A Constituição é uma garantia de estabilidade e de direitos e deveres aos cidadãos e ao Estado. Ela estabelece os limites máximos e mínimos que o administrador deverá observar.
Qualquer ruptura estará em desacordo com a Constituição e a vontade popular, representada pelos deputados eleitos em assembleia constituinte.
Desta forma, torna-se inadmissível tirar à força, não pelas vias legais, um presidente do cargo para o qual foi eleito. E qualquer comemoração golpista será um ato contrário à própria democracia e Constituição.
Um candidato eleito democraticamente que defende a ruptura e a sepultura, somente pode ser favorável à ditadura.
Um candidato que deseja comemorar o golpe em meio à matança de brasileiros em uma pandemia, mais que a vacina ou cloroquina, defende claramente a chacina.
A rima é apenas para amenizar a dureza da realidade e a frieza do governante.
Um governante eleito democraticamente que defende a ruptura institucional, inclusive comemorando o golpe de 64 e todas as suas tristes consequências, coloca o seu poder e o seu próprio cargo em risco, legitimando um golpe contra si ou, o que também parece possível, um futuro golpe contra a democracia, caso saia perdedor em uma nova eleição.
A tão pretendida e inconveniente comemoração pode ser um aviso do que pode vir a ocorrer daqui um ano e meio.
Por isso a união de todas as forças democráticas deve ocorrer nas próximas eleições, com uma única candidatura, fortalecendo a chance de vitória em um primeiro turno e a própria governabilidade.