domingo, 29 de novembro de 2020

COMO UM BREVE SURTO, A EXTREMA DIREITA MUNDIAL PODE ESTAR PRÓXIMA DO FIM


A prestigiada revista Le Monde Diplomatique, que faz análises de geopolítica, publicou um artigo interessantíssimo sobre a extrema direita.

Muito do que está no texto abaixo foi escrito por este blog e não representa o posicionamento original do texto da Diplo, como é conhecida a Le Monde Diplomatique no Brasil.

A extrema direita é a verdadeira anti capitalista, muito embora diga travar uma guerra contra o comunismo, que existe apenas em pontos muito específicos do globo.

Não se pode perder de vista que a extrema direita, em todo o globo, somente chegou ao poder através da mentira e das fake News e que os seus representantes, além de não terem visão social alguma e detonarem a própria estrutura estatal, jamais conseguiram êxitos econômicos expressivos

Afinal, estaria a extrema direita interessada em movimentar e apoiar o sistema econômico vigente ou pretende implodir o sistema político e econômico e substituí-lo por um sistema em que as únicas empresas que existiriam seriam as que apoiam o grupo extremista dominante, como grupos de comércio ilegais e fábricas de armas?

Embora supostamente mire na esquerda, utilizando a inverdade como a sua maior arma, a extrema direita visa implodir o próprio capitalismo, atacando o multilateralismo, a globalização, o sistema financeiro, além da estrutura social, representada pelas maiorias e minorias e o próprio trabalhador, e a própria base e estrutura do Estado, representado pelos desprestigiados servidores públicos.

O nacionalismo real nunca foi importante para a extrema direita que se espalhou pelo mundo. Ela tem laços internacionais (sempre com os grupos de extrema direita) e pouco se importa com a solução efetiva dos problemas reais de cada país. O que une essa extrema direita internacional é, primeiramente, o financiamento de seus projetos locais de tomada de poder, além do radicalismo e a busca incessante de inimigos internos e externos. Os inimigos internos são os opositores, não importando se são de direita ou esquerda, os externos são todos os que se opõem a essa visão tacanha de mundo e em especial à China, uma economia de sucesso que não interfere militarmente em outros países, mas que é uma ditadura dirigida por um partido comunista.

Por outro lado, grande parte do mercado se apropria de algumas lutas sociais, como a da luta contra a homofobia, contra o racismo e pelo direito das mulheres, ou seja, o mínimo que um comportamento ético exige, visando tornar-se mais simpático à sociedade com um propósito: aumentar a venda dos seus produtos e ter mais lucros.

Segundo o texto da revista Diplo, o capitalismo exige hoje uma adaptabilidade que valorize a diversidade para manter a lucratividade e a predominância.

Por isso, alguns militantes de esquerda dizem que não se pode confundir as legítimas lutas identitárias, defendidas pelos chamados liberais (centro e direita), tão odiadas pela extrema direita, com as também legítimas e ultra necessárias lutas para extinguir as enormes desigualdades econômicas, que jamais poderiam ser esquecidas.

Assim, haveriam três campos distintos. Um defendido pelo mercado e que defende as lutas identitárias, outro defendido pela esquerda, que visa principalmente diminuir as desigualdades econômicas, e outro defendido pela extrema direita, que não quer nem uma coisa nem outra, mas o poder, unindo pessoas que tenham um posicionamento ultraconservador, distante do tempo e do espaço.

No Brasil, as urnas deram vitória massiva à direita liberal. Por outro lado, os grandes centros urbanos mostraram que a esquerda voltou a crescer.

As recentes eleições nos mostraram um resultado inconteste e que nos evidencia um fio de esperança: a extrema direita foi um surto, talvez psicótico, e não sobreviverá.

A direita, por sua vez, a grande ganhadora, pretende passar uma rasteira na extrema direita, com o que conta com o apoio de grande parte da esquerda. A união entre ambas seria para evitar o mal maior, mas, como afirma o texto do Diplô, a esquerda também levaria essa rasteira, e a injustiça social, tão dramática, continuaria a não ser prioridade.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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