terça-feira, 2 de março de 2021

DA SÉRIE INCONGRUÊNCIAS INACEITÁVEIS NO PENSAMENTO DA EXTREMA DIREITA | I- DO ÓDIO AO ESTRANGEIRO

DA SÉRIE INCONGRUÊNCIAS INACEITÁVEIS NO PENSAMENTO DA EXTREMA DIREITA

 

I-                    DO ÓDIO AO ESTRANGEIRO


Quando a extrema direita diz que quer preservar o país dos intrusos, ela não está preocupada com a defesa da cultura e dos valores nacionais, o que se dá por políticas próprias, inclusive de incentivo, o que é cada vez mais raro no Brasil.

Embora o discurso extremista dê a impressão de preservação de valores tão caros, como a cultura, na verdade o extremismo não está nem aí para a cultura e valores próprios em si. O que a extrema direita deseja com essa fala é apenas não permitir que estrangeiros pisem em solo nacional. O diferente não é aceito simplesmente por ser diferente.

O discurso reveste a dureza da intolerância ao diferente, ao estrangeiro, a outra cor, a outra gastronomia, a outros costumes e a outra religião. Não é a cultura do país que é a preocupação, mas o diferente.

A extrema direita adota um modelo universal de extremismo e não se preocupa com valores culturais próprios e se impregna de valores e preconceitos de uma ideologia, normalmente internacionalizados, e que não se confundem com a cultura e valores da nação e do país.

O mundo sempre conviveu com o diferente. Foi assim no comércio do mediterrâneo, nas Índias e na China. Foi assim no império babilônico, persa, grego e árabe. Foi assim no Brasil colônia, império e república, até hoje.

Embora a globalização nos dê a falsa impressão de fim das aldeias e dos costumes e valores culturais locais, na verdade ela torna mais importante a identidade de uma nação.

Não é o estrangeiro que é uma ameaça à nação, mas a desconsideração e a falta de preservação da cultura nacional. O perigo é o nacional que adota cegamente uma ideologia internacionalizada, sem sequer conhecer a fundo a cultura nacional, para excluir pessoas.

O estrangeiro agrega um novo olhar e permite um novo rumo à Nação. A cultura e a identidade nacionais não mudam, ainda que novos costumes localizados venham a ser aceitos.

O Brasil nunca perdeu sua cultura e raízes indígenas, ainda que muitos não enxerguem e tenham preconceito com o povo primitivo dessa terra. A cultura não muda, mas ela pode se perder, se não for cuidada pelas pessoas e pelo governo. E é com a preservação da cultura que todos deveriam se preocupar.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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