Ele nos deixou o amor pelos
excluídos, pelos pobres, pelos enfermos e o legado do Amor como a essência única
de sobrevivência da humanidade.
O ser humano, como criação, naturalmente
tende ao fim, mas como aberração que extrapola os seus limites naturais,
provoca o próprio extermínio. A inteligência do ser não é capaz de, por si só,
evitar o colapso criado pelo homem em tudo o que toca e com o que se relaciona.
A ânsia do homem em modificar
tudo ao redor e redesenhá-la sob a ótica da criação humana está a erradicar
diversas espécies de vida além da humana.
O homem e a sua sede de caçar
animais, levou ao extermínio diversas espécies.
Nos primórdios, a caça era meio
de sobrevivência humana, mas passou, já superada a necessidade, a ser forma de
externar prazer. Recentemente, a matança, paralelamente ao prazer doentio, é
também meio de sustentação do capitalismo, um sistema econômico criado pela
mente humana para satisfazer necessidades absolutamente desnecessárias e que,
antagonicamente ao princípio libertário da natureza, prende as coisas ao homem
e este a elas.
Com suas ações e criações, o
homem tornou-se o maior provocador do aquecimento global, fenômeno que está
ocasionando o derretimento das capotas polares e a mudança climática do planeta
Terra.
O homem e o seu descaso, e não a
sua incompetência em criar redes de esgoto, inundou rios e mares de poluentes,
plásticos e fezes.
O ser humano, ao mesmo tempo em
que cria aparatos tecnológicos incríveis, por mais paradoxo que pareça ser, também
cria aquilo que poderá dar fim à sua espécie, as armas nucleares, em número
suficiente para destruir não só a humanidade habitante da Terra, mas toda a vida
do planeta por mais de uma dezena de vezes.
O ser que pensa, escreve e fala,
opta pelas armas para convencer, imaginando-se Deus das criações todo poderoso
e vingativo.
O poder ligado a Deus fascina o
homem e o ludibria, seduzindo até mesmo Igrejas que pregam em nome de Cristo. O
homem continua a enganar-se a respeito da verdadeira face da Divindade, tão bem
revelada por Jesus: o Amor, e prefere acreditar em um Deus poderoso, vingativo
e que privilegia poucos em detrimento de todos os outros.
Pouco se fala, mas ao poluir a
Lua com a marca de sua bota, o homem pode ter provocado a ira de seres que
desconhecemos quase que por completo, talvez o maior motivo do ser humano não
ter voltado ao satélite natural nesses 50 anos.
A poluição humana não é apenas
sonora e não se reflete também apenas no ar, na terra e nas águas, mas é capaz
de contaminar a própria estrutura das tão diversas criações próximas de si.
A distância de nós trouxe e traz
uma segurança imediata a seres total ou parcialmente desconhecidos, mas a
proximidade será inevitável em um futuro próximo. Se somos capazes de convencer
apenas utilizando a força, simbólica ou efetivamente, outros seres mais
evoluídos não dependem disso para nos guiar pelos inúmeros caminhos possíveis
da vida, nos ensinando e convencendo há mais tempo do que imaginamos.
Talvez a mediunidade seja um meio
externo ao homem de ensinar-nos e convencer-nos daquilo que é evidente, mas que
não vemos claramente, ampliando a nossa inteligência e percepção.
O homem está em mutação! E nessa
fase de mudanças coabitam os pescadores de almas, seres que pensam no amor como
forma de sobrevivência da humanidade, e aqueles que pensam com ira e força, os
caçadores de almas.
A mediunidade modifica nossa
compreensão, ao mesmo tempo em que mutações genéticas incompreensíveis ocorrem modificando
e aprimorando a nossa estrutura e essência, permitindo a evolução e
sobrevivência da nossa espécie.
A humanidade que conhecemos
sobreviveu ao dilúvio, mas uma nova humanidade sobreviverá ao homem,
ressignificando a sua existência.