A história nunca foi ou é em vão. Sempre nos mostra os avanços após os retrocessos da humanidade e os subsequentes retrocessos e assim sucessivamente, num ciclo aparentemente sem fim.
A vida que conhecemos, porém, ao contrário da história, por mais que tenha altos e baixos, tem o seu curto limite temporal.
Se compararmos com a existência da terra ou da nossa galáxia, a vida será um mero instante de sopro, como já dizia um dos maiores intelectuais brasileiros, Oscar Niemeyer.
Hoje vivemos o momento mais perigoso da humanidade e que muitos não percebem.
O ódio se espalha e o narcisismo e o materialismo recebem a justificativa cega do egoísmo. A polarização direita e esquerda nada mais é que um instrumento de controle, manipulação e de centralização de poder.
Nessa sociedade idiotizada pelas fake news e pela propaganda incessante na internet, rádios e tevês, o que importa é o bem estar proporcionado pelo consumo, pelo conforto material e pelos planos de viagens que se faz.
A gentileza sincera, conhecida como gratidão, e o amor incondicional deixaram de ser preocupações do dia a dia.
Estrangeiros não são vistos com curiosidade, mas como inimigos. Diferentes não são vistos como seres humanos iguais a nós, mas como subcategoria. E a energia do ódio se espalha, contaminando mentes fracas ou cansadas e as almas menos maduras.
Vivemos a mesma eugenia tão divulgada nos Estados Unidos e copiada pelos nazistas no início do século passado e que aterrorizou gerações, povos e o nosso inconsciente.
As consequências hoje, porém, face aos avanços tecnológicos e aos armamentos nucleares, poderá ser infinitamente superior e ainda mais degradante.
Não são grupos, mais, que correm riscos, mas a própria humanidade e a sua própria existência.
Apenas a consciência individual, multiplicada por grandes grupos, terá a capacidade de barrar o mal que se espalha e que gera um desconforto aos mais sensíveis, médiuns ou o nome que se queira dar.
A vida é uma dádiva a que alguns chamam de milagre e se a recebemos temos uma responsabilidade não apenas conosco, mas com o Universo que acolhe todas as vidas que surgem e ressurgem, com o amor próprio de uma mãe e de seu amor incondicional.
Diz uma profecia de Chico Xavier que estamos próximos de grandes revelações e de surpreendentes descobertas. Estamos a um degrau de nossa elevação moral e energética, assim como estamos a um degrau do nosso colapso como ser, como vida e como humanidade.
O passo é somente nosso, individual e coletivamente, assim como a responsabilidade pela graça (vida) recebida.
Estamos próximos do degrau que mudará a história e nos revelará quem e como realmente somos.
Há quem prefira o conforto temporário da ignorância, um analgésico que vicia, mas que não muda o rumo e as consequências de nossas ações, omissões e opções.
Assim como nos foi revelado que Deus era Amor, por Paulo, o que deveria ser o propósito do cristianismo e de todas as religiões, hoje estamos no caminho entre escolher a vingança e o ódio próprios de um Deus que já não faz mais sentido, mas que contaminou a muitos ao longo da história pela sensação de poder que revela, ou o do amor incondicional próprios de uma mãe ou do Deus revelado, que acolheu a humanidade, ainda que esta tenha errado muito em sua longa jornada.
O Deus nos foi revelado como amor há mais de dois mil anos e nos foi dado todo esse tempo para tentarmos viver com esse propósito.
A revolução interna e coletiva ainda é possível, a cada segundo da vida que nos foi concedida.
Só a revolução interna e consciente nos fará grandes para o degrau que nos espera para a elevação moral.