quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O CAMINHO DE SÃO PAULO

foto: internet

Daqui a poucas horas será o dia do Apóstolo Paulo, São Paulo, que deu nome à maior cidade da América do Sul. Ele, que temporariamente ficou sem enxergar no caminho de Damasco, nos fez ver um caminho espiritual muito mais verdadeiro e intenso e, portanto, revolucionário, pois visava restaurar a própria humanidade.

Durante o longo caminho da humanidade, enfrentamos muitas adversidades. E daí advieram os grandes ensinamentos dos grandes homens e mulheres que marcaram a nossa história e que iluminaram o passado e o presente, e seguirão a brilhar para o futuro.

Enfrentamos os perigos dos animais selvagens, das matas, da natureza, de outros humanos, da escassez de comida, da seca, da escravidão e das guerras de conquista.

Para sermos bravos e sobrevivermos, víamos Deus ou os Deuses como guerreiros, impiedosos e vingativos.

Hoje, vivenciamos a facilidade de se morar em uma cidade grande repleta de comodidades. Temos a internet, os celulares, conversamos com pessoas do mundo inteiro e não enfrentamos os perigos, as dores e as dificuldades de outrora.

As dores, hoje, são outras e a única dificuldade real, hoje, é a financeira ou econômica. E essa move a humanidade a um caminho sem volta. O ser humano não vivencia experiências pessoais e o autoaprendizado. Não se conhece. Ele apenas vivencia o papel massificado e enquadrado que a sociedade atual impõe. Não se liberta, não enxerga, não percebe, não expande a vivência do amor nem da existência. Não conhece os seus dons, suas capacidades e reais limites. O seu tempo se limita àquele necessário para ganhar dinheiro e gastá-lo da maneira imposta pelo ritual moderno. 

É o novo Deus da modernidade, o dinheiro. Sem ele não sobrevivemos. Se o perdemos sofreremos as graves consequências e passaremos por privações. Temos que buscar ele a qualquer custo.

Nesse trajeto que a sociedade impõe, muitos caem pelo caminho. Depressão. Doenças psíquicas ligadas ao medo e à incompreensão. Doenças psicossomáticas causadas pela falta de amor ou pelo ódio destilado por uma sociedade incompreensiva e que prefere padrões de comportamento àqueles que ousem ser ou se portar diferente.

É o caminho que muitos vivem, mas que não necessitamos seguir. É um caminho aparentemente sedutor, mas perigoso, sem volta e de extermínio.

Na longa estrada da evolução, o ser foi se tornando cada vez menos animal e cada vez mais racional e espiritual. Nessa escala de evolução, não poderia, ainda, estar ligado de forma quase umbilical ao consumo desenfreado e à necessidade de ter e amealhar. Não poderia se prender ao materialismo. As falsas necessidades criadas pela sociedade contrapõem-se à ordem natural da humanidade.

A filosofia, a astronomia, a matemática, a física, a química e a medicina deveriam evoluir ainda mais, de forma exponencial, como forma de amor e de desejo de aprimoramento da própria humanidade.

Mas não. A tecnologia é voltada ao desenvolvimento de armamentos para se garantir poderio expansionista e decorrentemente econômico a um grupo que indireta ou diretamente comanda um país, não importando o tamanho ou sua importância.

É a economia, o Deus criado para reger e aprisionar a humanidade sob todos os aspectos. Embora se viva ainda a era da abundância, muitos ainda morrem de frio, de fome, em decorrência de guerras ou pela prática de crimes de ódio. É quase um canibalismo implantado por uma sociedade que acolhe um sistema econômico dissociado do caminho da humanidade.

Começo a entender e a preferir o caminho inseguro e até solitário ensinado por Paulo, que nos leva à autocompreensão e entendimento do mundo que nos rodeia. Nesse caminho repleto de histórias, percepções e sensações, o Universo passa a fazer sentido em tudo, em cada ato. Vem,ps e entendemos os ensinamentos das grandes civilizações do passado. Embora nesse caminho de pedra e areia a dor esteja presente, quase sempre como reflexo da ação humana praticada no caminho dos prazeres econômicos, o prazer se mostra vivo e intenso, não advindo do consumo, da roupa de marca, do status, mas do sorriso advindo da compreensão, do amor da entrega e do acolhimento. É o caminho que nos resta, da árdua restauração da humanidade.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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