É certo que o presidente atual é negacionista, mas a visão tacanha em relação ao Brasil dos que o apoiam está levando o país às tragédias econômica e social.
O Brasil tem errado muito e tem permitido o avanço da pecuária, da agricultura e da mineração em terras da Amazônia e do Pantanal. O resultado disso é que o Pantanal já perdeu 75% do armazenamento de água em relação a 1985. A Amazônia, chamada de rio aéreo ou rio voador, tão almejada pela plantação de soja, que consome muita água, segue o mesmo caminho do cada vez mais seco Pantanal. Com isso, o Brasil perde área de preservação e, como consequência, com o avanço da seca e a escassez da água, perderá as áreas legais agricultáveis, com consequências incalculáveis pela falta de água em muitas cidades brasileiras nas próximas décadas.
Os países mais gelados, com o aquecimento global, ainda que seja por determinado tempo, poderão ampliar as suas terras agricultáveis, com o degelo. Já os países mais quentes verão aumentar a seca e a desertificação.
Mas não é só isso que está a arruinar com o presente e o futuro do país. A falta de planejamento e as ações inconsequentes, ainda têm provocado o aumento da inflação, da carestia, da fome e da miséria, podendo levar o Brasil, a curto prazo, à mais séria convulsão social.
Na cultura nem se diga. O Brasil está em colapso na área cultural. Vendem-se poucos livros e quase já não há livrarias físicas. Nossa produção cinematográfica desabou, o mesmo ocorrendo com as produções teatrais. A música sobrevive, mas com traumas, tendo muitos musicistas desempregados.
E a insensatez também alcança a saúde em meio à mais grave pandemia dos últimos 100 anos. O presidente cisma em tentar abolir a máscara, a única guardiã de nossa saúde, e promete fazer pressão para isso no próximo 7 de setembro. Israel que gabava-se de ter vacinado grande parte da população, aboliu as máscaras e hoje, com o aumento das internações e a explosão de casos de covid-19, sente o peso dessa medida precipitada e insensata.
O Brasil está no rumo errado, com desemprego, miséria, fome, avanço da seca e desconsideração com a saúde das pessoas. Ainda dá tempo de mudar essa realidade, antes que todo o Brasil sofra com os desmandos que poderão ocasionar o colapso não só de nossa cultura, saúde e economia, mas da nossa costumeira capacidade de produzir alimentos.