O Brasil se isola a cada dia mais.
Com frases
grosseiras, afastou a Europa.
Com a retirada
de diplomatas, afastou-se da África.
Com a falta de
diálogo, afastou-se dos seus vizinhos latino americanos.
Com ameaça de
pólvora, apagou qualquer esperança de laços com os Estados Unidos de Biden.
Com frases
grosseiras e ataques constantes, afasta-se do seu maior parceiro comercial, a
China.
Um deputadozinho,
ainda que filho do presidente, fala como deputado, e a China tem todo o direito
de reagir a esse parlamentar. No entanto, o governo, de forma imprópria, e
leia-se aqui o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) e o
vice-presidente da República, reagiU grosseiramente ao embaixador chinês no
Brasil.
O Brasil perdeu
a linha, perdeu a educação e perdeu a noção! Os filhos de Bolsonaro representam
o país? Desde quando, senhores? Somos uma republiqueta não de bananas, mas de
samambaias, as mais antigas vegetações de que temos notícia. Somos de uma época
em que não havia livros, não havia diálogos, mas também não haviam palavras.
Somos indecifráveis pela ignorância, arrogância e beligerância gratuita, e com pedras, já que nem pólvora temos para mais de 5 minutos de guerra.
E há os que
ainda imaginam que possamos pedir abrigo à Rússia, aquela do ex KGB Putin e da
ex-União Soviética, o berço do comunismo mundial.
Seria hilário
Bolsonaro, mais Maduro (não na maturidade) que o Maduro da Venezuela, se unir ao berço do comunismo
mundial, a Rússia, o maior rival geopolítico dos Estados Unidos. E ainda que
fosse possível uma união desse tipo, o prejuízo ao Brasil só se agravaria, pois
aos democratas a Rússia, pelo seu poder militar e geopolítico, sempre foi e
continua sendo muito mais perigosa que a potente China.
A Rússia pode
não querer manter distância, mas o Brasil para ela não tem a importância de uma
Venezuela, com o seu petróleo e governo alinhado aos seus interesses, nem a
Cuba, pela proximidade sempre interessante do seu rival militar, os Estados
Unidos, nem à Síria, com suas bases russas, nem ao Irã, com uma posição
estratégica interessante. Talvez as bananas e os bananinhas que temos, e somente isso, interessem à
Rússia. Será?
Aqui os
militares dificilmente aceitariam a instalação de uma base militar russa. O que
os russos podem fazer é aumentar um pouco o comércio com o Brasil,
considerando-se que eles desbancaram o nosso país da 9ª posição de maior
economia do globo, mas jamais comprarão o mesmo que a China e os Estados
Unidos. Dariam-nos, quando muito, migalhas, comprando alguns quilos de carne a mais.
O Brasil, internacionalmente,
está só!
E internamente,
quem continuará ao lado de um governo inacreditavelmente incompetente e, ao
mesmo tempo, arredio e insosso?
Bolsonaro,
expulso do Exército pela prática de terrorismo, pode ser expulso do governo
também por terrorismo. O que ele faz é um ato impatriótico, contra o povo e a
economia, levando grande parte dos brasileiros ao desemprego, à fome e ao
desespero. E os militares terão a oportunidade de vingar-se por toda a vergonha
que este governo está causando à instituição, e pressioná-lo a renunciar à
presidência do país.
Os empresários
já começam a levantar a voz contra Bolsonaro. Em muito pouco tempo os militares
também o farão. E o povo, até quando suportará tanta miséria moral, social e
econômica?
Os dias finais de
quem está governando contra o Brasil estão se aproximando! Ciro Gomes e o
professor Marco Antonio Villa podem ter razão: Bolsonaro renuncia antes do aprofundamento
de um processo de impeachment, isso se ainda tiver alguma inteligência.
E ainda teremos
o julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral da cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, que impediria o Mourão de assumir a
presidência na hipótese de renúncia ou de impeachment de Bolsonaro!