quinta-feira, 15 de abril de 2021

A GUERRA NUNCA FOI SÓ PELO PETRÓLEO. DESDE PELO MENOS 2001 VISAVA-SE À CHINA


Quando os Estados Unidos invadem países do Oriente Médio, os analistas das grandes mídias afirmam que o Tio Sam está libertando o povo ou, criticamente, atrás do ouro negro, petróleo, e de gás. Será, mesmo?

Os Estados Unidos, embora extraiam muito petróleo em seu próprio solo e o armazenem de forma estratégica, para garantir o fornecimento de energia em casos de alguma catástrofe, têm sede de possuir mais e mais campos de petróleo, não para sim, mas para as suas gigantescas indústrias petrolíferas mundialmente conhecidas. Ao mesmo tempo, muitas das guerras provocadas visam incentivar também as suas indústrias bélicas. As demais indústrias de energia e de engenharia também são incentivadas com as reconstruções a seguir promovidas, como ocorreu no Iraque, Afeganistão e Líbia. Ou seja, as guerras serviam como incentivo para as indústrias privadas estadunidenses, mas sempre às custas dos cofres públicos dos Estados Unidos e dos países invadidos.

Ocorre que desde o governo Obama essa forma de agir foi modificada, por um simples motivo, isso gerava um déficit enorme ao governo. Além do mais, era uma forma socialista de agir, pois investia-se muito dinheiro público dos Estados Unidos e dos países invadidos para que empresas privadas dos estadunidenses lucrassem.

Essa era a faceta mais visível das guerras. Mas essas invasões não visavam simplesmente isso. Tinham três outros fatores muito nítidos, por detrás, mas que não eram citados, talvez de forma interessada, pelos analistas.

Apenas recentemente os Estados Unidos foram expressos em querer mais tropas ao redor da Rússia e da China. Até então, as guerras havidas nos países da Ásia e Oriente Médio eram vistas nas agências de notícias simplesmente como guerra pelo petróleo.

Se os Estados Unidos realmente quisessem tão somente combater terroristas e ter acesso às fontes petrolíferas, invadiriam um país, a Arábia Saudita, a maior produtora mundial de petróleo e a maior financiadora do terrorismo do chamado "11 de setembro". Não o fizeram porque não lhes interessava estrategicamente.

Como dissemos, não que os Estados Unidos não quisessem incentivar as suas petrolíferas, mas também queriam, ou priorizavam, cortar o fornecimento desse material a dois gigantes: Rússia (gigante militar) e China (gigante econômica).

Mais, os governos atingidos eram, em sua maioria, muito próximos de Moscou, como Iraque, Líbia e Síria. A guerra nesses países, assim, seria uma forma de efetivamente diminuir a órbita de influência russa pelo mundo afora e manter os Estados Unidos com sua total influência em todos os continentes.

Mas o principal fator de levar a guerra próxima das fronteiras da China, Rússia e Irã era abalar psicologicamente esses governo, criando permanentemente o temor de invasão. Ademais, com tropas estadunidenses nos países vizinhos, seria mais fácil promover uma invasão e um enfrentamento aberto na China, Rússia e Irã. As tropas já baseadas no Japão e Coreia do Sul, dentre outros países, ajudavam a promover o que se chama de "cerco". Além do mais, imaginava-se que a presença de tropas dos Estados Unidos e da OTAN promoveria, em tese, uma retração econômica, principalmente no Irã e na China. Porém, os Estados Unidos erraram feio nesse último aspecto, pois a China não parou de crescer e vemos o resultado aí: ela passou os Estados Unidos economicamente e agora passa a investir pesadamente em fortalecimento de suas forças armadas.

É por isso que desde o Obama os Estados Unidos têm agido por procuração, ou seja, por meio de grupos, da própria OTAN ou de outros países e através do que se chama de revoluções coloridas ou guerras híbridas.

A guerra pelo petróleo já era prevista pelos intelectuais da USP, logo após a invasão do Iraque e do Afeganistão, como um oportuno e dissimulado cerco à Rússia e à China. E hoje isso se confirma escancaradamente. E pode-se incluir um outro país nesse seleto rol, o Irã, uma potência regional tecnológica e militar também afetada pelo cerco, sanções e boicotes dos Estados Unidos.

Enquanto isso, os Estados Unidos ainda atuam para enfraquecer a influência chinesa pelo globo, a que muitos países, sem pensar nos seus proveitos econômicos com o investimento e a parceria da China, acabam por aderir cegamente.

A China, com suas cultura e filosofia milenares, age calmamente, sem provocar guerras, tentando expandir o comércio e garantir a sua supremacia frente aos Estados Unidos. Porém, mantêm-se firme em suas fronteias, inclusive no mar da China, onde os Estados Unidos, quase que diariamente, agem de forma provocativa.

Em guerra de Titãs, quem vence, o que possui mais armas e age desesperadamente, não aceitando perder a dianteira, ou o que calmamente movimenta suas forças, inovando-a dia a dia e fortalecendo os músculos de sua economia? Eu tenho o meu palpite, e é só palpite.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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