Um país que vive de mentiras ama mitos, lendas e devaneios.
O nosso descobrimento não foi um
ato surpreendente, mas esperado.
O nosso primeiro imperador que
proclamou a independência era filho do rei de nosso colonizador Portugal.
Os negros escravizados não foram
libertos, mas soltos como iscas para serem tragados pela falta de ensino e
miséria, sem nenhum cuidado, ontem e hoje, pelo Estado.
A República, que deveria ser coisa pública e do povo, foi
proclamada por uma elite, a dos militares, por meio de golpe.
Não conseguiram por fogo e
destruir a lembrança de Canudos, mas a submergiram em meio a um açude que
insiste em secar e mostrar as ruínas de nossa vergonha.
A nossa ditadura, que não teve
nada de branda, torturou matou centenas de brasileiros, mas se esquecem que ainda interveio
diretamente na nossa Suprema Corte, nomeando 5 ministros além do número
previsto, da noite para o dia.
Afastaram-se presidentes honestos
por meio de golpe, e foram esquecidos por um povo que eles defenderam com
grandeza, como o fez João Goulart ao recusar um enfrentamento para que se
mantivesse no poder. Abriu mão do poder pela vida de seu povo, um exemplo, mas que não é seguido.
Hoje, mitos buscam o poder e a
sua permanência nele, pouco se importando se morre 1 ou mais brasileiros pelo
exemplo irresponsável de se tratar uma pandemia como gripezinha ou não usar
máscaras, ainda que ao lado de crianças, nosso maior bem e patrimônio como
Nação.
Gostamos de mentiras e esquecemo-nos das verdades. Elegemos apresentadores que pouco conhecem de administração
pública e execramos todos os que trabalham em prol da vida, do ensino, da
cultura e da coisa pública.
Valorizamos a aparência, a
ostentação, a mentira e a agressividade, e nunca investimos de forma contínua
em ensino, cultura e ciência. Somos um país que não almeja o futuro, mas
aprecia o horror da loucura irresponsável de um prazer representado pela
destruição.
Destruímos o nosso futuro a cada
dia que passa. Massacramos a cultura que insiste em respirar, afogamos o ensino
no mar da idiotice e jogamos a ciência na vala da insignificância.
A natureza que nos foi tão
abençoada é destruída, não pelo bem da Nação, mas pela ganância de uns ou grupos que não têm
compromisso algum com a cidadania, o país e o nosso futuro.
Estamos entregues ao oportunismo
e temos horror à civilização, como já era alardeado pelo revolucionário
Euclydes da Cunha há mais de um século.
Não somos exemplo de civilidade
ou de Nação. Somos exemplo de uma barbárie que não é nossa, mas copiada e
apreciada por muitos que apenas enxergam os próprios umbigos, ainda que refletidos mais ao norte.
Ou mudamos definitivamente o que
presenciamos, ou nos renderemos ao fim.
Não estamos percebendo, mas o que presenciamos é o fim do
Brasil como Nação, o fim de nossas energias, o fim de nossos sonhos e
esperanças! Seremos apenas um aglomerado de gentes que consome compulsiva e irresponsavelmente, sem compromisso com a família, a sociedade, o que restará do país ou com a própria consciência, já tão apagada. Voltamos cada vez mais perto da barbárie, a cada dia que passa!
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