ilustração: internet
Muitos acreditam apenas no poder da mente e julgam que o ser humano é um equivalente dos computadores.
A mente humana tem um poder ilusório e de criação fantásticos. É o que nos aproxima da realidade e também da fantasia e que se não estivermos atentos, mais confunde que esclarece. Mas a mente apenas processa e nos leva a lugares, existentes ou de sonhos. Ela não carrega a nossa história, quem realmente somos, mas apenas uma parte já processada.
Quem carrega a nossa história de todos os tempos, tudo o que fomos, o que fizemos, todas as conexões que tivemos em nossas vidas, é a Alma, aquela esquecida porque não a vemos e não a estudamos. A Alma nos diz como realmente estamos no momento e, se estivermos dispostos a ouvir, saberemos exatamente aquilo que nos faz feliz..
Apenas quem sente a Alma é capaz de dar o sorriso verdadeiro, aquele próprio da Felicidade! A Alma é o nosso depósito de verdades, daquilo que somos em essência. É o encontro com o Eu verdadeiro.
A mente tenta processar quem somos com aquilo que julgamos necessário para a vida terrena, e por isso às vezes nos perturba, nos confunde no emaranhado de possibilidades. E quem nos vê, nos enxerga de acordo com o que produzimos ou refletimos com a mente, mas dificilmente terá condições de perceber a Alma alheia.
Por isso, todo julgamento humano é superficial e jamais deve ser verdadeiramente considerado. Quando nos preocupamos com as percepções e julgamentos alheios, deixamos de ser nós mesmos e passamos a viver a fantasia de mentes doentias, as nossas e daqueles que nos julgam.
Viver passa necessariamente pela Alma, por toda a sua capacidade e, ao mesmo tempo, transparência. A Alma nada esconde e ela revela muito de nós, os nossos medos, as nossas angústias, as nossas carências e o que buscamos e continuaremos a buscar. É a verdade sem jogos de ego e superego.
Portanto, a maior terapia não é a mental. Ela apenas nos serve de prumo, para verificar se sofremos desvios de comportamento e de personalidade, apenas isso. Muitas vezes serve para compatibilizar - e limitar ou libertar - nossos comportamentos com o que é aceito pela sociedade àquele momento. Serve mais de freio do que como forma efetivamente libertadora de vida.
Mas não se pode esquecer do papel da medicina humana e do desenvolvimento da psiquiatria para a libertação de mentes presas. A medicina avança e ajuda a libertar. Não se pode desmerecê-la. E não se está aqui para dizer que não devemos seguir tratamentos médicos. O que se visa nesse texto é permitir-se algo mais, algo mais intenso, mas difícil.
A verdadeira terapia, libertadora, é a da Alma, a que revela! E há diversas formas de se autoconhecer, inclusive por trabalhos mentais.
Uma autocrítica é sempre importante, desde que não desvie para uma depressão, ansiedade ou medo compulsivo. A autocrítica reveladora há que se pautar mais pela sensibilidade que pelas ações.
Também há a possibilidade de se aproximar do Eu verdadeiro pela meditação ou por técnicas e rituais próprios.
Há uma infinidade de possibilidades. Sendo a Alma tão vasta, vasto parece ser o campo para o seu alcance.
Mas para se conhecer, verdadeiramente, tente desapegar-se de necessidades materiais não essenciais, do orgulho e da vaidade, dos rótulos sociais, pois a Alma é mais que um comportamento padrão, um rosto bonito, uma roupa de marca e um carro da moda. A Alma prescinde disso tudo e, ao contrário, não sente apego por pequenezas que apenas nos desviam de nosso caminho em um mundo de fantasias criado por nossa mente, aprisionada por valores que não são essencialmente nossos, espirituais, mas criados por pessoas presas às sensações da terra e sedentas por poder, luxo e outras seduções típicas da matéria.
A cura para os nossos males, como não poderia ser diferente, está na Alma, apenas nela! Mas você a vê ou a conhece?