas dos povos e da humanidade?
Não terá a humanidade a chance de conhecer um novo sistema que permita a melhoria a todas as pessoas, baseado no comércio, sim, mas dos produtos que integram, que alimentem, que sanem a fome e a dor, que levem conhecimento, sorriso e prazer e que ao mesmo tempo respeite a natureza e as gerações futuras?
Um novo sistema deve surgir, respeitando o ser humano e a natureza, libertando-o da dor da luta diária por um prato de comida, para torná-lo apto a buscar, com segurança, o auto conhecimento e a felicidade! O sistema deve ser humanamente justo e social e ambientalmente responsável.
Mas aqueles que detêm o poder econômico também detêm o poder político e alguns até da produção das armas.
A mudança que se quer, então, não pode partir do confronto, mas das ideias. Os países com economia menos significativa e mais empobrecidos, desde que não sejam dominados por um sistema político corrupto, serão os mais propensos a esse sistema humanizado, que já deveria ter tido início.
Esses pequenos países poderiam, entre si, dar início a esse novo sistema que, ao lado do velho e bom comércio, priorizassem por meio de ações governamentais, leis e ações da sociedade civil, o respeito ao ser humano e à natureza. A mudança seria interna, garantindo-se maior dignidade aos cidadãos, e externa, priorizando o comércio responsável.
Os países ricos, dominados pelos oligopólios financeiros, bélicos e das drogas, enfrentariam maior dificuldade na mudança do sistema. Nesses, a mudança de mentalidade da população, exigindo produtos com responsabilidade socioambiental, atuação dos políticos pela paz e pelo respeito ao ser humano e à natureza, e à recusa das drogas fornecidas pela enorme cadeia das indústrias das drogas ilícitas, seria imprescindível.
A humanidade está no caminho e um sistema econômico que atenda aos anseios da humanidade deve derrubar o sanguinário e bárbaro capitalismo que produziu tantas guerras, mortes e atrocidades no mundo afora.
Estamos no caminho, sem saber exatamente o que nos espera no próximo passo.