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Muito se diz por aí que poções do amor são criações de bruxos ou magos que visam fazer com que, através de uma bebida ou algo assemelhado, alguém passe a gostar de outrem.
Isso jamais seria amor. Seria prender algo ou alguém por puro sentimento de posse e poder.
Mas ainda que assim fosse, as bebidas alcoólicas, que nos fazem diminuir o freio inibitório e seletivo, seriam um verdadeiro afrodisíaco do amor.
A mais antiga poção do amor não se confunde com bruxaria ou álcool e não se relaciona com elas em nenhum instante.
A poção do amor mais antiga é a da concepção, a da criação. Há um amor quase indizível, de tão grande, entre o criador e a criatura, entre o pai ou mãe e o filho.
Seria a concepção o canal das vidas, de todas elas, sejam materiais ou imateriais. A partir da concepção advém um processo ainda de criação e formação e em instantes a criatura, seja ela qual for e como for, demonstrará ao mundo, através da vida, a essência de amor que carrega consigo.
Sinais de amor? Inocência, pureza, entrega e olhar o outro.
Um filho, uma obra, uma ideia, tudo que foi concebido canaliza o amor e assume vida própria.
A vida seria o canal para exposição dos amores, mas se resumiu a um momento tormentoso à humanidade, presa hoje a falsas necessidades. O amor passou a ser mal canalizado e dele advém sentimentos egoístas e de competitividade. Mas isso não é amor. É a deturpação da energia que nos acompanha e cerca.
Enquanto a humanidade não for capaz de canalizar adequadamente o amor e entender toda a sua grandeza e magnitude, continuará a caminhar por terrenos incertos, nebulosos, gélidos e inseguros.
E sem ele não se alcança a felicidade, mas um mero sorriso momentâneo que será seguido por aflições duradouras.
A vida seria o amor já formado e a ser exercitado, a ser repartido e compartilhado. Enquanto não seguirmos essa ordem natural, sofreremos com a energia advinda de nossa deturpação.
Essa antiga e verdadeira poção do amor, se bem compreendida pela humanidade, pode conduzi-la a um caminho mais Justo e repleto de Felicidade! Basta senti-la. Não há mágica. Há apenas a necessidade da mais pura essência humana para fazê-la fluir. Quanto mais amamos, mais humanos nos tornamos.