quinta-feira, 7 de outubro de 2021

PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS, O QUE ESTÁ HAVENDO COM ELES E QUAL É A PREOCUPAÇÃO DE ALGUNS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA?

O que está havendo com os Partidos Políticos?

Que o Brasil possui uma monstruosidade de partidos políticos, no aspecto numérico e também identitário, não há como negar!

O PDT, herdeiro político do PTB de Getúlio Vargas, já foi o maior partido de esquerda nos anos 1980 e início dos anos 1990, unindo pensamentos sociais democratas com o nacionalismo estatal desenvolvimentista. Hoje o PDT luta para sobreviver, com uma bancada não muito uníssona nas questões econômica e social. O Ciro Gomes, vice-presidente da sigla e possivelmente o pré-candidato pelo partido, assume um papel controverso, pois ao mesmo tempo em que tenta unir o Partido e, principalmente, os seus representantes no Congresso Nacional em uma visão desenvolvimentista, cria um personalismo que a médio prazo pode não ser bom à sobrevivência da sigla, caso ela se mantenha independente, sem se unir a outros partidos.

O PT, beneficiado pelo ódio da ditadura ao PDT de Brizola, cresceu vertiginosamente e desde meados dos anos 1990 é o maior partido político da oposição, mas deixou de ser de esquerda para ser de centro esquerda ou até de centro, se for observado o modelo econômico adotado, que repetiu a política econômica rentista do Governo Fernando Henrique Cardoso (na economia, repito). Porém, sempre teve uma preocupação social e assumiu uma importante independência no aspecto geopolítico, dando ao Brasil o status de uma potência realmente emergente.

O PSDB surgiu grande, com nomes relevantes, como André Franco Montoro, Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso e José Serra. Era um partido de centro esquerda, que após a morte de Mário Covas, tendeu ao Centro com o governo paulista de Alckmin. Hoje, com Dória e a maioria de sua bancada, o PSDB migrou para a centro direita.

O PSB cresceu e poderia ser ainda maior se o seu candidato à Presidência da República em 2014, Eduardo Campos, não tivesse morrido em um acidente em agosto do mesmo ano. É um partido forte que reúne pessoas de centro esquerda, centro e centro direita, com afinidades tanto com o PT quanto com o PDT.

O DEM, surgiu como partido de direita e assim continua. Manteve-se forte aliando-se umbilicalmente ao PSDB nos governos federal de Fernando Henrique Cardoso e estadual de São Paulo. Hoje, o DEM rachou, parte significativa apoiando o governo Bolsonaro e outra parte buscando uma saída democrática à direita.

O governo Bolsonaro não é de direita, mas de extrema direita. É um governo personalista que não se atém a ideias, a não ser uma política centralizadora do poder na figura do Presidente da República, que só por isso já não pode ser considerado democrático, e de repúdio às questões sociais, tipicamente mais próximas da esquerda.

O PSL é um partido que surgiu para eleger o Bolsonaro e que reuniu figuras da direita e da extrema direita nacionais e que se não se unir ao DEM, tenderá a ver reduzida vertiginosamente a sua bancada.

O MDB surgiu como um partido de oposição à ditadura e sempre teve relevância na política brasileira. Inicialmente tinha um viés de centro esquerda, migrando para o centro, após a saída de figuras que viriam a fundar o PSDB, e hoje assumindo papel secundário na política nacional.

Nessa conjuntura, qual tem sido a maior preocupação dos mais significativos possíveis candidatos à Presidência da República?

A imprensa diz que tanto Bolsonaro como o Lula não se preocupam tanto com a eleição de representantes do executivo estadual, mas sim com a formação de bancadas fortes nos legislativos, seja federal ou estadual. Se essa realmente for a preocupação de ambos, eles estão certos. De nada adianta eleger um presidente ou governador e não ter uma bancada que lhe dê sustentação. Nessa hipótese, dependeria de acordos ou conchavos, correndo o risco de cair na velha política que vinha sendo adotada por FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro e ficar refém do chamado “centrão”. Por isso, Ciro Gomes precisa começar a pensar em fechar um acordo com partidos da esquerda ou centro esquerda, como a Rede, o PSOL, o PC do B, PSB e do centro (ou centro direita), como o PSD, para a formação de uma bancada significativa e coesa, sem se esquecer dos nanicos e, numa hipótese de ir ao segundo turno, dos representantes da direita, como o PSDB e o DEM.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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