sexta-feira, 9 de abril de 2021

UM PAÍS DOMINADO PELO EGOÍSMO E PERVERSIDADE


Ficar em silêncio diante de tantas mortes diárias, às vezes mais de três mil ao dia, outras mais de quatro mil ao dia, não representa apenas falta de empatia, mas uma verdadeira perversidade e uma notória falta de brasilidade, ou seja, de amor por aquilo que o forma o Brasil, a começar pelo povo que o constitui e o forma.

Como não perceber que por dia morrem tantos brasileiros? Como ficar insensível a tal mortandade? Por qual motivo muitos não querem buscar os culpados e corrigir os erros? Tratar tantos mortos e seus familiares com tamanho desprezo não pode ser inserido na normalidade de nenhum país, nem em uma republiqueta das bananas nem em uma ditadura.

O Brasil foi sugado pela perversidade de mentes que imaginam que o mais importante são os números, a economia e os centros de manipulação e arrecadação a que chamam de liberdades. e que se morrerem tantos quantos brasileiros for necessário, será normal. Que a maioria doe a vida por um projeto de Brasil trazido na mente da extrema direita, com menos doentes, menos idosos, mais atletas e mais pessoas manipuláveis e, principalmente, insensíveis perante a dor alheia e coletiva.

Esse não foi o Brasil que os meus ascendentes imaginaram e com o qual sonharam. E, confesso, não coincide com o Brasil que planejei ajudar a construir para os meus descendentes.

Talvez o Brasil não seja mais a pátria de brasileiros, mas um mero porto repleto de escravos, meros objetos à disposição de senhores escolhidos pelo o que há de mais sórdido na humanidade, encontro do desejo comum, irrestrito e absolutamente inconsequente  de poder. São esses senhores absolutamente egoístas, descomprometidos com o Brasil e brasilidades, que nos governam e ditam o destino de nosso país, hoje, sobrepondo-se a instituições e valores até então sólidos.

Falta seriedade e compromisso com o Brasil, e o mínimo de respeito pela ética e pelos brasileiros, mas até quando?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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