domingo, 3 de outubro de 2021

Um país sofrido, com fome, miséria, injustiça, discriminação e assassinatos.




Um país sofrido, com fome, miséria, injustiça, discriminação e assassinatos.

Estou falando do sofrido Brasil, onde os negros das senzalas foram largados à própria sorte após o fim da escravidão, estando hoje majoritariamente nas favelas e periferias.

Estou falando do Brasil de maioria preta, onde é proibida a discriminação, mas ela é diuturna, nas batidas policiais, nos restaurantes, no comércio, na rua e no trabalho, a quem sofre por ter uma pele preta ou de tom quase preto.

Estou falando do Brasil que massacrou crianças, mulheres e jovens indígenas, caçando-os e escravizando-os.

Estou falando do Brasil que fecha os olhos para a ocupação da pouca terra indígena por madeireiros ou mineradores ilegais.

Estou falando do Brasil que permitiu que no Rio de Janeiro imperial chineses fossem caçados na mata, como animais.

Estou falando do Brasil que largou imigrantes japoneses e alemães à própria sorte aqui no Brasil durante a segunda guerra mundial.

Estou falando de Brasileiros simples que foram assassinados a tiros de canhão e por degola no início de nossa República em Canudos.

Estou falando do Brasil, que tem leis proibindo a homofobia, mas os transgressores da lei se sentem no direito de falar e fazer o que quiserem, impunemente.

Estou falando do Brasil, país que mais mata transexuais em todo o mundo.

Estou falando do Brasil de maioria de mulheres, onde essas recebem salários menores e são tratadas como propriedade e coisa por seus pais, namorados e maridos, e ainda continuam a ser alvos de piadas machistas.

Estou falando do Brasil, que prefere pavimentar rodovias a investir na educação de todas as nossas crianças e jovens.

O Brasil é assim, assassino e cruel, por culpa de parte da população e de parcela da elite, a mesma que está no poder ou que apoia esse governo assassino, que não se preocupa com a miséria, a fome e a morte de seu povo por assassinatos ou pela pandemia; que subjuga o diferente; que humilha a pessoa humana por uma condição que tenta tratar como vexatória; e que vê o outro como coisa a ser consumida, explorada ou apresentada como alvo para o ódio próprio e alheio.

São tantos os que sofrem nesse país. Os que passam fome, os que moram nas ruas, os que são assediados no transporte público e no trabalho, os que sofrem preconceito pela fé, pela cor e pela sexualidade que possuem ou ostentam. De norte a sul, do sudeste ao nordeste, passando pelo centro oeste, todos as regiões estão impregnadas pela cultura do individualismo exacerbado e da exclusão do outro, o que tem atrapalhado o nosso progresso como Nação. Não nos vemos como um mesmo povo que junto poderá construir um grande país. Nos vemos como pessoas especiais que têm que acumular riquezas explorando o outro brasileiro. O outro não é visto como irmão brasileiro, mas como um desqualificado e coisa que deve ser explorada. Os brasileiros não veem o Brasil como Nação, mas como local a ser eternamente explorado. Daí a contaminação das águas, a poluição generalizada, as queimadas e a injustiça social tão presente.

Chegamos ao abismo moral e à barbárie que está prestes a acabar com o pouco que nos resta de civilização.

Para o Brasil mudar não basta exigir o cumprimento da lei, que é básico, mas a mudança de governo, que trabalhou desde o primeiro minuto do mandato do ódio contra o Brasil e o seu povo.

O Brasil jamais esquecerá dessa triste fase, mas pode ter fim. Que tenha, e rápido!

Precisamos nos unir e, juntos, mudar esse país, para que seja o lar e recanto de cada brasileiro, com respeito à natureza, a tudo e a todos que essa terra acolheu!

Um país não se forma por exploradores que sugam tudo o que a terra tem. Um país se forma por mulheres e homens honrados, sonhadores e visionários. Formemos, de vez, a Nação brasileira, com respeito ao seu povo e à sua terra!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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