(arte descoberta nos arquivos do blogger. Uma das primeiras desse blog, ou seja, bota mais de década nisso)
Se o Bolsonaro não for eficiente
a partir de agora para combater a pandemia do COVID-19 e não conseguir trazer a
vacina ao mesmo tempo que as grandes economias do planeta, poderá sofrer graves
consequências políticas que, além de prejudicá-lo gravemente em seu intento de
ser reeleito presidente, poderão até mesmo afastá-lo já no próximo ano da Presidência
da República.
O Brasil atravessa um verdadeiro
caos, a começar por uma seca que não é levada a sério em grande parte do país, e
que já exigiria um plano nacional para diminuir os efeitos de uma provável
falta de água e de energia elétrica nas grandes cidades do sudeste brasileiro;
pelas enormes queimadas na Amazônia e no Pantanal, que não são combatidas com
vigor; pelo aumento dos alimentos; pela alta da inflação; pela perda do poder
de consumo da população; pela perda do poder de compra pela população; pela
alta de desemprego; pelo isolacionismo diplomático do atual governo; pela taxa
negativa do PIB; pela diminuição de venda de produtos a grandes parceiros, como
China, Argentina e Estados Unidos; pela saída assustadora do capital
estrangeiro; e até pela falta de energia por semanas no Estado do Amapá. Esse
quadro horripilante demonstra de pronto uma coisa: a absurda incompetência e
inabilidade do Presidente, de seus Ministros e assessores para tratarem de
questões básicas com as quais o Brasil sempre conviveu, com exceção à pandemia.
Toda essa realidade impactou as
eleições a prefeitos, onde o Bolsonaro foi o maior perdedor, ao lado do PSL.
Não foi a extrema direita, em si, que perdeu, mas o Presidente, pois alguns
candidatos extremistas que se afastaram de Bolsonaro conseguiram uma boa
votação, como o youtuber Mamãe Falei.
Não bastasse essa situação de
coisas, Trump deixará a Casa Branca em janeiro do próximo ano e Bolsonaro
estará geopoliticamente órfão e isolado.
Ou ele mantém esse discurso
isolacionista, que acabará por afastar os próprios militares e os partidos do
centrão, fortalecidos nas eleições municipais, agravando ainda mais a crise
econômica, ou ele adota um discurso menos extremista a fim de tentar manter o
mínimo de governabilidade.
Ao mesmo tempo, a população, já
sufocada pela pandemia, pela crise econômica cada vez mais evidente, pelas incessantes
e inconsequentes falas raivosas de Bolsonaro, pelo caos político e pelas mortes
e incompetência no trato do COVID-19, sem ter vacinas suficientes para toda a
população em 2021, poderá sair às ruas em massa ou, ao menos, manifestar-se ativamente
nas redes sociais, mas de forma massiva e agressiva por não suportar mais ver o
caos crescente a cada dia que passa.
A incompetência ocasionará o
afastamento do Sr. Presidente, mas para isso a pressão popular e o afastamento
do centrão serão a pólvora que falta, já que o diálogo franco e sincero nunca
foram o forte desse governo.
Se o Bolsonaro quiser tentar ao
menos diminuir a insatisfação da população, terá que agir rápido para adquirir
e distribuir vacina a todos os brasileiros ainda no primeiro semestre de
2021. Os outros países já estão se
adiantando e até melhorando os resultados econômicos, mas o Brasil persiste sem
trabalhar, estancado em “lives” do presidente em redes sociais, em discursos de
ódio a certos políticos, à China e a uma vacina chinesa. Os brasileiros já não
aguentam mais tanta incompetência e má vontade em resolver os problemas da
nossa sociedade.
2021 pode, infelizmente, não ser
o ano da vacina aqui no Brasil para o COVID-19, mas aparenta ser o ano da
renúncia ou do impeachment do presidente mais radical e ao mesmo tempo
incompetente que o país já teve.