O poderio militar
israelense é indiscutível, mas atacar Gaza da forma que foi feito é demonstração
de covardia. Gaza parece uma enorme favela, com metade de sua população sem qualquer emprego. A área de pesca é diminuta e água potável praticamente não existe. Nesses ataques de hoje, dezenas foram mortos, incluindo crianças.
CISJORDÂNIA
Forças israelenses
agrediram jovens manifestantes palestinos em Jerusalém Oriental no final de
semana, e na segunda feira invadiram com botas e armas a Mesquita de Al-Aqsa, agindo
com truculência sem precedentes, inclusive contra mulheres, deixando centenas de
feridos. Crianças ficaram sufocadas com o gás lacrimogêneo lançado pelos policiais
israelenses. Houve agressão até contra socorristas.
Um grupo de
radicais israelenses defende a destruição da Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro
lugar mais sagrado para os muçulmanos, e a construção do que chamam de Terceiro
Templo Judaico em seu lugar.
Os partidos e
governos palestinos perderam força, mas os jovens, sem medo dos armamentos
pesados, violência e tortura, tentam defender a Mesquita de Al-Aqsa e o que
chamam de capital Palestina, Jerusalém Oriental.
FORÇA DE PAZ DA ONU, ÚNICA ESPERANÇA
A ONU precisa agir imediatamente. Uma força de paz precisa ser instalada para evitar a ampliação da colonização da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, evitando o descumprimento do determinado pela ONU, garantindo a existência de dois Estados e pacificando a região.
Enquanto as Nações
Unidas não agirem efetivamente, Israel, sob um governo extremista, continuará a
anexar ilegalmente terras palestinas e a prender e executar palestinos, e os palestinos se
tornarão cada vez mais miseráveis, facilitando a radicalização de sua
população.
O fim da Palestina interessa aos extremistas israelenses e, em troca de concessões, a alguns pouquíssimos países árabes. A grande maioria dos países da ONU e árabes espera, de vez, que dois Estados sejam constituídos e que as ações ilegais de ambas as partes sejam anuladas e devidamente apuradas e condenadas no foro adequado.
Uma Força de Paz, ao menos por alguns anos ou talvez uma ou duas décadas,
é a única solução viável para barrar as agressões e as anexações, e permitir que dois Estados vivam lado a lado e que a Palestina prospere economicamente, sem depender da ajuda externa.