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Com Bolsonaro, o Brasil tenta imitar os Estados Unidos na cultura de culto às armas, importando um costume que não é nosso. Isso implica em perigo explícito, não perceptível apenas aos que comungam do ideal de uma sociedade violenta e dividida que serve a alguns propósitos, de enfrentamento do Estado e dos poderes constituídos e da formação de um grande exército paralelo, uma milícia, a serviço de manipuladores extremamente perigosos. O risco iminente de explosão de uma guerra civil, fragilização das instituições de Estado, inclusive voltadas à segurança pública e pacificação social, é plenamente perceptível.
A cultura de armamento
que se pretende implantar no Brasil é um apoio explícito à violência
desenfreada, ao aumento de criminalidade generalizada, com destaque a roubos e
homicídios, e principalmente ao perigosíssimo e quase irreversível terrorismo
doméstico, a que as autoridades de bom senso devem ficar alertas.
Recentemente, o escritor britânico
Chris Sweeney publicou no site RT em inglês um interessante artigo em que aborda
a questão política do armamento nos Estados Unidos.
Quem pensa que apenas a
extrema direita defende o direito ilimitado às armas se engana. A extrema
esquerda faz o mesmo. Desde 2018, ano em
que foi fundada, a Associação Socialista de Rifles, que já conta com mais de 10
mil membros, adota o lema do cidadão americano ter o direito de andar armado,
assim como o faz a extrema direita.
A Associação esquerdista se formou em
contraposição ao fato de a cultura de armas ser excludente nos Estados Unidos, voltada
ao gênero masculino e de cútis branca. Argumentam, ainda, que leis restritivas, proibindo ou limitando armamentos, tornam armas mais
sofisticadas, como metralhadoras, mais caras e inacessíveis à classe
trabalhadora, permitindo que apenas a extrema direita, formada por ricos, ande
fortemente armada.
Embora nessa
organização política de extrema esquerda nem todos os membros possuam armas de
fogo e andem armados, é defendido o direito de usá-las e argumentam que as
armas constituem uma importante defesa dos demais membros do grupo que praticam
ações sociais, como doações de alimentos etc, sempre ameaçados pela extrema
direita.
Uma importante
observação. Assim como os extremistas de direita, a extrema esquerda também não
confia nas polícias.