segunda-feira, 9 de novembro de 2020

PROTESTOS QUE REVELAM O EGOÍSMO MAIS SÓRDIDO E QUE, COM A OMISSÃO DAS AUTORIDADES, ESTÁ A AFETAR VIDA E A PRÓPRIA SOBREVIVÊNCIA DA SOCIEDADE

O que está havendo no mundo?

A pandemia do COVID-19 está fazendo com que autoridades determinem medidas sanitárias, desde o uso de máscaras à proibição de saída de casa, salvo exceções devidamente autorizadas em lei. O fundamento científico utilizado pelos governantes é evitar a circulação do vírus, e assim diminuir o número de infectados e de mortos.

E em razão disso temos visto na Europa, Austrália, Estados Unidos e América Latina diversos protestos contra o uso de máscaras, a vacina anti-covid-19 e a medida mais drástica, chamada de lockdown, que é a restrição de saída para as ruas.

Alguns dos manifestantes sustentam que os protestos são contra o que chamam de autoritarismo do governo.

Será, realmente, autoritarismo? E quem convoca essas manifestações teria interesse político nesses protestos?

Como vemos nas imagens, a maioria dos manifestantes não usam máscaras e, embora às vezes não manifestem violência física, não o fazem de forma verdadeiramente pacífica, mas com discursos repletos de verborragia virulenta, com ataques e incitação ao ódio, seja a políticos, etnias e países, como tem ocorrido no Brasil.

No ocidente, muitos erroneamente acham que usar máscaras fere um direito individual, assim como o lockdown afetaria o direito à livre circulação. E quem defende isso normalmente também adota o discurso de que a Constituição só confere direitos e deveria ser modificada para que fossem impostos deveres.

Infelizmente, o discurso desses oportunistas é para uma grande massa de manobra, já cansada com a pandemia e os efeitos sociais e econômicos segregadores.

A Constituição Brasileira garante direitos, mas também impõe obrigações por diversas vezes, seja no voto obrigatório, seja no alistamento militar obrigatório, seja nos deveres da família e da sociedade na proteção das crianças, seja na responsabilidade coletiva pela segurança pública e em tantas outras questões, e por isso é chamada de cidadã, tornando o povo brasileiro mais responsável pelo seu destino, pela comunidade e pelo próprio país, tornando-nos cada um de nós cidadãos.

E não bastasse prever inúmeras responsabilidades e obrigações, a Constituição ainda escalona valores, dando primazia à vida, em detrimento de outros valores também consagrados.

Na verdade, esses protestos chamados de populares revelam o egoísmo crescente, que ultrapassou o próprio individualismo, a desconsideração com as outras pessoas e a pouca importância à saúde e à própria vida das pessoas integrantes das comunidades e sociedades. Esses movimentos caracterizam-se por serem egoísticos, anti-sociedade e anti-ciência.

A grande maioria dos protestos é incentivada por grupos de extrema direita e apoiada explicitamente por políticos regionais ou nacionais, com claros interesses eleitoreiros.

Esses grupos radicais de extrema direita, a que muitas direitas locais aderiram, não se preocupam com aspectos sociais e econômicos, muito pelo contrário. Se a economia do país afundar ou se pessoas morrerem, isso pouco lhes importa. O que lhes interessa é promover o discurso de ódio, inflamando assim a população contra grupos políticos localmente dominantes.

Como se pode ver pelas imagens, nesses protestos a maioria das pessoas não utiliza máscaras, desrespeitando normas legais e, mais que isso, o próprio respeito aos demais cidadãos de não correrem o risco de serem contaminados. É o individualismo transfigurado da pior forma para o egoísmo sórdido.

Nos países asiáticos, principalmente Japão, Coreia e China, as populações já acostumadas a respeitar os demais cidadãos, utilizam espontaneamente as máscaras e aderem sem protestos às políticas de não proliferação do vírus, em respeito à cidadania, tão repleta de direitos, mas também de deveres.

O COVID-19 ajudou a revelar que até por detrás de questões de saúde há discursos que não visam proteger valores fundamentais do ser humano, mas que visam alcançar interesses e objetivos políticos e de poder de pequenos grupos.

Na mesma luta pela vida e pela cidadania, também lutamos pela sobrevivência de nossa sociedade.

Aos que se opõem a respeitar o próximo e a saúde coletiva, como no simples dever de usar máscaras em locais de acesso público, deveriam ser aplicadas, com rigor, as penalidades previstas em lei, em prol da cidadania e da própria defesa da vida.

A omissão das autoridades está permitindo que o ódio pela ação individual e coletiva se alastre para muito além das pequenas ações e dos discursos, destroçando a estrutura da sociedade e o maior valor a ser respeitado, o da vida humana.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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