Há
exatos 99 anos, em 1922, comemorávamos
com a Semana de Arte Moderna de São
Paulo, chamada de terremoto de arte, no início daquele ano, e também com uma
exposição Universal, em setembro, comemorativa
dos 100 anos de nossa Independência e que reuniu mais de 3 milhões de pessoas
no Rio de Janeiro.
No
pobre ano de 2021, porém, promete-se manifestações políticas nas capitais
federal e dos Estados, com gente armada e muito discurso contra as instituições
responsáveis pela manutenção da Democracia, contra a nossa soberania e
independência, e não há nenhum evento de grande porte planejado para 2022, a
não ser as eleições ou um grande golpe.
O
que não pode ser esquecido é que, em muitas das vezes que se tramou contra a
democracia, o destino estava contra os golpistas, como revela o ocorrido no
episódio do Centro de Convenções do Riocentro, em 1981.
Assim
como ocorreu um grande terremoto cultural em 1922, através da Semana da Arte
Moderna, entre 2021 e 2022 pode ocorrer também um enorme tremor de terra, não
cultural, mas político ou até mesmo físico, a abalar a frágil estrutura
psíquica do governo de extrema direita de plantão.
O
Brasil tem um importante destino a cumprir e os Céus, seja do Olimpo, seja da
nossa elite cultural e econômica, não deixarão que o Brasil se desvirtue.
Antes de ajudar a mudar o mundo, o Brasil precisará mudar a si mesmo!
A
Democracia sairá mais forte, a ponto de exigir que seja passado a limpo os
tempos da escravização, da matança de indígenas, da degola dos populares de
Canudos, da desconsideração com as crianças e com os moradores das periferias e
de nossas ruas.
O
Brasil, certamente, não sairá disso tudo o mesmo!